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Ironia ao natural É natural, é bom e quanto mais melhor - UNICAMP 2017

Ironia ao natural

É natural,
é bom
e quanto mais melhor,
como os cogumelos
vermelhos,
as rãs azuis
ou o suco de serpente...
É químico,
processado,
é mau,
como a
aspirina,
um perfume
ou o plástico
da válvula
cardíaca
de um coração...

(João Paiva, quase poesia quase química. Sociedade Portuguesa de Química, 2012, p.15. Disponível em www.spq.pt/files/docs/boletim/poesia/quase-poesia-quasequimicajpaiva2012.pdf. Acessado em 06/07/2016.)

Nesse poema, há

1. inversão dos atributos do que seria bom na natureza e do que seria ruim nos processados, de modo a, ironicamente, ressaltar a importância da química.

2. comparação entre o lado bom dos produtos naturais e o lado ruim dos produtos processados, de modo a ressaltar, efusivamente, o perigo da química.

3. demonstração do lado bom dos produtos naturais e o lado ruim dos produtos processados, sem, contudo, realizar uma crítica em relação à química.

4. elogio aos produtos naturais, reforçando-se a ideia de consumirmos mais desses produtos em detrimento de produtos processados com o auxílio da química.

Solução