Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas
Na análise que faz da conjuntura política e econômica nos - FGV 2019
A marca de dez anos da falência do banco americano Lehman Brothers, evento catalisador da crise financeira que então se espalhava pelo mundo, suscita oportuno debate a respeito de seu legado e da capacidade da economia global para lidar com novos choques.
Do lado positivo, o sistema bancário se mostra mais sólido do que antes. Regulação apertada e maior exigência de capital para o funcionamento das instituições reduzem o risco de novo colapso.
Mas a sombra da crise continua a se projetar, mesmo uma década depois, quando se tem em conta que a maioria dos 24 países onde houve problemas ainda não retornou à tendência anterior de crescimento da renda, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
De modo geral, mesmo nos países ricos, governos em situação financeira mais frágil terão menos espaço para atuar num novo socorro ao setor privado.
Mesmo a estabilidade bancária duramente conquistada pode se mostrar algo ilusória, afinal, na medida em que inovações tecnológicas e a entrada de inéditos participantes no mercado trazem desafios novos para a regulação.
O prognóstico de cooperação internacional numa eventual nova crise tampouco se mostra animador. Se em 2009 houve alinhamento no âmbito do G20, com participação dos países em desenvolvimento, o momento atual é distinto. A competição geopolítica entre EUA e China é um dos fatores a dificultar uma ação coordenada.
Já o Brasil, dez anos depois, ainda se apresenta incapaz de retomar a expansão econômica sustentada. Ao próximo governo, que não pode contar com os ventos favoráveis do quadro externo, só restará a opção de estabilizar sua dívida e recuperar a confiança doméstica.
(Editorial. Folha de S.Paulo. 10.09.2018. Adaptado)
Na análise que faz da conjuntura política e econômica nos dez anos passados da crise financeira que se espalhou pelo mundo, o editorial assevera que
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a maioria dos países afetados pela crise, como o Brasil, vive um momento de tranquilidade, sem previsão de um choque econômico, uma vez que venceram os desafios relativos à estabilização de suas dívidas, garantindo a recuperação da confiança doméstica e no cenário internacional.
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o grande legado deixado pela crise diz respeito à solidez do sistema bancário, que representa redução do risco de novo colapso econômico, garantida também pela atual conjuntura mundial, em que os países se mostram mais propensos a um projeto de cooperação internacional.
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a superação da crise que assolou muitos países ao redor do mundo é uma ilusão, considerando-se que, na maioria deles, inclusive os ricos, a economia se mostra estagnada, pois o sistema bancário dessas nações vive com fragilidade, sem perspectiva de expansão econômica.
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o fantasma de uma crise ainda ronda os países, considerando-se que, na maioria dos afetados, a tendência anterior de crescimento de renda não foi restabelecida, além de haver uma conjuntura que sinaliza para dificuldades de enfrentamento de um novo período de incertezas econômicas.
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a ilusória estabilidade bancária representa uma ameaça à saúde econômica dos países afetados pela crise, que se mostram sem condições de expandir suas economias em função da competição geopolítica entre EUA e China, apesar da possibilidade de alinhamento no âmbito do G20, como em 2009.
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