Disciplina: Filosofia 0 Curtidas

O mundo seria ordenado demais, harmonioso demais, para - UNESP 2016

Atualizado em 13/05/2024

O mundo seria ordenado demais, harmonioso demais, para que se possa explicá-lo sem supor, na sua origem, uma inteligência benevolente e organizadora. Como o acaso poderia fabricar um mundo tão bonito? Se encontrassem um relógio num planeta qualquer, ninguém poderia acreditar que ele se explicasse unicamente pelas leis da natureza, qualquer um veria nele o resultado de uma ação deliberada e inteligente. Ora, qualquer ser vivo é infinitamente mais complexo do que o relógio mais sofisticado. Não há relógio sem relojoeiro, diziam Voltaire e Rousseau. Mas que relógio ruim o que contém terremotos, furacões, secas, animais carnívoros, um sem-número de doenças – e o homem! A história natural não é nem um pouco edificante. A história humana também não. Que Deus após Darwin? Que Deus após Auschwitz?

Sobre os argumentos discorridos pelo autor, é correto afirmar que a existência de Deus é

(André Comte-Sponville. Apresentação da filosofia, 2002. Adaptado.)

  1. defendida mediante um argumento de natureza estética, em oposição ao caráter ideológico e alienante das crenças religiosas.

  2. tratada como um problema sobretudo metafísico e teológico, diante do qual são irrelevantes as questões empíricas e históricas.

  3. abordada sob um ponto de vista bíblico-criacionista, em oposição a uma perspectiva romântica peculiar ao iluminismo filosófico.

  4. problematizada mediante um argumento de natureza mecanicista-causal, em oposição ao problema ético da existência do mal.

  5. tratada como uma questão concernente ao livre-arbítrio da consciência, em detrimento de possíveis especulações filosóficas.


Solução

Alternativa Correta: D) problematizada mediante um argumento de natureza mecanicista-causal, em oposição ao problema ético da existência do mal.

Comte-Sponville critica a concepção filosófica que defende a existência de Deus sob o argumento de que a natureza sendo um efeito inteligente, deve ter uma causa inteligente. Tal argumento não contempla a existência de disfunções morais do homem, tampouco a existência de desequilíbrios numa natureza supostamente harmoniosa.

Resolução adaptada de: Curso Objetivo

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Recebedor: Wesley Rodrigues

Institução: UNESP

Ano da Prova: 2016

Assuntos: Filosofia Geral

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