Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas
(...) pediu-me desculpa da alegria, dizendo que era - UNICAMP 2016
(...) pediu-me desculpa da alegria, dizendo que era alegria de pobre que não via, desde muitos anos, uma nota de cinco mil-réis.
— Pois está em suas mãos ver outras muitas, disse eu.
— Sim? acudiu ele, dando um bote para mim.
— Trabalhando, concluí eu. Fez um gesto de desdém; calou-se alguns instantes; depois disse-me positivamente que não queria trabalhar.
(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ateliê Editorial. 2001, p. 158.)
O trecho citado diz respeito ao encontro entre Brás Cubas e Quincas Borba, no capítulo 49, e, mais precisamente, apanha o momento em que Brás dá uma esmola ao amigo.
Considerando o conjunto do romance, é correto afirmar que essa passagem
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explicita a desigualdade das classes sociais na primeira metade do século XIX e propõe a categoria de trabalho como fator fundamental para a emancipação do pobre.
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indica o ponto de vista da personagem Brás Cubas e propõe a meritocracia como dispositivo pedagógico e moral para a promoção do ser humano no século XIX.
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elabora, por meio do narrador, o preconceito da classe social a que pertence Brás Cubas em relação à classe média do século XIX, na qual se insere Quincas Borba.
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sugere as posições de classe social das personagens machadianas, mediante um narrador que valoriza o trabalho, embora ele mesmo, sendo rico, não trabalhe.
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