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TEXTO 1 A água sai de Cabrobó Parnamirim, Salgueiro Até - UNESP 2018

Atualizado em 13/05/2024

TEXTO 1

A água sai de Cabrobó
Parnamirim, Salgueiro
Até Jati
Deixe o rio desaguar doutor
Pra acabar
Com o sofrimento daqui

O São Francisco
Com sua transposição
No meu Nordeste
O progresso vai chegar
[...]
Na contramão
O meu sertão não vai ficar

(Aracílio Araújo. “Deixe o rio desaguar”. www.letras.mus.br.)



TEXTO 2

Os vazanteiros, que fazem horticultura no leito dos rios que perdem fluxo durante o ano, serão os primeiros a serem totalmente prejudicados. Mas os técnicos insensíveis dirão com enfado: “a cultura de vazante já era”, postergando a realocação dos heróis que abastecem as feiras dos sertões. A eles se deve conceder a prioridade em relação aos espaços irrigáveis a serem implantados com a transposição. De imediato, porém, serão os proprietários absenteístas1 da beira alta e colinas sertanejas que terão água disponível para o gado, o que agregará ainda mais valor às suas terras.

(Aziz N. Ab’Sáber. “A quem serve a transposição das águas do São Francisco?”. CartaCapital, 22.03.2011. Adaptado.)

1absenteísmo: sistema de exploração da terra em que o proprietário confia sua administração a intermediários, empreiteiros, rendeiros ou feitores.

As perspectivas expressas nos textos 1 e 2 podem ser associadas, respectivamente, aos seguintes impactos ambientais provenientes da transposição das águas do Rio São Francisco:

  1. dinamização da economia regional e especulação imobiliária em áreas agricultáveis.

  2. aumento da demanda por serviços de saúde e valorização de sítios arqueológicos.

  3. diminuição da recarga dos aquíferos e decréscimo da emigração da região.

  4. desmobilização da mão de obra e degradação de terras potencialmente férteis.

  5. redução da oferta hídrica e aumento do potencial energético na hidrelétrica de Xingó.


Solução

Alternativa Correta: A) dinamização da economia regional e especulação imobiliária em áreas agricultáveis.

Há questões complexas envoltas na transposição do Rio São Francisco. Em termos econômicos, os argumentos favoráveis estão centrados fundamentalmente na dinamização econômica das regiões que serão beneficiadas com a transposição, especialmente na atividade agrícola. Entre as diversas críticas a esse projeto, destaca-se a especulação fundiária nas proximidades dos canais de irrigação, o que pode agravar os conflitos fundiários e a concentração de terra em uma região marcada por latifúndios. Outra questão relevante é a diminuição no volume de água nas hidroelétricas instaladas no médio e baixo Vale do Rio São Francisco, como Paulo Afonso, Itaparica e Xingó.

Resolução adaptada de: Curso Objetivo

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Recebedor: Wesley Rodrigues

Institução: UNESP

Ano da Prova: 2018

Assuntos: Geografia Econômica, Geografia Ambiental

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