Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas

FCC/TJ-PE - A pesquisa de Johnson constata que, à força de olhar,

Atualizado em 13/05/2024

Cuidado: o uso desse aparelho pode produzir violência

A revista Science publicou, em 2002, o relatório de uma pesquisa coordenada por Jeffrey Johnson, da Universidade de Colúmbia, em Nova York. O estudo mostra uma relação significativa entre o comportamento violento e o número de horas que um sujeito (adolescente ou jovem adulto) passa assistindo à TV.

Pela pesquisa de Johnson, os televisores deveriam ser comercializados com um aviso, como os maços de cigarros: cuidado, a exposição prolongada à tela desse aparelho pode produzir violência.

Estranho? Nem tanto. É bem provável que a fonte de muita violência moderna seja nossa insubordinação básica: ninguém quer ser ou continuar sendo quem é. Podemos proclamar nossa nostalgia de tempos mais resignados, mas duvido que queiramos ou possamos renunciar à divisão constante entre o que somos e o que gostaríamos de ser.

Para alimentar nossa insatisfação, inventamos a literatura e, mais tarde, o cinema. Mas a invenção mais astuciosa talvez tenha sido a televisão. Graças a ela, instalamos em nossas salas uma janela sobre o devaneio, que pode ser aberta a qualquer instante e sem esforço.

Pouco importa que fiquemos no zapping (*) ou que paremos para sonhar em ser policiais, gângsteres ou apenas nós mesmos (um pouco piores) no Big brother. A TV confirma uma idéia que está sempre conosco: existe outra dimensão, e nossas quatro paredes são uma jaula. A pesquisa de Johnson constata que, à força de olhar, podemos ficar a fim de sacudir as barras além do permitido. Faz sentido.

(*) zapping = uso contínuo do controle remoto. (Contardo Calligaris, Terra de ninguém)

A pesquisa de Johnson constata que, à força de olhar, podemos ficar a fim de sacudir as barras além do permitido. Preserva-se o sentido essencial dessa frase caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por

  1. por mais que olhemos - submetidos a

  2. de tanto olharmos - motivados para

  3. quanto mais olhamos - impregnados de

  4. tão logo olhemos - predispostos a

  5. conquanto olhemos - condicionados em


Solução

Alternativa Correta: B) de tanto olharmos - motivados para

PARA
(ou "a fim") + INFINITIVO = FINALIDADE
- ex.: Para
não persistirem os sintomas, tomou o remédio / “...na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros.”

POR
(causa) + INFINITIVO = CAUSA ex.: Por persistirem os sintomas, procurou o médico.

A + INFINITIVO = CONDIÇÃO ex.: A persistir os sintomas, procure um médico.

AO
+ INFINITIVO = TEMPO ex.: Ao
jogar futebol, ponha suas chuteiras vermelhas. = Quando jogar futebol... Pode até substituir o “ao” por quando..

Resolução adaptada de: QConcursos

Banca Examinadora: FCC

Ano da Prova: 2000

Assuntos: Interpretação de Textos

Vídeo Sugerido: YouTube

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