Disciplina: História 0 Curtidas
Os impasses do desenvolvimento industrial brasileiro - UNESP 2017
Leia o texto para responder às questões 38 e 39.
A industrialização contemporânea requer investimentos vultosos. No Brasil, esses investimentos não podiam ser feitos pelo setor privado, devido à escassez de capital que caracteriza as nações em desenvolvimento. Além disso, o crescimento econômico do Brasil, um recém-chegado ao processo de modernização, processou-se em condições socioeconômicas diferentes. Um efeito internacional de demonstração, na forma de imitação de padrões de vida, entre países ricos e pobres, e entre classes ricas e pobres dentro das nações, resultou em pressões significativas sobre as taxas de crescimento para diminuir a diferença entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Em vista das aspirações de melhores padrões de vida, o governo desempenhou um papel importante no crescimento econômico recente do Brasil.
(Carlos Manuel Pelaez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil. 1981. Adaptado.)
Os impasses do desenvolvimento industrial brasileiro, apontados pelo texto, foram enfrentados no governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) com o Plano de Metas, cujo objetivo era promover a industrialização por meio
-
da associação de esforços econômicos entre o Estado, o capital estrangeiro e as empresas nacionais.
-
da valorização da moeda nacional, da estatização de fábricas falidas e da contenção de salários.
-
da criação de indústrias têxteis estatais e do aumento de impostos sobre o grande capital nacional.
-
do emprego de empresas multinacionais submetidas à severa lei da remessa de lucros, juros e dividendos para o exterior.
-
do combate à seca no Nordeste e do aumento do salário mínimo, com controle da inflação.
Solução
Alternativa Correta: A) da associação de esforços econômicos entre o Estado, o capital estrangeiro e as empresas nacionais.
A alternativa convalida a interpretação dada pelo próprio Juscelino Kubitschek a seu projeto desenvolvimentista por ele chamado de “capitalismo associado”, visto que resultaria da união de esforços entre o capital externo e o nacional; ao Estado caberia super visionar o processo e fornecer a necessária infraestrutura. Os críticos do desenvolvimentismo juscelinista preferiam falar em “capitalismo dependente”, levando em conta a desproporção entre as partes envolvidas.
Resolução adaptada de: Curso Objetivo
Institução: UNESP
Ano da Prova: 2017
Assuntos: Juscelino Kubitschek
Vídeo Sugerido: YouTube