Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas
No período Uma parcela expressiva destas mortes, que - UNIFESP 2011
Instrução: Leia o texto para responder a questão.
Nos últimos três anos foram assassinadas mais de 140 mil pessoas no Brasil. Uma média de 47 mil pessoas por ano. Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes. São 25 assassinatos ao ano por cada 100 mil pessoas, índice considerado de violência epidêmica, segundo organismos internacionais.
Se os assassinatos com armas de fogo são uma face da violência vivida na nossa sociedade, ela não é a única. Logo atrás, em termos de letalidade, estão os acidentes fatais de trânsito, com cerca de 33 mil mortos em 2002 e 35 mil mortes por ano em 2004 e 2005. Isto, sem falar nos acidentados não fatais socorridos pelo Sistema Único de Saúde, que multiplicam muitas vezes os números aqui apresentados e representam um custo que o IPEA estima em R$ 5,3 bilhões para o ano de 2002.
A lista da violência alonga-se incrivelmente. Sobre as mulheres, os negros, os índios, os gays, sobre os mendigos na rua, sobre os movimentos sociais etc. Uma discussão num botequim de periferia pode terminar em morte. A privação do emprego, do salário digno, da educação, da saúde, do transporte público, da moradia, da segurança alimentar, tudo isso pode ser compreendido, conside rando que incide sobre direitos assegurados por nossa Constituição, como tantas outras formas de violência.
(Silvio Caccia Bava. Le Monde Diplomatique Brasil, agosto 2010. Adaptado.)
No período Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes, as palavras sublinhadas referemse, respecti va mente,
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à palavra parcela e tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito.
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à palavra mortes e tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito.
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à palavra parcela e tem a função de objeto; à palavra polícia e tem a função de objeto.
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à palavra parcela e tem a função de objeto; à palavra ação e tem a função de sujeito.
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à palavra parcela e tem a função de sujeito; à palavra ação e tem a função de sujeito.
Solução
Alternativa Correta: A) à palavra parcela e tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito.
A resposta correta é a alternativa A) "à palavra parcela e tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito."
No trecho destacado, o pronome relativo "que" se refere a "parcela" e "polícia", respectivamente. Quando o pronome "que" é utilizado, ele faz referência a um substantivo anterior e introduz orações subordinadas. Na primeira parte da frase, "uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região...", o pronome "que" se refere a "parcela" e funciona como o sujeito da oração subordinada "que varia de região para região". Da mesma forma, na segunda parte, "à ação da polícia, que se respalda na impunidade...", o pronome "que" se refere a "polícia" e exerce a função de sujeito na oração subordinada "que se respalda na impunidade". Portanto, em ambas as situações, o pronome relativo "que" está exercendo a função de sujeito.
A alternativa B) está incorreta porque a palavra "mortes" não é o sujeito da oração que se refere ao pronome "que". A alternativa C) também é incorreta, pois os pronomes não se referem a objetos diretos, mas sim a sujeitos das orações. As alternativas D) e E) apresentam confusão na atribuição das funções sintáticas aos termos, o que as torna incorretas.
Institução: UNIFESP
Ano da Prova: 2011
Assuntos: Interpretação Textual
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