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Prisões e torturas igualmente triplicaram, principalmen - UNICAMP 2024

Atualizado em 30/01/2025

Prisões e torturas igualmente triplicaram, principalmente as de jornalistas. Dentre elas, a mais emblemática foi a de Vladimir Herzog, diretor da TV Cultura, que, embora fosse militante do PCB, não desenvolvia atividade clandestina nem pertencia aos quadros do partido. Herzog foi assassinado dentro do DOI-CODI, sendo a versão oficial de sua morte falsamente atribuída a um enforcamento. Em sua Autobiografia, Rita Lee publicou o bilhete de Elis Regina que fazia menção a uma música feita para “Vlado” e que, obviamente, fora censurada.

(Adaptado de: LIMA, N. Ditadura no Brasil e Censura nas Canções de Rita Lee. Curitiba: Appris, 2019, p.17.)

A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos a respeito desse período da História do Brasil, é correto afirmar, sobre os eventos narrados, que

  1. Rita Lee, Elis Regina, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre outros artistas nacionais, tiveram suas músicas censuradas pela Ditadura Militar, apesar da manutenção da garantia constitucional da liberdade de expressão.

  2. A Ditadura Militar permitiu a continuidade do Partido Comunista Brasileiro e perseguia sua atuação revolucionária vinculada a Stalin e à União Soviética; por conta disso, prendia e torturava seus filiados.

  3. Centros de detenção da Ditadura Militar, como o DOI-CODI, operaram dentro da legalidade constitucional, sendo que os presos, políticos ou não, eram fichados e tinham direito à defesa garantido por lei.

  4. Vladimir Herzog e outros jornalistas foram vítimas de perseguição política, prisões, torturas e execuções realizadas por militares, com apoio de parte da sociedade civil, em nome da ideologia da segurança nacional.


Solução

Alternativa Correta: D) Vladimir Herzog e outros jornalistas foram vítimas de perseguição política, prisões, torturas e execuções realizadas por militares, com apoio de parte da sociedade civil, em nome da ideologia da segurança nacional.

A alternativa D é correta porque descreve com precisão a realidade vivida durante a Ditadura Militar no Brasil, em que jornalistas, intelectuais e militantes políticos foram perseguidos, presos, torturados e executados pelos militares. A repressão fazia parte de uma estratégia governamental que se justificava pela necessidade de proteger a nação de uma suposta ameaça comunista, vista como inimiga interna. A morte de Vladimir Herzog, jornalista e diretor da TV Cultura, é emblemática deste período, em que a versão oficial de sua morte foi distorcida, alegando um suicídio que na realidade foi um assassinato dentro do DOI-CODI, um dos centros de tortura do regime.

A repressão não se limitava apenas aos militantes de organizações clandestinas, mas também alcançava aqueles que, como Herzog, tinham uma posição pública contrária ao regime, mas não eram envolvidos em atividades subversivas. A censura imposta aos meios de comunicação e à música também foi uma ferramenta utilizada para controlar a narrativa e manter a ideologia do governo, como exemplificado pelo bilhete de Elis Regina, que fazia referência a Herzog e à censura de sua música em apoio ao jornalista.

A alternativa D destaca corretamente o envolvimento do governo militar em práticas ilegais e violentas, como prisões arbitrárias, tortura e execução de opositores, com o apoio de setores da sociedade civil que compartilhavam a ideologia de segurança nacional. O regime militar visava suprimir qualquer tipo de resistência, utilizando métodos cruéis e inconstitucionais para silenciar seus inimigos, como ocorreu com a morte de Herzog, que se tornou um símbolo da repressão política da época.

Institução: UNICAMP

Ano da Prova: 2024

Assuntos: Ditadura Militar

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