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Alferes, Ouro Preto em sombras Espera pelo batizado - FUVEST 2021
Alferes, Ouro Preto em sombras
Espera pelo batizado,
Ainda que tarde sobre a morte do sonhador
Ainda que tarde sobre as bocas do traidor.
Raios de sol brilharão nos sinos:
Dez vias dar.
Ai Marília, as liras e o amor
Não posso mais sufocar
E a minha voz irá
Pra muito além do desterro e do sal,
Maior que a voz do rei.
Aldir Blanc e João Bosco, trecho da canção “Alferes”, de 1973.
A imagem de Tiradentes — a quem Cecília Meireles qualificou “o Alferes imortal, radiosa expressão dos mais altos sonhos desta cidade, do Brasil e do próprio mundo”, em palestra feita em Ouro Preto — torna a aparecer como símbolo da luta pela liberdade em vários momentos da cultura nacional. Os versos do letrista Aldir Blanc evocam, em novo contexto, o mártir sonhador para resistir ao discurso
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da doutrina revolucionária de ligas politicamente engajadas.
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da historiografia, que minimizou a importância de Tiradentes.
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de autoritarismo e opressão, próprio da ditadura militar.
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dos poetas árcades, que se dedicavam às suas liras amorosas.
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da tirania portuguesa sobre os mineradores no ciclo do ouro.
Solução
Alternativa Correta: C) de autoritarismo e opressão, próprio da ditadura militar.
Essa canção foi composta na década de 70 do século passado, em parceria com João Bosco. A letra “Alferes” retoma a repressão da metrópole portuguesa contra os Inconfidentes, particularmente a figura de Tiradentes, e projeta-a em um outro período histórico, também repressivo.
Créditos da Resolução: Curso Objetivo
Institução: FUVEST
Ano da Prova: 2021
Assuntos: Tiradentes, Cultura Nacional
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