Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas

ENEM 2011 - Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos

Questão 122 - Caderno Azul
Atualizado em 13/05/2024

Questão 122 - Enem 2011 - Caderno Azul

Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos isso por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra “mentira”, como acabamos de fazer, poderíamos optar por um eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria um termo muito menos agressivo. Mas nós não usamos esta palavra simplesmente porque não acreditamos que exista uma “Meia-verdade”. Para o Conar, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a desonestidade. Absolutamente nada no meio. O Conar nasceu há 29 anos (viu só? não arredondamos para 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é a única forma da propaganda ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para que serviria a propaganda se o consumidor não acreditasse nela?
Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao Conar. Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é o caso, aplica a punição.

Anúncio veiculado na Revista Veja. São Paulo: Abril. Ed. 2120, ano 42, n° 27, 8 jul. 2009.

O recurso gráfico utilizado no anúncio publicitário — de destacar a potencial supressão de trecho do texto — reforça a eficácia pretendida, revelada na estratégia de

  1. ressaltar a informação no título, em detrimento do restante do conteúdo associado.

  2. incluir o leitor por meio do uso da 1a pessoa do plural no discurso.

  3. contar a história da criação do órgão como argumento de autoridade.

  4. subverter o fazer publicitário pelo uso de sua metalinguagem.

  5. impressionar o leitor pelo jogo de palavras no texto.


Solução

Alternativa Correta: D) subverter o fazer publicitário pelo uso de sua metalinguagem.

O anúncio publicitário do Conar subverte as peças publicitárias tradicionais, que costumam referir-se ao seu próprio produto, de maneira enganosa, como “100% eficiente”. Ao fazê-lo, ele se utiliza da linguagem da publicidade, não de sua metalinguagem, como equivocadamente pretende o Examinador, em confusão devida ao fato de esta crítica da linguagem publicitária ser ela mesma, uma operação meta linguística.

Créditos da Resolução: Curso Objetivo

Área do Conhecimento: Linguagens Códigos e suas tecnologias

Ano da Prova: 2011

Nível de Dificuldade da Questão: Médio

Assuntos: Interpretação Textual

Vídeo Sugerido: YouTube

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