Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas

“Mas não medimos os tempos que passam, quando os medimos - FUVEST 2023

Atualizado em 13/05/2024

“Mas não medimos os tempos que passam, quando os medimos pela sensibilidade. Quem pode medir os tempos passados que já não existem ou os futuros que ainda não chegaram? Só se alguém se atrever a dizer que pode medir o que não existe! Quando está decorrendo o tempo, pode percebê-lo e medi-lo. Quando, porém, já estiver decorrido, não o pode perceber nem medir, porque esse tempo já não existe”.

Santo Agostinho. Confissões.

O tempo físico e o tempo psicológico se diferenciam na medida em que o primeiro se firma na objetividade e o segundo, na subjetividade. De acordo com os argumentos de Santo Agostinho, pode-se dizer que, no romance Angústia, de Graciliano Ramos, a passagem que melhor exprime a duração interior é:

  1. “– 1910. Minto, 1911. 1911, Manuel?”

  2. “Os galos marcavam o tempo, importunavam mais que os relógios.”

  3. “Julião Tavares ia afastar-se, dissipar-se, virar neblina.”

  4. “Mas no tempo não havia horas.”

  5. “O espírito de Deus boiava sobre as águas.”


Solução

Alternativa Correta: D) “Mas no tempo não havia horas.”

Segundo Santo Agostinho, o tempo psicológico é associado à subjetividade. No romance Angústia, todo o relato é filtrado a partir do olhar do narrador protagonista Luís da Silva, o qual manifesta sua subjetividade em relação a toda sua existência e ao que a envolve, numa circularidade infinita em que o tempo não seria capturado pela passagem das horas.

Resolução adaptada de: Curso Objetivo

Institução: FUVEST

Ano da Prova: 2023

Assuntos: Texto Literário

Vídeo Sugerido: YouTube

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