Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas
Na linguagem literária, visando obter maior - UNESP 2024
Leia o soneto do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, para responder à questão
Olha, Marília, as flautas dos pastores,
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes
Os Zéfiros 1 brincar por entre as flores?
Vê como ali, beijando-se, os Amores
Incitam nossos ósculos 2 ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores!
Naquele arbusto o rouxinol suspira;
Ora nas folhas a abelhinha para.
Ora nos ares, sussurrando, gira.
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a noite me causara.
(Manuel Maria Barbosa du Bocage. Poemas escolhidos, 1974.)
1Zéfiro: vento que sopra do ocidente.
2 ósculo: beijo
Na linguagem literária, visando obter maior expressividade, pode-se empregar um tempo verbal em lugar de outro. É o que ocorre nos seguintes versos:
-
“Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes / Os Zéfiros brincar por entre as flores?” (1a estrofe)
-
“Ora nas folhas a abelhinha para. / Ora nos ares, sussurrando, gira.” (3a estrofe)
-
“Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira, / Mais tristeza que a noite me causara.” (4a estrofe)
-
“Olha, Marília, as flautas dos pastores, / Que bem que soam, como estão cadentes!” (1a estrofe)
-
“Vê como ali, beijando-se, os Amores / Incitam nossos ósculos ardentes!” (2a estrofe)
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