Leia o texto a seguir e responda à questão: Confissão [...] — Entendo. E o olhar? Havia alguma imoralidade nele, alguma provocação? — Havia... — Sei. — Mas eu arranjei uma desculpa e fui embora... — Fez muito bem, meu filho; é isso mesmo que você devia ter feito. Você pensou na gravidade da situação? Isto é: que se você tivesse ficado, o pecado poderia ter sido muito mais grave? — Pensei... — Não era isso o que estava no olhar dela? — Isso?... — A promessa desse pecado grave. — Era... — Ou era apenas uma simples provocação? Quer dizer, você acha que ela estava disposta a te levar a pecar com ela – entende o que estou dizendo, não? – ou ela estava simplesmente te provocando, sem outras intenções? — Não... — Não o quê? Ela queria pecar? — É... [...] VILELA, Luiz. Tremor de terra – contos. 8. ed. São Paulo: Publifolha, 2003. p. 10. (Fragmento) Essa conversa é parte do diálogo entre um padre e um garoto, que busca o perdão de seus pecados por meio da confissão. No trecho, a frase “Não era isso o que estava no olhar dela?” não é compreendida, num primeiro momento, pelo garoto, que não vê clareza no que diz o padre. Tanto que, na sequência, pergunta: “Isso?...”
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