Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas
Morder o fruto amargo e não cuspir Mas avisar aos outros - ENEM 2014
Atualizado em 13/05/2024
Tarefa
Morder o fruto amargo e não cuspir
Mas avisar aos outros quanto é amargo
Cumprir o trato injusto e não falhar
Mas avisar aos outros quanto é injusto
Sofrer o esquema falso e não ceder
Mas avisar aos outros quanto é falso
Dizer também que são coisas mutáveis…
E quando em muitos a não pulsar
— do amargo e injusto e falso por mudar —
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.
CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.
Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam, para além de sua função sintática,
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a ligação entre verbos semanticamente semelhantes.
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a oposição entre ações aparentemente inconciliáveis.
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a introdução do argumento mais forte de uma sequência.
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o reforço da causa apresentada no enunciado introdutório.
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a intensidade dos problemas sociais presentes no mundo.
Solução
Alternativa Correta: C) a introdução do argumento mais forte de uma sequência.
Os dísticos (conjuntos de dois versos) da primeira parte do poema trazem três injunções (“argumentos”, seguindo a alternativa de resposta), sendo a terceira introduzida por mas para que se destaque das duas anteriores. As duas primeiras implicam aceitação do negativo e a terceira uma ação contrária ao que aceitou. Esta terceira injunção, positiva, seria “o argumento mais forte” da sequência, correspondendo ao sentido central do texto.
Créditos da Resolução: Curso Objetivo
Área do Conhecimento: Linguagens Códigos e suas tecnologias
Ano da Prova: 2014
Nível de Dificuldade da Questão: Médio
Assuntos: Coesão, Conjunções
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