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No livro de crônicas Cidades Mortas, o escritor Monteiro - FGV 2015

Atualizado em 13/05/2024

No livro de crônicas Cidades Mortas, o escritor Monteiro Lobato descreve o destino de ricas cidades cafeicultoras do Vale do Paraíba. Bananal, que chegou a ser a maior produtora de café da província de São Paulo, tornou-se uma “cidade morta”, que vive do esplendor do passado: transformou-se em uma estância turístico-histórica, mantendo poucas sedes majestosas conservadas, como a da Fazenda Resgate. A maioria, entretanto, está em ruínas. O fim da escravidão foi o fim dos barões. E também o fim do Império.

(Sheila de Castro Faria, Ciclo do café In Luciano Figueiredo (org), História do Brasil para ocupados, 2013, p.164)

Sobre a conclusão apresentada no texto, é correto afirmar que

  1. a decadência econômica do vale do Paraíba tem fortes vínculos com as periódicas crises internacionais que reduziam a demanda pelo café, mas a causa central da derrocada do cultivo nessa região foi a ação do Império combatendo a imigração.

  2. o Centro-Sul, especialmente a região do vale do Paraíba, manteve uma constante crítica à Monarquia, em razão da defesa que esta fazia do federalismo, opondo-se ao centralismo político-administrativo, prejudicial aos negócios do café.

  3. a decadência da produção cafeeira no vale do Paraíba, relacionada aos problemas de solo, foi impulsionada pela abolição da escravatura, fato que levou os grandes proprietários de terra da região a retirarem o seu apoio à Monarquia.

  4. as divergências entre os cafeicultores do vale do Paraíba e a liderança do Partido Conservador cristalizaram-se com o fim do tráfico de escravos, culminando no rompimento definitivo com a lei do Ventre Livre.

  5. a posição antimonarquista dos cafeicultores do vale do Paraíba, fundadores do Partido Republicano, resultou na imposição de medidas, por parte da elite imperial, prejudiciais a essa elite, como a proibição da entrada de imigrantes.


Solução

Alternativa Correta: C) a decadência da produção cafeeira no vale do Paraíba, relacionada aos problemas de solo, foi impulsionada pela abolição da escravatura, fato que levou os grandes proprietários de terra da região a retirarem o seu apoio à Monarquia.

Comparativamente ao Oeste paulista, pólo dinâmico da cafeicultura brasileira a partir de aproximadamente 1840, o Vale do Paraíba fluminense e paulista estagnou e depois declinou sua produção de café, em parte pelo esgotamento do solo, em parte devido à opção pelo trabalho escravo (abastecido por meio do tráfico interno procedente do nordeste). A Lei Áurea, ao abolir a escravatura sem indenizar os ex-proprietários de escravos, fez com que esse segmento social retirasse seu apoio a monarquia, acelerando a

Resolução adaptada de: Curso Objetivo

Institução: FGV

Ano da Prova: 2015

Assuntos: Ciclo do Café

Vídeo Sugerido: YouTube

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