Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas
FCC/TJ-PE - A pesquisa de Johnson constata que, à força de olhar,
Cuidado: o uso desse aparelho pode produzir violência
A revista Science publicou, em 2002, o relatório de uma pesquisa coordenada por Jeffrey Johnson, da Universidade de Colúmbia, em Nova York. O estudo mostra uma relação significativa entre o comportamento violento e o número de horas que um sujeito (adolescente ou jovem adulto) passa assistindo à TV.
Pela pesquisa de Johnson, os televisores deveriam ser comercializados com um aviso, como os maços de cigarros: cuidado, a exposição prolongada à tela desse aparelho pode produzir violência.
Estranho? Nem tanto. É bem provável que a fonte de muita violência moderna seja nossa insubordinação básica: ninguém quer ser ou continuar sendo quem é. Podemos proclamar nossa nostalgia de tempos mais resignados, mas duvido que queiramos ou possamos renunciar à divisão constante entre o que somos e o que gostaríamos de ser.
Para alimentar nossa insatisfação, inventamos a literatura e, mais tarde, o cinema. Mas a invenção mais astuciosa talvez tenha sido a televisão. Graças a ela, instalamos em nossas salas uma janela sobre o devaneio, que pode ser aberta a qualquer instante e sem esforço.
Pouco importa que fiquemos no zapping (*) ou que paremos para sonhar em ser policiais, gângsteres ou apenas nós mesmos (um pouco piores) no Big brother. A TV confirma uma idéia que está sempre conosco: existe outra dimensão, e nossas quatro paredes são uma jaula. A pesquisa de Johnson constata que, à força de olhar, podemos ficar a fim de sacudir as barras além do permitido. Faz sentido.
(*) zapping = uso contínuo do controle remoto. (Contardo Calligaris, Terra de ninguém)
A pesquisa de Johnson constata que, à força de olhar, podemos ficar a fim de sacudir as barras além do permitido. Preserva-se o sentido essencial dessa frase caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por
-
por mais que olhemos - submetidos a
-
de tanto olharmos - motivados para
-
quanto mais olhamos - impregnados de
-
tão logo olhemos - predispostos a
-
conquanto olhemos - condicionados em
Solução
Alternativa Correta: B) de tanto olharmos - motivados para
PARA
(ou "a fim") + INFINITIVO = FINALIDADE
- ex.: Para
não persistirem os sintomas, tomou o remédio / “...na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros.”
POR
(causa) + INFINITIVO = CAUSA ex.: Por persistirem os sintomas, procurou o médico.
A + INFINITIVO = CONDIÇÃO ex.: A persistir os sintomas, procure um médico.
AO
+ INFINITIVO = TEMPO ex.: Ao
jogar futebol, ponha suas chuteiras vermelhas. = Quando jogar futebol... Pode até substituir o “ao” por quando..
Resolução adaptada de: QConcursos
Banca Examinadora: FCC
Ano da Prova: 2000
Assuntos: Interpretação de Textos
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