Disciplina: História 0 Curtidas

Leia o poema “Pobre alimária”, de Oswald de Andrade - UNESP 2019

Atualizado em 13/05/2024

Leia o poema “Pobre alimária”, de Oswald de Andrade, publicado originalmente em 1925.

O cavalo e a carroça
Estavam atravancados no trilho
E como o motorneiro se impacientasse
Porque levava os advogados para os escritórios
Desatravancaram o veículo
E o animal disparou
Mas o lesto carroceiro
Trepou na boleia
E castigou o fugitivo atrelado
Com um grandioso chicote

(Pau-Brasil, 1990.)

Considerando o momento de sua produção, o poema

  1. celebra a persistência das tradições rurais brasileiras, que inviabilizaram o avanço do processo de industrialização de São Paulo.

  2. valoriza a variedade e a eficácia dos meios de transporte, que contribuíam para impulsionar a economia brasileira.

  3. critica a recorrência das práticas de exploração e maus tratos aos animais nos principais centros urbanos brasileiros.

  4. registra uma rápida cena urbana, que expõe tensões e ambiguidades no processo de modernização da cidade de São Paulo.

  5. exemplifica o choque social constante entre as elites enriquecidas e a população pobre da cidade de São Paulo.


Solução

Alternativa Correta: D) registra uma rápida cena urbana, que expõe tensões e ambiguidades no processo de modernização da cidade de São Paulo.

Gabarito oficial, interpretando o poema de Oswald de Andrade como um instantâneo do conflito entre o moderno e o arcaico na São Paulo dos anos 1920. Entretanto, o título do poema, Pobre alimária (alimária: animal de carga ou de tração), permite inferir que se trata de uma crítica aos maus-tratos sofridos pelos animais nesse contexto, tanto por parte do setores modernos (motorneiro e advogados) como do atraso e da obsolescência (o carroceiro).

Resolução adaptada de: Curso Objetivo

Institução: UNESP

Ano da Prova: 2019

Assuntos: Literatura

Vídeo Sugerido: YouTube

Ainda não há comentários.

Autenticação necessária

É necessário iniciar sessão para comentar

Entrar Registrar

Apoie nosso trabalho!
Assine Agora