Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas

Se a cólera que espuma, a dor que mora N’aIma, e destrói - ENEM 2013

Questão 116 - Caderno Azul
Atualizado em 13/05/2024

Mal secreto

Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’aIma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse, o espirito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!

(CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasilia: Alhambra, 1995.)

Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse julgamento revela que

  1. a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir de forma dissimulada.

  2. o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando compartilhado por um grupo social.

  3. a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza o sentimento de inveja.

  4. o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a apiedar-se do próximo.

  5. a transfiguração da angústia em alegria é um artifício nocivo ao convívio social.


Solução

Alternativa Correta: A) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir de forma dissimulada.

As conveniências sociais fazem que a cólera e o sofrimento humano não sejam visíveis, pois são dissimulados. A “máscara da face” torna-os, portanto, imperceptíveis para a sociedade.

Créditos da Resolução: Curso Objetivo

Área do Conhecimento: Linguagens Códigos e suas tecnologias

Ano da Prova: 2013

Nível de Dificuldade da Questão: Médio

Assuntos: Parnasianismo

Vídeo Sugerido: YouTube

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