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Em nome do direito de viver da humanidade, a colonização, - FGV 2015
Em nome do direito de viver da humanidade, a colonização, agente da civilização, deverá tomar a seu encargo a valorização e a circulação das riquezas que possuidores fracos detenham sem benefício para eles próprios e para os demais. Age-se, assim, para o bem de todos. (...) [A Europa] está no comando e no comando deve permanecer.
(Albert Sarrault, Grandeza y servidumbres coloniales Apud Hector Bruit, O imperialismo, 1987, p. 11)
A partir do fragmento, é correto afirmar que
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a partilha afro-asiática da segunda metade do século XIX, liderada pela Inglaterra e França, fruto da expansão das relações capitalistas de produção, garantiu o controle de matérias-primas estratégicas para a indústria e a colonização como missão civilizadora da raça branca superior.
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o velho imperialismo do século XVI foi produto da revolução comercial pela procura de novos produtos e mercados para Portugal e Espanha que, por meio do exclusivo metropolitano e do direito de colonização sobre os povos inferiores, validando os superlucros da exploração colonial.
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o novo imperialismo da primeira metade do século XIX, na África e Oceania, consequência do capitalismo comercial, impôs o monopólio da produção colonial, em especial, para a Grã-Bretanha que, de forma pacífica, defendeu o direito de colonização sobre os povos inferiores.
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o colonialismo do século XVI, na África e Ásia, tornou essas regiões fontes de matérias-primas e mercados para a Europa, em especial, Alemanha e França, que por meio da guerra, submeteram os povos inferiores e promoveram a industrialização africana.
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a exploração da África e da Ásia na segunda metade do século XVII, pelas grandes potências industriais, foi um instrumento eficaz para a missão colonizadora daquelas áreas atrasadas e ampliou o domínio europeu em nome do progresso na medida em que implantou o monopólio comercial.
Solução
Alternativa Correta: A) a partilha afro-asiática da segunda metade do século XIX, liderada pela Inglaterra e França, fruto da expansão das relações capitalistas de produção, garantiu o controle de matérias-primas estratégicas para a indústria e a colonização como missão civilizadora da raça branca superior.
A questão aborda dois aspectos fundamentais do imperialismo (ou neocolonialismo), praticado a partir da segunda metade do século XIX pelas potências industriais: a obtenção de matérias-primas estratégicas, cuja demanda cresceu a partir da Segunda Revolução Industrial; e a justificativa baseada na pretença superioridade da raça branca (“darwinismo social”) e em sua missão civilizadora (“fardo do homem branco”). Poder-se-íam acrescentar outros fatores, como a busca de mercados consumidores e de novas áreas para investimento, o escoamento de excedentes demográficos metropolitanos e o interesse por pontos estratégicos.
Resolução adaptada de: Curso Objetivo
Institução: FGV
Ano da Prova: 2015
Assuntos: Imperialismo
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