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A natureza predatória do desmatamento da Amazônia - UNESP 2021/Prova I
A natureza predatória do desmatamento da Amazônia mostra-se no fato de que, com seus 750 mil km2 de área desmatada, a região contribui com 14,5% do valor do produto agropecuário brasileiro. São Paulo tem área agrícola de 193 mil km2 e entra com 11,3% da produção nacional.
(Ricardo Abramovay. Amazônia, 2019. Adaptado.)
Os dados apresentados no excerto contribuem para colocar em xeque
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o discurso segundo o qual o desmatamento da Amazônia é necessário para o crescimento econômico.
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a pretensa vocação agrária brasileira, que apresenta resultados econômicos artificiais.
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a concepção de unidade territorial que busca comparar áreas ambientalmente diversas.
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a proposta de geração de renda atrelada à preservação da floresta amazônica.
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o senso comum sobre a elevada fertilidade do solo paulista.
Solução
Alternativa Correta: A) o discurso segundo o qual o desmatamento da Amazônia é necessário para o crescimento econômico.
Atualmente a agropecuária ocupa cerca de 30% do território brasileiro. A despeito da extensão da área devastada e disponível para ocupação, o desmatamento prossegue em direção à Amazônia, sob o discurso de que é necessário desmatar para aumentar a produção do agronegócio. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que houve um aumento de 83% no número de incêndios florestais no Brasil entre 1º de janeiro e 19 de agosto de 2019, em comparação com igual período de 2018. Entretanto, os dados apresentados sobre o estado de São Paulo – com área agrícola de 193 mil km2 e 11,3% da produção nacional, percentual próximo ao da Amazônia, onde a área desmatada é maior –, mostra-nos que não é necessário continuar a desmatar para promover o crescimento econômico, sendo possível produzir mais em espaços mais reduzidos, buscando-se maior eficiência produtiva.
Resolução adaptada de: Curso Objetivo
Institução: UNESP
Ano da Prova: 2021
Assuntos: Desmatamento
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