Disciplina: Filosofia 0 Curtidas
O mundo seria ordenado demais, harmonioso demais, para - UNESP 2016
O mundo seria ordenado demais, harmonioso demais, para que se possa explicá-lo sem supor, na sua origem, uma inteligência benevolente e organizadora. Como o acaso poderia fabricar um mundo tão bonito? Se encontrassem um relógio num planeta qualquer, ninguém poderia acreditar que ele se explicasse unicamente pelas leis da natureza, qualquer um veria nele o resultado de uma ação deliberada e inteligente. Ora, qualquer ser vivo é infinitamente mais complexo do que o relógio mais sofisticado. Não há relógio sem relojoeiro, diziam Voltaire e Rousseau. Mas que relógio ruim o que contém terremotos, furacões, secas, animais carnívoros, um sem-número de doenças – e o homem! A história natural não é nem um pouco edificante. A história humana também não. Que Deus após Darwin? Que Deus após Auschwitz?
(André Comte-Sponville. Apresentação da filosofia, 2002. Adaptado.)
Sobre os argumentos discorridos pelo autor, é correto afirmar que a existência de Deus é
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defendida mediante um argumento de natureza estética, em oposição ao caráter ideológico e alienante das crenças religiosas.
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tratada como um problema sobretudo metafísico e teológico, diante do qual são irrelevantes as questões empíricas e históricas.
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abordada sob um ponto de vista bíblico-criacionista, em oposição a uma perspectiva romântica peculiar ao iluminismo filosófico.
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problematizada mediante um argumento de natureza mecanicista-causal, em oposição ao problema ético da existência do mal.
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tratada como uma questão concernente ao livre-arbítrio da consciência, em detrimento de possíveis especulações filosóficas.
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