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A vida privada dos escravos romanos à época do Império é um - FGV 2018

Atualizado em 13/05/2024

A vida privada dos escravos romanos à época do Império é um espetáculo pueril que se olha com desdém. No entanto, esses homens tinham vida própria; por exemplo, participavam da religião, e não apenas da religião do lar que, afinal, era o seu: fora de casa, um escravo podia perfeitamente ser aceito como sacerdote pelos fiéis de alguma devoção coletiva; podia também se tornar padre dessa Igreja cristã que nem por um momento pensou em abolir a escravidão. Paganismo ou cristianismo, é possível que as coisas religiosas os tenham atraído muito, pois bem poucos outros setores estavam abertos para eles. Os escravos também se apaixonavam pelos espetáculos públicos do teatro, do circo e da arena, pois, nos dias de festa, tinham folga, assim como os tribunais, as crianças das escolas e... os burros de carga.

A partir da discussão presente no trecho, é correto afirmar:

(Paul Veyne, O Império Romano. Em: Paul Veyne (org.)
História da vida privada v. 1: do Império Romano ao ano mil, 2009.
Adaptado)

  1. a característica fundante do escravismo romano era a origem étnica, o que fazia com que a escravização dos povos conquistados e o tráfico nas fronteiras do Império proporcionassem a grande maioria da mão de obra servil, ao mesmo tempo em que a escravidão entre os próprios romanos havia caído em desuso desde a crise da República.

  2. os escravos na sociedade romana não eram uma coisa, mas seres humanos, na medida em que até os senhores que os tratavam desumanamente impunham-lhes o dever moral de ser bons escravos, de servir com dedicação e fidelidade, características necessariamente humanas; no entanto, esses seres humanos eram igualmente um bem cuja propriedade seu amo detinha.

  3. a escravidão caracterizava as relações de produção em Roma e os escravos, em sua inferioridade jurídica, desempenhavam uma função produtiva, marcados por um lugar social de pobreza, privação e precariedade, estando associados às formas braçais de trabalho e à produção de bens materiais em uma sociedade altamente hierarquizada.

  4. a justificativa moral da escravidão sofreu uma intensa transformação ao longo dos séculos, de tal forma que a própria sociedade romana passou a questioná-la, tornando mais brandas as relações escravistas em meio à transformação do cristianismo em religião oficial do Império, o que contribuiu para o aprofundamento da crise do escravismo.

  5. as relações escravistas caracterizaram os tempos da República romana, muito associadas ao poder dos patrícios, pertencentes à aristocracia de grandes proprietários, mas entraram em decadência na passagem para o Império, pois os generais que centralizaram o poder reconheciam na escravidão um mecanismo de enfraquecimento do exército.


Solução

Alternativa Correta: B) os escravos na sociedade romana não eram uma coisa, mas seres humanos, na medida em que até os senhores que os tratavam desumanamente impunham-lhes o dever moral de ser bons escravos, de servir com dedicação e fidelidade, características necessariamente humanas; no entanto, esses seres humanos eram igualmente um bem cuja propriedade seu amo detinha.

Alternativa escolhida por eliminação porque, contrariamente ao que exige o comando da questão, não é corroborada pelo texto transcrito, já que este não contempla a relação dos senhores de má índole com seus escravos.

Resolução adaptada de: Curso Objetivo

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Recebedor: Wesley Rodrigues

Institução: FGV

Ano da Prova: 2018

Assuntos: Idade Antiga

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