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TEXTO I O empirismo moderno foi, em grande parte, - ENEM 2024
Atualizado em 31/01/2025
TEXTO I
O empirismo moderno foi, em grande parte, condicionado por dois dogmas. Um deles é a crença em certa divisão fundamental entre verdades analíticas, ou fundadas em significados independentemente de questões de fato, e verdades sintéticas, ou fundadas em fatos. O outro dogma é o reducionismo: a crença de que todo enunciado significativo é equivalente a algum construto lógico sobre termos que se referem à experiência imediata.
QUINE, W. V. O. Dois dogmas do empirismo. In: RYLE, G. et al. Ensaios. São Paulo: Abril Cultural, 1975.
TEXTO IITeses: 1. Somente os enunciados que possuem conteúdo factual são teoricamente significativos; enunciados que não podem, em princípio, estar fundamentados pela experiência são carentes de significado. 2. As ciências empíricas usam somente o conteúdo empírico da realidade. 3. A filosofia usa um conceito não empírico da realidade.
CARNAP, R. Pseudoproblemas na filosofia. In: SCHLICK, M.; CARNAP, R.; POPPER, K. Coletânea de textos. São Paulo: Abril Cultural, 1975.
Ao comparar os textos, conclui-se que eles apresentam posicionamentos filosóficos divergentes com relação ao
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estatuto epistemológico da linguagem.
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alicerce estruturador da moralidade.
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conteúdo essencial da metafísica.
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princípio constitutivo da ontologia.
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domínio reflexivo da estética.
Solução
Alternativa Correta: A) estatuto epistemológico da linguagem.
A resposta correta é a A, porque os dois textos abordam diferentes concepções sobre o estatuto epistemológico da linguagem. O primeiro texto, de Quine, critica a separação entre verdades analíticas e sintéticas, propondo que não há uma divisão tão clara entre enunciados que dependem apenas do significado (verdades analíticas) e aqueles que dependem de fatos (verdades sintéticas). Para Quine, o empirismo moderno, ao adotar essa divisão, falha em compreender a complexidade da linguagem e do conhecimento.
Já o segundo texto, de Carnap, adota uma posição empirista mais clássica, defendendo que o conteúdo empírico da realidade é essencial para a construção do conhecimento científico. Carnap considera que a filosofia deve se distanciar das questões que não podem ser fundamentadas pela experiência empírica, colocando a filosofia fora do escopo dos enunciados teoricamente significativos que se baseiam em dados sensoriais.
Portanto, os dois textos apresentam posições divergentes sobre o estatuto epistemológico da linguagem: Quine critica as divisões rígidas entre tipos de enunciados e a ideia de que a filosofia pode ser tratada de maneira distinta das ciências empíricas, enquanto Carnap reafirma a validade do empirismo como o único caminho seguro para o conhecime
Área do Conhecimento: Ciências Humanas e suas tecnologias
Ano da Prova: 2024
Nível de Dificuldade da Questão: Médio
Assuntos: Temática
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