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Foram encontradas 294 questões
Exibindo questões de 1 a 100.

Examine a tirinha de Caco Galhardo Na tirinha, o chefe - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Examine a tirinha de Caco Galhardo.

VUNESP 2024

O primeiro parágrafo caracteriza-se, sobretudo, pelo - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Leia um trecho do romance Memórias de um sargento de milícias, do escritor Manuel Antônio de Almeida, para responder a questão

Cremos, pelo que temos referido, que para nenhum dos leitores será ainda duvidoso que chegara ao Leonardo a hora de pagar o tributo de que ninguém escapa neste mundo, ainda que para alguns seja ele fácil e leve, e para outros pesado e custoso: o rapaz amava. É escusado dizer a quem.
Como é que a sobrinha de D. Maria, que a princípio tanto desafiara a sua hilaridade por esquisita e feia, lhe viera depois a inspirar amor, é isso segredo do coração do rapaz que nos não é dado penetrar: o fato é que ele a amava, e isto nos basta. Convém lembrar que se pela sorte de um pai se pode augurar1 a de um filho, o Leonardo em matéria de amor não prometia decerto grande fortuna. E com efeito, logo depois da noite do fogo no Campo2, em que as coisas começavam a tomar vulto, principiou a roda a desandar-lhe em quase todos os sentidos. Luisinha, uma vez extinto o entusiasmo que, suscitado pelas emoções que experimentara na noite do fogo, a acordara da sua apatia, voltara de novo ao seu antigo estado: e, como de tudo esquecida, na primeira visita que o barbeiro e o Leonardo fizeram a D. Maria depois desses acontecimentos, nem para este último levantara os olhos; conservara-se de cabeça baixa e olhos no chão.

(Memórias de um sargento de milícias, 2003.)

1 augurar: adivinhar.
2 fogo no Campo: referência à Festa do Divino (celebração religiosa de origem católica), comemorada com fogos de artifício.

A não onisciência do narrador das Memórias de um - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Leia um trecho do romance Memórias de um sargento de milícias, do escritor Manuel Antônio de Almeida, para responder a questão

Cremos, pelo que temos referido, que para nenhum dos leitores será ainda duvidoso que chegara ao Leonardo a hora de pagar o tributo de que ninguém escapa neste mundo, ainda que para alguns seja ele fácil e leve, e para outros pesado e custoso: o rapaz amava. É escusado dizer a quem.
Como é que a sobrinha de D. Maria, que a princípio tanto desafiara a sua hilaridade por esquisita e feia, lhe viera depois a inspirar amor, é isso segredo do coração do rapaz que nos não é dado penetrar: o fato é que ele a amava, e isto nos basta. Convém lembrar que se pela sorte de um pai se pode augurar1 a de um filho, o Leonardo em matéria de amor não prometia decerto grande fortuna. E com efeito, logo depois da noite do fogo no Campo2, em que as coisas começavam a tomar vulto, principiou a roda a desandar-lhe em quase todos os sentidos. Luisinha, uma vez extinto o entusiasmo que, suscitado pelas emoções que experimentara na noite do fogo, a acordara da sua apatia, voltara de novo ao seu antigo estado: e, como de tudo esquecida, na primeira visita que o barbeiro e o Leonardo fizeram a D. Maria depois desses acontecimentos, nem para este último levantara os olhos; conservara-se de cabeça baixa e olhos no chão.

(Memórias de um sargento de milícias, 2003.)

1 augurar: adivinhar.
2 fogo no Campo: referência à Festa do Divino (celebração religiosa de origem católica), comemorada com fogos de artifício.

“chegara ao Leonardo a hora de pagar o tributo de que - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Leia um trecho do romance Memórias de um sargento de milícias, do escritor Manuel Antônio de Almeida, para responder a questão

Cremos, pelo que temos referido, que para nenhum dos leitores será ainda duvidoso que chegara ao Leonardo a hora de pagar o tributo de que ninguém escapa neste mundo, ainda que para alguns seja ele fácil e leve, e para outros pesado e custoso: o rapaz amava. É escusado dizer a quem.
Como é que a sobrinha de D. Maria, que a princípio tanto desafiara a sua hilaridade por esquisita e feia, lhe viera depois a inspirar amor, é isso segredo do coração do rapaz que nos não é dado penetrar: o fato é que ele a amava, e isto nos basta. Convém lembrar que se pela sorte de um pai se pode augurar1 a de um filho, o Leonardo em matéria de amor não prometia decerto grande fortuna. E com efeito, logo depois da noite do fogo no Campo2, em que as coisas começavam a tomar vulto, principiou a roda a desandar-lhe em quase todos os sentidos. Luisinha, uma vez extinto o entusiasmo que, suscitado pelas emoções que experimentara na noite do fogo, a acordara da sua apatia, voltara de novo ao seu antigo estado: e, como de tudo esquecida, na primeira visita que o barbeiro e o Leonardo fizeram a D. Maria depois desses acontecimentos, nem para este último levantara os olhos; conservara-se de cabeça baixa e olhos no chão.

(Memórias de um sargento de milícias, 2003.)

1 augurar: adivinhar.
2 fogo no Campo: referência à Festa do Divino (celebração religiosa de origem católica), comemorada com fogos de artifício.

A expressão sublinhada em “É escusado dizer a quem” - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Leia um trecho do romance Memórias de um sargento de milícias, do escritor Manuel Antônio de Almeida, para responder a questão

Cremos, pelo que temos referido, que para nenhum dos leitores será ainda duvidoso que chegara ao Leonardo a hora de pagar o tributo de que ninguém escapa neste mundo, ainda que para alguns seja ele fácil e leve, e para outros pesado e custoso: o rapaz amava. É escusado dizer a quem.
Como é que a sobrinha de D. Maria, que a princípio tanto desafiara a sua hilaridade por esquisita e feia, lhe viera depois a inspirar amor, é isso segredo do coração do rapaz que nos não é dado penetrar: o fato é que ele a amava, e isto nos basta. Convém lembrar que se pela sorte de um pai se pode augurar1 a de um filho, o Leonardo em matéria de amor não prometia decerto grande fortuna. E com efeito, logo depois da noite do fogo no Campo2, em que as coisas começavam a tomar vulto, principiou a roda a desandar-lhe em quase todos os sentidos. Luisinha, uma vez extinto o entusiasmo que, suscitado pelas emoções que experimentara na noite do fogo, a acordara da sua apatia, voltara de novo ao seu antigo estado: e, como de tudo esquecida, na primeira visita que o barbeiro e o Leonardo fizeram a D. Maria depois desses acontecimentos, nem para este último levantara os olhos; conservara-se de cabeça baixa e olhos no chão.

(Memórias de um sargento de milícias, 2003.)

1 augurar: adivinhar.
2 fogo no Campo: referência à Festa do Divino (celebração religiosa de origem católica), comemorada com fogos de artifício.

Examine o meme publicado pelo perfil “Art Memes Central - UNIFESP 2024

Inglês - 2024

Examine o meme publicado pelo perfil “Art Memes Central” no Instagram, em 17.05.2023.

UNIFESP 2024

Nota-se em sua obra um sentido de aprofundamento das - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Nota-se em sua obra um sentido de aprofundamento das coisas e dos seres e um uso experimental do idioma que se opõem, de certa forma, aos escritos mais característicos da prosa regionalista, tendendo a superar tanto o mero pitoresco quanto o realismo documental. Por outro lado, embora revele um notável e incomum domínio artesanal, sua linguagem não se confunde com a dos estilistas da Língua. O seu palavreado diferente não é constituído propriamente de vocábulos “difíceis” ou desusados, mas de recriações e invenções forjadas a partir das virtualidades do idioma, que levam o leitor a constantes descobertas. Com seu léxico e sua sintaxe peculiares, não canônicos, mas coerentemente articulados, esse(a) autor(a) nos força a uma experiência viva com a linguagem.

O soneto explora, sobretudo, o seguinte tópico neoclás - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Leia o soneto de Manuel Maria Barbosa du Bocage para responder a questão.

Nos campos o vilão1 sem sustos passa,
Inquieto na corte o nobre mora;
O que é ser infeliz aquele ignora,
Este encontra nas pompas a desgraça.

Aquele canta e ri; não se embaraça
Com essas coisas vãs que o mundo adora;
Este (oh, cega ambição!) mil vezes chora,
Porque não acha bem que o satisfaça.

Aquele dorme em paz no chão deitado,
Este, no ebúrneo2 leito precioso,
Nutre, exaspera velador cuidado3.

Triste! Sai do palácio majestoso:
Se hás-de ser cortesão, mas desgraçado,
Antes ser camponês e venturoso!

(Bocage. Poemas escolhidos, 1974.)

1 vilão: camponês.
2 ebúrneo: feito de marfim.
3 cuidado: preocupação, inquietação.

O eu lírico lança mão do recurso retórico conhecido com - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Leia o soneto de Manuel Maria Barbosa du Bocage para responder a questão.

Nos campos o vilão1 sem sustos passa,
Inquieto na corte o nobre mora;
O que é ser infeliz aquele ignora,
Este encontra nas pompas a desgraça.

Aquele canta e ri; não se embaraça
Com essas coisas vãs que o mundo adora;
Este (oh, cega ambição!) mil vezes chora,
Porque não acha bem que o satisfaça.

Aquele dorme em paz no chão deitado,
Este, no ebúrneo2 leito precioso,
Nutre, exaspera velador cuidado3.

Triste! Sai do palácio majestoso:
Se hás-de ser cortesão, mas desgraçado,
Antes ser camponês e venturoso!

(Bocage. Poemas escolhidos, 1974.)

1 vilão: camponês.
2 ebúrneo: feito de marfim.
3 cuidado: preocupação, inquietação.

Considerando o contexto, os termos sublinhados na - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Leia o soneto de Manuel Maria Barbosa du Bocage para responder a questão.

Nos campos o vilão1 sem sustos passa,
Inquieto na corte o nobre mora;
O que é ser infeliz aquele ignora,
Este encontra nas pompas a desgraça.

Aquele canta e ri; não se embaraça
Com essas coisas vãs que o mundo adora;
Este (oh, cega ambição!) mil vezes chora,
Porque não acha bem que o satisfaça.

Aquele dorme em paz no chão deitado,
Este, no ebúrneo2 leito precioso,
Nutre, exaspera velador cuidado3.

Triste! Sai do palácio majestoso:
Se hás-de ser cortesão, mas desgraçado,
Antes ser camponês e venturoso!

(Bocage. Poemas escolhidos, 1974.)

1 vilão: camponês.
2 ebúrneo: feito de marfim.
3 cuidado: preocupação, inquietação.

Está reescrito em ordem direta o seguinte verso do - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Leia o soneto de Manuel Maria Barbosa du Bocage para responder a questão.

Nos campos o vilão1 sem sustos passa,
Inquieto na corte o nobre mora;
O que é ser infeliz aquele ignora,
Este encontra nas pompas a desgraça.

Aquele canta e ri; não se embaraça
Com essas coisas vãs que o mundo adora;
Este (oh, cega ambição!) mil vezes chora,
Porque não acha bem que o satisfaça.

Aquele dorme em paz no chão deitado,
Este, no ebúrneo2 leito precioso,
Nutre, exaspera velador cuidado3.

Triste! Sai do palácio majestoso:
Se hás-de ser cortesão, mas desgraçado,
Antes ser camponês e venturoso!

(Bocage. Poemas escolhidos, 1974.)

1 vilão: camponês.
2 ebúrneo: feito de marfim.
3 cuidado: preocupação, inquietação.

Além do vocativo que ocorre na segunda estrofe, há no - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Leia o soneto de Manuel Maria Barbosa du Bocage para responder a questão.

Nos campos o vilão1 sem sustos passa,
Inquieto na corte o nobre mora;
O que é ser infeliz aquele ignora,
Este encontra nas pompas a desgraça.

Aquele canta e ri; não se embaraça
Com essas coisas vãs que o mundo adora;
Este (oh, cega ambição!) mil vezes chora,
Porque não acha bem que o satisfaça.

Aquele dorme em paz no chão deitado,
Este, no ebúrneo2 leito precioso,
Nutre, exaspera velador cuidado3.

Triste! Sai do palácio majestoso:
Se hás-de ser cortesão, mas desgraçado,
Antes ser camponês e venturoso!

(Bocage. Poemas escolhidos, 1974.)

1 vilão: camponês.
2 ebúrneo: feito de marfim.
3 cuidado: preocupação, inquietação.

De acordo com a cronista, o intenso convívio com os - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Para responder a questão, leia a crônica “Nós, o dicionário e a professora Dina” da escritora angolana Ana Paula Tavares.

O dicionário e a professora Dina entraram nas nossas vidas ao mesmo tempo. Também as palavras tática, guerra, resistência. A professora Dina pretendia domesticar o nosso português corta-mato, infalível nas batalhas de rua, eficaz no nosso ódio à ordem, disciplina. Era um português praticado na rua pedindo de empréstimo às outras línguas palavras, construções, tudo o que pudesse facilitar a frase curta, intensa, eficaz. A professora […] apresentou-nos o Dicionário. A partir daquele dia tal livrinho devia permanecer aberto para sempre nas nossas vidas. A professora Dina acreditava […] que “se olhássemos tempo suficiente para o escuro, acabaríamos por ver aí alguma coisa”. Descobrimos juntos a história dos dicionários e da língua. Fomos à procura da palavra através da “compilação completa ou parcial das unidades léxicas de uma língua (palavras, locuções, afixos) ou de certas categorias dessa língua, organizadas numa certa ordem convencionada, geralmente alfabética, e que fornece, além das definições, informações sobre sinônimos, antônimos, ortografia, pronúncia, classe gramatical e etimologia”. Descobrimos os mais variados dicionários, desde os especializados na linguagem de uma época, ou de um escritor determinado, aos das diferentes áreas do saber. A história da língua tornou-se-nos familiar através da origem das palavras e da sua evolução no tempo.

Fomos tomando posse de uma língua que era a nossa língua materna mas da qual só conhecíamos o ruído, o grito, a ponta afiada para ser usada na rua. O silêncio, as formas de pensar e julgar, e as escalas de valor foram aprofundados com a consulta do dicionário. […] Um dicionário, mesmo de recursos simples, oferece palavras e expressões saídas da poeira da memória, que voltam aqui prontas para nosso serviço […]. A linguagem em si não é precisa nem imprecisa. Nós é que a podemos usar de forma menos cuidada, alterando os caminhos que a semântica nos propõe. […] A sugestão continua a ser: mantenham o dicionário sempre aberto, em revisita aos falares e sabores em e da língua portuguesa e de todas as outras que nos rodeiam.

(Ana Paula Tavares. Um rio preso nas mãos, 2019.)

Observa-se o emprego de palavra formada com sufixo que - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2024

Para responder a questão, leia a crônica “Nós, o dicionário e a professora Dina” da escritora angolana Ana Paula Tavares.

O dicionário e a professora Dina entraram nas nossas vidas ao mesmo tempo. Também as palavras tática, guerra, resistência. A professora Dina pretendia domesticar o nosso português corta-mato, infalível nas batalhas de rua, eficaz no nosso ódio à ordem, disciplina. Era um português praticado na rua pedindo de empréstimo às outras línguas palavras, construções, tudo o que pudesse facilitar a frase curta, intensa, eficaz. A professora […] apresentou-nos o Dicionário. A partir daquele dia tal livrinho devia permanecer aberto para sempre nas nossas vidas. A professora Dina acreditava […] que “se olhássemos tempo suficiente para o escuro, acabaríamos por ver aí alguma coisa”. Descobrimos juntos a história dos dicionários e da língua. Fomos à procura da palavra através da “compilação completa ou parcial das unidades léxicas de uma língua (palavras, locuções, afixos) ou de certas categorias dessa língua, organizadas numa certa ordem convencionada, geralmente alfabética, e que fornece, além das definições, informações sobre sinônimos, antônimos, ortografia, pronúncia, classe gramatical e etimologia”. Descobrimos os mais variados dicionários, desde os especializados na linguagem de uma época, ou de um escritor determinado, aos das diferentes áreas do saber. A história da língua tornou-se-nos familiar através da origem das palavras e da sua evolução no tempo.

Fomos tomando posse de uma língua que era a nossa língua materna mas da qual só conhecíamos o ruído, o grito, a ponta afiada para ser usada na rua. O silêncio, as formas de pensar e julgar, e as escalas de valor foram aprofundados com a consulta do dicionário. […] Um dicionário, mesmo de recursos simples, oferece palavras e expressões saídas da poeira da memória, que voltam aqui prontas para nosso serviço […]. A linguagem em si não é precisa nem imprecisa. Nós é que a podemos usar de forma menos cuidada, alterando os caminhos que a semântica nos propõe. […] A sugestão continua a ser: mantenham o dicionário sempre aberto, em revisita aos falares e sabores em e da língua portuguesa e de todas as outras que nos rodeiam.

(Ana Paula Tavares. Um rio preso nas mãos, 2019.)

A more deliberate kind of realism in novels, stories, a - UNIFESP 2024

Inglês - 2024

A more deliberate kind of realism in novels, stories, and plays, usually involving a view of human beings as passive victims of natural forces and social environment. As a literary movement, was initiated in France by Jules and Edmond Goncourt with their novel Germinie Lacerteux (1865), but it came to be led by Émile Zola, who claimed a “scientific” status for his studies of impoverished characters miserably subjected to hunger, sexual obsession, and hereditary defects in Thérèse Raquin (1867), Germinal (1885), and many other novels. This fiction aspired to a sociological objectivity, offering detailed and fully researched investigations into unexplored corners of modern society, while enlivening this with a new sexual sensationalism.

According to the information provided by the text, the - UNIFESP 2024

Inglês - 2024

The great global baby bust is under way

Across the world, birth rates are declining more rapidly than expected. That worries retired people and policymakers. In 2010, there were 98 nations and territories with fertility rates below 2.1 (known as the replacement rate) according to the United Nations. In 2021, that number had risen to 124, or more than half the countries for which data were available. The world’s 15 largest economies all have fertility rates below the replacement rate.
As the proportion of children declines, average ages rise, particularly as old people live longer (though the rise in longevity has slowed in recent years: in Britain lifespans are flatlining and in America they are falling). Some long-running demographic trends are changing, too. Educated women have for decades tended to have fewer children. Nevertheless, fertility among the less educated is now falling.

UNIFESP 2024

All of this poses a huge economic challenge. In parts of the world where birth rates were already low, the shortfall of young employees, who are needed to subsidise the retired, will be felt intensely. In China, the number of workers aged between 21 and 30 has already declined from 232 million in 2012, to 181 million in 2021. By the mid-2050s the United Nations forecasts there will be fewer than 100 million (see chart). China’s one-child — and later two-child — policy has contributed to the country’s decline in young workers. Recent history has shown that it is much more difficult to raise fertility levels than it is to crush them in the first place.

(www.economist.com, 14.06.2023. Adaptado.)

In the excerpt from the first paragraph “In 2021, that - UNIFESP 2024

Inglês - 2024

The great global baby bust is under way

Across the world, birth rates are declining more rapidly than expected. That worries retired people and policymakers. In 2010, there were 98 nations and territories with fertility rates below 2.1 (known as the replacement rate) according to the United Nations. In 2021, that number had risen to 124, or more than half the countries for which data were available. The world’s 15 largest economies all have fertility rates below the replacement rate.
As the proportion of children declines, average ages rise, particularly as old people live longer (though the rise in longevity has slowed in recent years: in Britain lifespans are flatlining and in America they are falling). Some long-running demographic trends are changing, too. Educated women have for decades tended to have fewer children. Nevertheless, fertility among the less educated is now falling.

UNIFESP 2024

All of this poses a huge economic challenge. In parts of the world where birth rates were already low, the shortfall of young employees, who are needed to subsidise the retired, will be felt intensely. In China, the number of workers aged between 21 and 30 has already declined from 232 million in 2012, to 181 million in 2021. By the mid-2050s the United Nations forecasts there will be fewer than 100 million (see chart). China’s one-child — and later two-child — policy has contributed to the country’s decline in young workers. Recent history has shown that it is much more difficult to raise fertility levels than it is to crush them in the first place.

(www.economist.com, 14.06.2023. Adaptado.)

No trecho do segundo parágrafo “average ages rise, - UNIFESP 2024

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The great global baby bust is under way

Across the world, birth rates are declining more rapidly than expected. That worries retired people and policymakers. In 2010, there were 98 nations and territories with fertility rates below 2.1 (known as the replacement rate) according to the United Nations. In 2021, that number had risen to 124, or more than half the countries for which data were available. The world’s 15 largest economies all have fertility rates below the replacement rate.
As the proportion of children declines, average ages rise, particularly as old people live longer (though the rise in longevity has slowed in recent years: in Britain lifespans are flatlining and in America they are falling). Some long-running demographic trends are changing, too. Educated women have for decades tended to have fewer children. Nevertheless, fertility among the less educated is now falling.

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All of this poses a huge economic challenge. In parts of the world where birth rates were already low, the shortfall of young employees, who are needed to subsidise the retired, will be felt intensely. In China, the number of workers aged between 21 and 30 has already declined from 232 million in 2012, to 181 million in 2021. By the mid-2050s the United Nations forecasts there will be fewer than 100 million (see chart). China’s one-child — and later two-child — policy has contributed to the country’s decline in young workers. Recent history has shown that it is much more difficult to raise fertility levels than it is to crush them in the first place.

(www.economist.com, 14.06.2023. Adaptado.)

As to women, the text presents a tendency that has - UNIFESP 2024

Inglês - 2024

The great global baby bust is under way

Across the world, birth rates are declining more rapidly than expected. That worries retired people and policymakers. In 2010, there were 98 nations and territories with fertility rates below 2.1 (known as the replacement rate) according to the United Nations. In 2021, that number had risen to 124, or more than half the countries for which data were available. The world’s 15 largest economies all have fertility rates below the replacement rate.
As the proportion of children declines, average ages rise, particularly as old people live longer (though the rise in longevity has slowed in recent years: in Britain lifespans are flatlining and in America they are falling). Some long-running demographic trends are changing, too. Educated women have for decades tended to have fewer children. Nevertheless, fertility among the less educated is now falling.

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All of this poses a huge economic challenge. In parts of the world where birth rates were already low, the shortfall of young employees, who are needed to subsidise the retired, will be felt intensely. In China, the number of workers aged between 21 and 30 has already declined from 232 million in 2012, to 181 million in 2021. By the mid-2050s the United Nations forecasts there will be fewer than 100 million (see chart). China’s one-child — and later two-child — policy has contributed to the country’s decline in young workers. Recent history has shown that it is much more difficult to raise fertility levels than it is to crush them in the first place.

(www.economist.com, 14.06.2023. Adaptado.)

No trecho do segundo parágrafo “though the rise in - UNIFESP 2024

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The great global baby bust is under way

Across the world, birth rates are declining more rapidly than expected. That worries retired people and policymakers. In 2010, there were 98 nations and territories with fertility rates below 2.1 (known as the replacement rate) according to the United Nations. In 2021, that number had risen to 124, or more than half the countries for which data were available. The world’s 15 largest economies all have fertility rates below the replacement rate.
As the proportion of children declines, average ages rise, particularly as old people live longer (though the rise in longevity has slowed in recent years: in Britain lifespans are flatlining and in America they are falling). Some long-running demographic trends are changing, too. Educated women have for decades tended to have fewer children. Nevertheless, fertility among the less educated is now falling.

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All of this poses a huge economic challenge. In parts of the world where birth rates were already low, the shortfall of young employees, who are needed to subsidise the retired, will be felt intensely. In China, the number of workers aged between 21 and 30 has already declined from 232 million in 2012, to 181 million in 2021. By the mid-2050s the United Nations forecasts there will be fewer than 100 million (see chart). China’s one-child — and later two-child — policy has contributed to the country’s decline in young workers. Recent history has shown that it is much more difficult to raise fertility levels than it is to crush them in the first place.

(www.economist.com, 14.06.2023. Adaptado.)

According to the chart, China’s population aged 21-30 - UNIFESP 2024

Inglês - 2024

The great global baby bust is under way

Across the world, birth rates are declining more rapidly than expected. That worries retired people and policymakers. In 2010, there were 98 nations and territories with fertility rates below 2.1 (known as the replacement rate) according to the United Nations. In 2021, that number had risen to 124, or more than half the countries for which data were available. The world’s 15 largest economies all have fertility rates below the replacement rate.
As the proportion of children declines, average ages rise, particularly as old people live longer (though the rise in longevity has slowed in recent years: in Britain lifespans are flatlining and in America they are falling). Some long-running demographic trends are changing, too. Educated women have for decades tended to have fewer children. Nevertheless, fertility among the less educated is now falling.

UNIFESP 2024

All of this poses a huge economic challenge. In parts of the world where birth rates were already low, the shortfall of young employees, who are needed to subsidise the retired, will be felt intensely. In China, the number of workers aged between 21 and 30 has already declined from 232 million in 2012, to 181 million in 2021. By the mid-2050s the United Nations forecasts there will be fewer than 100 million (see chart). China’s one-child — and later two-child — policy has contributed to the country’s decline in young workers. Recent history has shown that it is much more difficult to raise fertility levels than it is to crush them in the first place.

(www.economist.com, 14.06.2023. Adaptado.)

De acordo com o terceiro parágrafo, um dos motivos - UNIFESP 2024

Inglês - 2024

The great global baby bust is under way

Across the world, birth rates are declining more rapidly than expected. That worries retired people and policymakers. In 2010, there were 98 nations and territories with fertility rates below 2.1 (known as the replacement rate) according to the United Nations. In 2021, that number had risen to 124, or more than half the countries for which data were available. The world’s 15 largest economies all have fertility rates below the replacement rate.
As the proportion of children declines, average ages rise, particularly as old people live longer (though the rise in longevity has slowed in recent years: in Britain lifespans are flatlining and in America they are falling). Some long-running demographic trends are changing, too. Educated women have for decades tended to have fewer children. Nevertheless, fertility among the less educated is now falling.

UNIFESP 2024

All of this poses a huge economic challenge. In parts of the world where birth rates were already low, the shortfall of young employees, who are needed to subsidise the retired, will be felt intensely. In China, the number of workers aged between 21 and 30 has already declined from 232 million in 2012, to 181 million in 2021. By the mid-2050s the United Nations forecasts there will be fewer than 100 million (see chart). China’s one-child — and later two-child — policy has contributed to the country’s decline in young workers. Recent history has shown that it is much more difficult to raise fertility levels than it is to crush them in the first place.

(www.economist.com, 14.06.2023. Adaptado.)

The Editor’s note published by The Economist intends - UNIFESP 2024

Inglês - 2024

Leia a chamada e o título de uma matéria do The Economist, acompanhados da nota do Editor, para responder a questão.

UNIFESP 2024

A chamada original que consta da nota do Editor, “A - UNIFESP 2024

Inglês - 2024

Leia a chamada e o título de uma matéria do The Economist, acompanhados da nota do Editor, para responder a questão.

UNIFESP 2024

De acordo com a nota do Editor, uma das causas - UNIFESP 2024

Inglês - 2024

Leia a chamada e o título de uma matéria do The Economist, acompanhados da nota do Editor, para responder a questão.

UNIFESP 2024

Mostra-se decisivo para o efeito de humor do cartum o - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

Para responder a questão, examine o cartum de Will Santino, publicado em sua conta do Instagram, em 13.04.2022.

UNIFESP 2023

A análise contextualizada do cartum permite caracteriza - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

Para responder a questão, examine o cartum de Will Santino, publicado em sua conta do Instagram, em 13.04.2022.

UNIFESP 2023

Na primeira estrofe, o eu lírico explora, sobretudo, a - UNIFESP 2024

Língua Portuguesa - 2023

Leia o poema de Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, também conhecida como Marquesa de Alorna, para responder a questão.

Retratar a tristeza em vão procura
Quem na vida um só pesar não sente,
Porque sempre vestígios de contente

Hão-de apar’cer por baixo da pintura:

Porém eu, infeliz, que a desventura
O mínimo prazer me não consente,
Em dizendo o que sinto, a mim somente,
Parece que compete esta figura.

Sinto o bárbaro efeito das mudanças,
Dos prazeres o mais cruel pesar,
Sinto do que perdi tristes lembranças;

Condenam-me a chorar, e a não chorar,
Sinto a perda total das esperanças,
E sinto-me morrer sem acabar.

(Marquesa de Alorna. Sonetos, 2007.)

Os sujeitos dos verbos “procura” e “sente” (ambos na 1. - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2023

Leia o poema de Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, também conhecida como Marquesa de Alorna, para responder a questão.

Retratar a tristeza em vão procura
Quem na vida um só pesar não sente,
Porque sempre vestígios de contente

Hão-de apar’cer por baixo da pintura:

Porém eu, infeliz, que a desventura
O mínimo prazer me não consente,
Em dizendo o que sinto, a mim somente,
Parece que compete esta figura.

Sinto o bárbaro efeito das mudanças,
Dos prazeres o mais cruel pesar,
Sinto do que perdi tristes lembranças;

Condenam-me a chorar, e a não chorar,
Sinto a perda total das esperanças,
E sinto-me morrer sem acabar.

(Marquesa de Alorna. Sonetos, 2007.)

Uma característica do poema que antecipa a estética - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2023

Leia o poema de Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, também conhecida como Marquesa de Alorna, para responder a questão.

Retratar a tristeza em vão procura
Quem na vida um só pesar não sente,
Porque sempre vestígios de contente

Hão-de apar’cer por baixo da pintura:

Porém eu, infeliz, que a desventura
O mínimo prazer me não consente,
Em dizendo o que sinto, a mim somente,
Parece que compete esta figura.

Sinto o bárbaro efeito das mudanças,
Dos prazeres o mais cruel pesar,
Sinto do que perdi tristes lembranças;

Condenam-me a chorar, e a não chorar,
Sinto a perda total das esperanças,
E sinto-me morrer sem acabar.

(Marquesa de Alorna. Sonetos, 2007.)

O eu lírico recorre a um enunciado paradoxal no seguint - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2023

Leia o poema de Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, também conhecida como Marquesa de Alorna, para responder a questão.

Retratar a tristeza em vão procura
Quem na vida um só pesar não sente,
Porque sempre vestígios de contente

Hão-de apar’cer por baixo da pintura:

Porém eu, infeliz, que a desventura
O mínimo prazer me não consente,
Em dizendo o que sinto, a mim somente,
Parece que compete esta figura.

Sinto o bárbaro efeito das mudanças,
Dos prazeres o mais cruel pesar,
Sinto do que perdi tristes lembranças;

Condenam-me a chorar, e a não chorar,
Sinto a perda total das esperanças,
E sinto-me morrer sem acabar.

(Marquesa de Alorna. Sonetos, 2007.)

Mesmo em seus primeiros livros, quando ainda o cerceava - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2023

Mesmo em seus primeiros livros, quando ainda o cerceavam os cânones românticos e possivelmente o inibia a timidez, o receio de ser diferente dos outros, de enveredar por caminhos até então indevassáveis, já as suas figuras se distinguem pela independência em relação ao meio físico e ao moralismo convencional. Não obedeceu nem ao preconceito, então de rigor, de filiar à natureza tropical o feitio das criaturas, nem ao de fazer personagens exclusivamente boas ou más, tão caro ao romantismo.
Sem preocupação de escola literária desde que se libertou do romantismo, ele observou, como ninguém entre nós, as criaturas em toda a sua realidade, dando a cada aspecto o justo valor, isto é, apreciando a todos com um critério relativo. Foi assim que esse tímido realizou uma audaciosa revolução na nossa literatura ficcionista, até ele subordinada a valores absolutos, que reduziam a simples figurantes as personagens dominadas pela natureza e pela ética convencional.
Dentro, porém, do mundo burguês que descreveu, e que foi, afinal, o seu, não se contentou com as aparências; abismava-se na contemplação das perspectivas inumeráveis da alma humana. Tudo o que o homem da época e da condição de suas criaturas pode pensar, sentir e sonhar, ele o perscrutou. A realidade que via se prolongava na que pressentia, nas reações interiores que acima de tudo o atraíam.

De acordo com o autor, a) o sistema emocional - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2023

Leia o trecho do livro O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano, do neurocientista português António Rosa Damásio, para responder a questão.

O principal enfoque em O erro de Descartes é a relação entre emoção e razão. Baseado em meu estudo de pacientes neurológicos que apresentavam deficiências na tomada de decisão e distúrbios da emoção, construí a hipótese de que a emoção era parte integrante do processo de raciocínio e poderia auxiliar esse processo ao invés de, como se costumava supor, necessariamente perturbá-lo. Hoje em dia essa ideia já não causa espécie, mas na época em que a apresentei muita gente estranhou, e mesmo a recebeu com certo ceticismo. Tudo sopesado, a ideia, em grande medida, foi aceita e até, em certos casos, acolhida com tanta sofreguidão que acabou deturpada. Por exemplo, nunca afirmei que a emoção era um substituto para a razão, mas em algumas versões superficiais depreendia-se que minha ideia era que se você seguisse o coração em vez da razão tudo daria certo.
Na verdade, em certas ocasiões a emoção pode ser um substituto para a razão. O programa de ação emocional que denominamos medo pode afastar rapidamente do perigo a maioria dos seres humanos com pouca ou nenhuma ajuda da razão. Um esquilo ou um pássaro não pensa para reagir a uma ameaça, e o mesmo pode acontecer a um humano. Aí é que está a beleza no modo como a emoção tem funcionado no decorrer da evolução: ela abre a possibilidade de levar seres vivos a agir de maneira inteligente sem precisar pensar com inteligência. Acontece que, nos humanos, essa história tornou-se mais complexa, para o bem e para o mal. O raciocínio faz o que fazem as emoções, mas alcança o resultado conscientemente. O raciocínio nos dá a opção de pensar com inteligência antes de agir de maneira inteligente, e isso é bom: descobrimos que muitos dos problemas que encontramos em nosso complexo ambiente podem ser resolvidos apenas com emoções, porém não todos, e nestas ocasiões as soluções que a emoção oferece são, na realidade, contraproducentes.
Mas como evoluiu nas espécies complexas o sistema de raciocínio inteligente? A proposta inovadora em O erro de Descartes é que o sistema de raciocínio evoluiu como uma extensão do sistema emocional automático, com a emoção desempenhando vários papéis no processo de raciocínio.

(O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro
humano
, 2012. Adaptado.)

“Hoje em dia essa ideia já não causa espécie, mas na - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2023

Leia o trecho do livro O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano, do neurocientista português António Rosa Damásio, para responder a questão.

O principal enfoque em O erro de Descartes é a relação entre emoção e razão. Baseado em meu estudo de pacientes neurológicos que apresentavam deficiências na tomada de decisão e distúrbios da emoção, construí a hipótese de que a emoção era parte integrante do processo de raciocínio e poderia auxiliar esse processo ao invés de, como se costumava supor, necessariamente perturbá-lo. Hoje em dia essa ideia já não causa espécie, mas na época em que a apresentei muita gente estranhou, e mesmo a recebeu com certo ceticismo. Tudo sopesado, a ideia, em grande medida, foi aceita e até, em certos casos, acolhida com tanta sofreguidão que acabou deturpada. Por exemplo, nunca afirmei que a emoção era um substituto para a razão, mas em algumas versões superficiais depreendia-se que minha ideia era que se você seguisse o coração em vez da razão tudo daria certo.
Na verdade, em certas ocasiões a emoção pode ser um substituto para a razão. O programa de ação emocional que denominamos medo pode afastar rapidamente do perigo a maioria dos seres humanos com pouca ou nenhuma ajuda da razão. Um esquilo ou um pássaro não pensa para reagir a uma ameaça, e o mesmo pode acontecer a um humano. Aí é que está a beleza no modo como a emoção tem funcionado no decorrer da evolução: ela abre a possibilidade de levar seres vivos a agir de maneira inteligente sem precisar pensar com inteligência. Acontece que, nos humanos, essa história tornou-se mais complexa, para o bem e para o mal. O raciocínio faz o que fazem as emoções, mas alcança o resultado conscientemente. O raciocínio nos dá a opção de pensar com inteligência antes de agir de maneira inteligente, e isso é bom: descobrimos que muitos dos problemas que encontramos em nosso complexo ambiente podem ser resolvidos apenas com emoções, porém não todos, e nestas ocasiões as soluções que a emoção oferece são, na realidade, contraproducentes.
Mas como evoluiu nas espécies complexas o sistema de raciocínio inteligente? A proposta inovadora em O erro de Descartes é que o sistema de raciocínio evoluiu como uma extensão do sistema emocional automático, com a emoção desempenhando vários papéis no processo de raciocínio.

(O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro
humano
, 2012. Adaptado.)

O verbo sublinhado, na conjugação em que se apresenta, - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2023

O principal enfoque em O erro de Descartes é a relação entre emoção e razão. Baseado em meu estudo de pacientes neurológicos que apresentavam deficiências na tomada de decisão e distúrbios da emoção, construí a hipótese de que a emoção era parte integrante do processo de raciocínio e poderia auxiliar esse processo ao invés de, como se costumava supor, necessariamente perturbá-lo. Hoje em dia essa ideia já não causa espécie, mas na época em que a apresentei muita gente estranhou, e mesmo a recebeu com certo ceticismo. Tudo sopesado, a ideia, em grande medida, foi aceita e até, em certos casos, acolhida com tanta sofreguidão que acabou deturpada. Por exemplo, nunca afirmei que a emoção era um substituto para a razão, mas em algumas versões superficiais depreendia-se que minha ideia era que se você seguisse o coração em vez da razão tudo daria certo.
Na verdade, em certas ocasiões a emoção pode ser um substituto para a razão. O programa de ação emocional que denominamos medo pode afastar rapidamente do perigo a maioria dos seres humanos com pouca ou nenhuma ajuda da razão. Um esquilo ou um pássaro não pensa para reagir a uma ameaça, e o mesmo pode acontecer a um humano. Aí é que está a beleza no modo como a emoção tem funcionado no decorrer da evolução: ela abre a possibilidade de levar seres vivos a agir de maneira inteligente sem precisar pensar com inteligência. Acontece que, nos humanos, essa história tornou-se mais complexa, para o bem e para o mal. O raciocínio faz o que fazem as emoções, mas alcança o resultado conscientemente. O raciocínio nos dá a opção de pensar com inteligência antes de agir de maneira inteligente, e isso é bom: descobrimos que muitos dos problemas que encontramos em nosso complexo ambiente podem ser resolvidos apenas com emoções, porém não todos, e nestas ocasiões as soluções que a emoção oferece são, na realidade, contraproducentes.
Mas como evoluiu nas espécies complexas o sistema de raciocínio inteligente? A proposta inovadora em O erro de Descartes é que o sistema de raciocínio evoluiu como uma extensão do sistema emocional automático, com a emoção desempenhando vários papéis no processo de raciocínio.

A voz de um dos personagens mescla-se à voz do narrador - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2023

A confeitaria esteve fechada bem uns seis meses, para obras. Passando pela calçada, os antigos frequentadores já não tinham esperança de voltar ao lanche costumeiro, pois qualquer casa que se fecha para remodelação, já sabe: vira banco ou companhia de investimentos muito sofisticada, com letras na porta de vidro dizendo assim: Kredytar, Finanlys, Ríkox...
Pois aquela, desmentindo a lei econômica, reabrira confeitaria mesmo, e tão moderna que muitos clientes se sentiram enleados ao entrar em local antes de conhecida modéstia; o estabelecimento exigiria talvez fregueses também remodelados, de gabarito mais alto. Pouco a pouco foram regressando, se abancando. Era tudo novo, menos o garçom, a louça e o talher. “Por sinal que talher e louça também estão pedindo reforma, hein, Belisário?”. Belisário, garçom boa-praça, admitiu que sim. Até já fizera ver isso ao gerente, ponderando-lhe que numa casa tão bacana aqueles elementos inferiores destoavam; o pessoal acabaria espalhando que a firma não aguentou o repuxo das obras, ficou sem grana para miudezas.
— E ficou mesmo — respondeu-lhe o gerente. — Belisário, vê se te manca, tá?
Belisário remeteu-se ao silêncio. Aos patrões não adianta ajudar; pois que se danem. E foi cuidar da vida, que não anda mole.
— Estou vendo pela sua cara, Belisário. Você encolheu, rapaz!
Aí, ele me confiou que passara seis meses comendo só uma vez por dia, e não era comida de banquete. Para variar, durante um mês, somente almoçava; no mês seguinte, jantava apenas. Dessa maneira, reeducou o estômago e pôde sobreviver. Mas o Otacílio, esse, “já reparou no Otacílio?”.
Otacílio, um baixote, gordo, servia no setor da esquerda. Passeei os olhos pelo salão, não o encontrei.
— Pois é aquele ali, no lugar de sempre. O senhor não reconheceu? Natural. Perdeu vinte quilos com as obras. Quase abotoa o paletó.
Luva-de-Pelica, um todo cheio de salamaleques, perdera quinze e teve de voltar para Miracema. João Velho, dez; João Novo, onze; outros ficaram entre dez e doze quilos. Toda a turma emagrecera. O salário fora pago pontualmente pela firma, porém sumiram as gorjetas, e é gorjeta que sustenta um homem.
— Mas, Belisário, vocês podiam se defender com biscates, servir em reuniões, casamentos.
— Não, doutor. Biscate é sagrado: fica para os colegas aposentados pelo Instituto.
Admirei a generosidade de Belisário e de seus pares da ativa, e ia louvá-la, mas ele não deixou:
— E daí, se a gente pega a xepa deles, eles vêm de sarrafo em cima da gente, morou? Tem muito aposentado bom de briga, e lá um dia a gente vai ser um velhinho igual a eles, tem de pensar no amanhã e no depois de amanhã... Não vale a pena chupar jabuticaba dos outros.
— E que é que você fez durante esse meio ano?
— Eu? Nada. Tempo havia de sobra, dava vontade de aproveitar, mas aproveitar como? o quê? Ficava de mãos abanando, esperando uma bandeja, um bule de chá que não aparecia. Até o barulho da louça, os gritos para a cozinha faziam falta. Então ia para a porta das confeitarias espiar os colegas de mais sorte, que trabalhavam, com uma inveja deles, do cansaço deles! Meu garoto mais moço, de quatro anos, veio me servir, de brincadeira, dizendo que agora eu é que era o freguês, queria com pão alemão ou pão de Petrópolis? Mineral com gás ou sem gás? Quis achar graça, mas foi me subindo um nervoso, empurrei a mão do garoto, a louça caiu no chão, se espatifou, ele saiu chorando... Sabe que mais? A patroa me dizendo sempre: “Belisário, some de minha presença que tu está me enchendo!”. Sumir pra onde? Gostei não, doutor. Descanso de garçom é fogo. Quer mais umas torradinhas?

(Carlos Drummond de Andrade. Caminhos de João Brandão, 2016.)

Uma característica recorrente no gênero crônica que est - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2023

A confeitaria esteve fechada bem uns seis meses, para obras. Passando pela calçada, os antigos frequentadores já não tinham esperança de voltar ao lanche costumeiro, pois qualquer casa que se fecha para remodelação, já sabe: vira banco ou companhia de investimentos muito sofisticada, com letras na porta de vidro dizendo assim: Kredytar, Finanlys, Ríkox...
Pois aquela, desmentindo a lei econômica, reabrira confeitaria mesmo, e tão moderna que muitos clientes se sentiram enleados ao entrar em local antes de conhecida modéstia; o estabelecimento exigiria talvez fregueses também remodelados, de gabarito mais alto. Pouco a pouco foram regressando, se abancando. Era tudo novo, menos o garçom, a louça e o talher. “Por sinal que talher e louça também estão pedindo reforma, hein, Belisário?”. Belisário, garçom boa-praça, admitiu que sim. Até já fizera ver isso ao gerente, ponderando-lhe que numa casa tão bacana aqueles elementos inferiores destoavam; o pessoal acabaria espalhando que a firma não aguentou o repuxo das obras, ficou sem grana para miudezas.
— E ficou mesmo — respondeu-lhe o gerente. — Belisário, vê se te manca, tá?
Belisário remeteu-se ao silêncio. Aos patrões não adianta ajudar; pois que se danem. E foi cuidar da vida, que não anda mole.
— Estou vendo pela sua cara, Belisário. Você encolheu, rapaz!
Aí, ele me confiou que passara seis meses comendo só uma vez por dia, e não era comida de banquete. Para variar, durante um mês, somente almoçava; no mês seguinte, jantava apenas. Dessa maneira, reeducou o estômago e pôde sobreviver. Mas o Otacílio, esse, “já reparou no Otacílio?”.
Otacílio, um baixote, gordo, servia no setor da esquerda. Passeei os olhos pelo salão, não o encontrei.
— Pois é aquele ali, no lugar de sempre. O senhor não reconheceu? Natural. Perdeu vinte quilos com as obras. Quase abotoa o paletó.
Luva-de-Pelica, um todo cheio de salamaleques, perdera quinze e teve de voltar para Miracema. João Velho, dez; João Novo, onze; outros ficaram entre dez e doze quilos. Toda a turma emagrecera. O salário fora pago pontualmente pela firma, porém sumiram as gorjetas, e é gorjeta que sustenta um homem.
— Mas, Belisário, vocês podiam se defender com biscates, servir em reuniões, casamentos.
— Não, doutor. Biscate é sagrado: fica para os colegas aposentados pelo Instituto.
Admirei a generosidade de Belisário e de seus pares da ativa, e ia louvá-la, mas ele não deixou:
— E daí, se a gente pega a xepa deles, eles vêm de sarrafo em cima da gente, morou? Tem muito aposentado bom de briga, e lá um dia a gente vai ser um velhinho igual a eles, tem de pensar no amanhã e no depois de amanhã... Não vale a pena chupar jabuticaba dos outros.
— E que é que você fez durante esse meio ano?
— Eu? Nada. Tempo havia de sobra, dava vontade de aproveitar, mas aproveitar como? o quê? Ficava de mãos abanando, esperando uma bandeja, um bule de chá que não aparecia. Até o barulho da louça, os gritos para a cozinha faziam falta. Então ia para a porta das confeitarias espiar os colegas de mais sorte, que trabalhavam, com uma inveja deles, do cansaço deles! Meu garoto mais moço, de quatro anos, veio me servir, de brincadeira, dizendo que agora eu é que era o freguês, queria com pão alemão ou pão de Petrópolis? Mineral com gás ou sem gás? Quis achar graça, mas foi me subindo um nervoso, empurrei a mão do garoto, a louça caiu no chão, se espatifou, ele saiu chorando... Sabe que mais? A patroa me dizendo sempre: “Belisário, some de minha presença que tu está me enchendo!”. Sumir pra onde? Gostei não, doutor. Descanso de garçom é fogo. Quer mais umas torradinhas?

(Carlos Drummond de Andrade. Caminhos de João Brandão, 2016.)

Verifica-se o emprego de palavra formada com prefixo - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2023

A confeitaria esteve fechada bem uns seis meses, para obras. Passando pela calçada, os antigos frequentadores já não tinham esperança de voltar ao lanche costumeiro, pois qualquer casa que se fecha para remodelação, já sabe: vira banco ou companhia de investimentos muito sofisticada, com letras na porta de vidro dizendo assim: Kredytar, Finanlys, Ríkox...
Pois aquela, desmentindo a lei econômica, reabrira confeitaria mesmo, e tão moderna que muitos clientes se sentiram enleados ao entrar em local antes de conhecida modéstia; o estabelecimento exigiria talvez fregueses também remodelados, de gabarito mais alto. Pouco a pouco foram regressando, se abancando. Era tudo novo, menos o garçom, a louça e o talher. “Por sinal que talher e louça também estão pedindo reforma, hein, Belisário?”. Belisário, garçom boa-praça, admitiu que sim. Até já fizera ver isso ao gerente, ponderando-lhe que numa casa tão bacana aqueles elementos inferiores destoavam; o pessoal acabaria espalhando que a firma não aguentou o repuxo das obras, ficou sem grana para miudezas.
— E ficou mesmo — respondeu-lhe o gerente. — Belisário, vê se te manca, tá?
Belisário remeteu-se ao silêncio. Aos patrões não adianta ajudar; pois que se danem. E foi cuidar da vida, que não anda mole.
— Estou vendo pela sua cara, Belisário. Você encolheu, rapaz!
Aí, ele me confiou que passara seis meses comendo só uma vez por dia, e não era comida de banquete. Para variar, durante um mês, somente almoçava; no mês seguinte, jantava apenas. Dessa maneira, reeducou o estômago e pôde sobreviver. Mas o Otacílio, esse, “já reparou no Otacílio?”.
Otacílio, um baixote, gordo, servia no setor da esquerda. Passeei os olhos pelo salão, não o encontrei.
— Pois é aquele ali, no lugar de sempre. O senhor não reconheceu? Natural. Perdeu vinte quilos com as obras. Quase abotoa o paletó.
Luva-de-Pelica, um todo cheio de salamaleques, perdera quinze e teve de voltar para Miracema. João Velho, dez; João Novo, onze; outros ficaram entre dez e doze quilos. Toda a turma emagrecera. O salário fora pago pontualmente pela firma, porém sumiram as gorjetas, e é gorjeta que sustenta um homem.
— Mas, Belisário, vocês podiam se defender com biscates, servir em reuniões, casamentos.
— Não, doutor. Biscate é sagrado: fica para os colegas aposentados pelo Instituto.
Admirei a generosidade de Belisário e de seus pares da ativa, e ia louvá-la, mas ele não deixou:
— E daí, se a gente pega a xepa deles, eles vêm de sarrafo em cima da gente, morou? Tem muito aposentado bom de briga, e lá um dia a gente vai ser um velhinho igual a eles, tem de pensar no amanhã e no depois de amanhã... Não vale a pena chupar jabuticaba dos outros.
— E que é que você fez durante esse meio ano?
— Eu? Nada. Tempo havia de sobra, dava vontade de aproveitar, mas aproveitar como? o quê? Ficava de mãos abanando, esperando uma bandeja, um bule de chá que não aparecia. Até o barulho da louça, os gritos para a cozinha faziam falta. Então ia para a porta das confeitarias espiar os colegas de mais sorte, que trabalhavam, com uma inveja deles, do cansaço deles! Meu garoto mais moço, de quatro anos, veio me servir, de brincadeira, dizendo que agora eu é que era o freguês, queria com pão alemão ou pão de Petrópolis? Mineral com gás ou sem gás? Quis achar graça, mas foi me subindo um nervoso, empurrei a mão do garoto, a louça caiu no chão, se espatifou, ele saiu chorando... Sabe que mais? A patroa me dizendo sempre: “Belisário, some de minha presença que tu está me enchendo!”. Sumir pra onde? Gostei não, doutor. Descanso de garçom é fogo. Quer mais umas torradinhas?

(Carlos Drummond de Andrade. Caminhos de João Brandão, 2016.)

Expressão expletiva é aquela que, embora seja - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2023

A confeitaria esteve fechada bem uns seis meses, para obras. Passando pela calçada, os antigos frequentadores já não tinham esperança de voltar ao lanche costumeiro, pois qualquer casa que se fecha para remodelação, já sabe: vira banco ou companhia de investimentos muito sofisticada, com letras na porta de vidro dizendo assim: Kredytar, Finanlys, Ríkox...
Pois aquela, desmentindo a lei econômica, reabrira confeitaria mesmo, e tão moderna que muitos clientes se sentiram enleados ao entrar em local antes de conhecida modéstia; o estabelecimento exigiria talvez fregueses também remodelados, de gabarito mais alto. Pouco a pouco foram regressando, se abancando. Era tudo novo, menos o garçom, a louça e o talher. “Por sinal que talher e louça também estão pedindo reforma, hein, Belisário?”. Belisário, garçom boa-praça, admitiu que sim. Até já fizera ver isso ao gerente, ponderando-lhe que numa casa tão bacana aqueles elementos inferiores destoavam; o pessoal acabaria espalhando que a firma não aguentou o repuxo das obras, ficou sem grana para miudezas.
— E ficou mesmo — respondeu-lhe o gerente. — Belisário, vê se te manca, tá?
Belisário remeteu-se ao silêncio. Aos patrões não adianta ajudar; pois que se danem. E foi cuidar da vida, que não anda mole.
— Estou vendo pela sua cara, Belisário. Você encolheu, rapaz!
Aí, ele me confiou que passara seis meses comendo só uma vez por dia, e não era comida de banquete. Para variar, durante um mês, somente almoçava; no mês seguinte, jantava apenas. Dessa maneira, reeducou o estômago e pôde sobreviver. Mas o Otacílio, esse, “já reparou no Otacílio?”.
Otacílio, um baixote, gordo, servia no setor da esquerda. Passeei os olhos pelo salão, não o encontrei.
— Pois é aquele ali, no lugar de sempre. O senhor não reconheceu? Natural. Perdeu vinte quilos com as obras. Quase abotoa o paletó.
Luva-de-Pelica, um todo cheio de salamaleques, perdera quinze e teve de voltar para Miracema. João Velho, dez; João Novo, onze; outros ficaram entre dez e doze quilos. Toda a turma emagrecera. O salário fora pago pontualmente pela firma, porém sumiram as gorjetas, e é gorjeta que sustenta um homem.
— Mas, Belisário, vocês podiam se defender com biscates, servir em reuniões, casamentos.
— Não, doutor. Biscate é sagrado: fica para os colegas aposentados pelo Instituto.
Admirei a generosidade de Belisário e de seus pares da ativa, e ia louvá-la, mas ele não deixou:
— E daí, se a gente pega a xepa deles, eles vêm de sarrafo em cima da gente, morou? Tem muito aposentado bom de briga, e lá um dia a gente vai ser um velhinho igual a eles, tem de pensar no amanhã e no depois de amanhã... Não vale a pena chupar jabuticaba dos outros.
— E que é que você fez durante esse meio ano?
— Eu? Nada. Tempo havia de sobra, dava vontade de aproveitar, mas aproveitar como? o quê? Ficava de mãos abanando, esperando uma bandeja, um bule de chá que não aparecia. Até o barulho da louça, os gritos para a cozinha faziam falta. Então ia para a porta das confeitarias espiar os colegas de mais sorte, que trabalhavam, com uma inveja deles, do cansaço deles! Meu garoto mais moço, de quatro anos, veio me servir, de brincadeira, dizendo que agora eu é que era o freguês, queria com pão alemão ou pão de Petrópolis? Mineral com gás ou sem gás? Quis achar graça, mas foi me subindo um nervoso, empurrei a mão do garoto, a louça caiu no chão, se espatifou, ele saiu chorando... Sabe que mais? A patroa me dizendo sempre: “Belisário, some de minha presença que tu está me enchendo!”. Sumir pra onde? Gostei não, doutor. Descanso de garçom é fogo. Quer mais umas torradinhas?

(Carlos Drummond de Andrade. Caminhos de João Brandão, 2016.)

A “serial home-swapper” is described in the two first - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

Leia o texto para responder a questão.

Evie Kalo is what you might call a serial homeswapper. She and her husband are among the millions of global workers who became fully remote during the pandemic. Ever since, they’ve swapped their apartment in Amsterdam for a series of “workcations” across Europe, in places such as a beach in Barcelona and a French Riviera resort town. “What we love about it is that we trust people to be at our home because they are trusting us to be at theirs,” says Kalo.
The couple tries to stay in each place for about two weeks so they can have enough time to explore sites around their busy work schedules. Home swaps allow people to attain the kind of journeying lifestyle they desire at a fraction of the cost of purchasing a pricey holiday — or second home. By capitalising on their own most valuable asset — a house or apartment — they’re able to stay in other people’s comfortable accommodations around the world.
So far, people are finding their homes informally through work colleagues or friends. Others have turned to social media. Yet, the most popular method is the search on online marketplaces.
Globally, the number of swaps finalised per day on Home Exchange (an online marketplace) in August 2022 was up 50% from August 2019, according to statistics provided by the company. The company has also seen the average trip length increase well beyond the standard seven days in 2019. Some 59% of its members now want to stay for 10 days or more, and many are opting for locations closer to home. Domestic travel is 25% higher than it was is 2019, which is attributed to workcation deals to a great extent.

(Mark Johanson. www.bbc.com, 30.08.2022. Adaptado.)

Na opinião de Evie Kalo, é um aspecto positivo da - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

Leia o texto para responder a questão.

Evie Kalo is what you might call a serial homeswapper. She and her husband are among the millions of global workers who became fully remote during the pandemic. Ever since, they’ve swapped their apartment in Amsterdam for a series of “workcations” across Europe, in places such as a beach in Barcelona and a French Riviera resort town. “What we love about it is that we trust people to be at our home because they are trusting us to be at theirs,” says Kalo.
The couple tries to stay in each place for about two weeks so they can have enough time to explore sites around their busy work schedules. Home swaps allow people to attain the kind of journeying lifestyle they desire at a fraction of the cost of purchasing a pricey holiday — or second home. By capitalising on their own most valuable asset — a house or apartment — they’re able to stay in other people’s comfortable accommodations around the world.
So far, people are finding their homes informally through work colleagues or friends. Others have turned to social media. Yet, the most popular method is the search on online marketplaces.
Globally, the number of swaps finalised per day on Home Exchange (an online marketplace) in August 2022 was up 50% from August 2019, according to statistics provided by the company. The company has also seen the average trip length increase well beyond the standard seven days in 2019. Some 59% of its members now want to stay for 10 days or more, and many are opting for locations closer to home. Domestic travel is 25% higher than it was is 2019, which is attributed to workcation deals to a great extent.

(Mark Johanson. www.bbc.com, 30.08.2022. Adaptado.)

In the fragment from the second paragraph “they’re able - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

Leia o texto para responder a questão.

Evie Kalo is what you might call a serial homeswapper. She and her husband are among the millions of global workers who became fully remote during the pandemic. Ever since, they’ve swapped their apartment in Amsterdam for a series of “workcations” across Europe, in places such as a beach in Barcelona and a French Riviera resort town. “What we love about it is that we trust people to be at our home because they are trusting us to be at theirs,” says Kalo.
The couple tries to stay in each place for about two weeks so they can have enough time to explore sites around their busy work schedules. Home swaps allow people to attain the kind of journeying lifestyle they desire at a fraction of the cost of purchasing a pricey holiday — or second home. By capitalising on their own most valuable asset — a house or apartment — they’re able to stay in other people’s comfortable accommodations around the world.
So far, people are finding their homes informally through work colleagues or friends. Others have turned to social media. Yet, the most popular method is the search on online marketplaces.
Globally, the number of swaps finalised per day on Home Exchange (an online marketplace) in August 2022 was up 50% from August 2019, according to statistics provided by the company. The company has also seen the average trip length increase well beyond the standard seven days in 2019. Some 59% of its members now want to stay for 10 days or more, and many are opting for locations closer to home. Domestic travel is 25% higher than it was is 2019, which is attributed to workcation deals to a great extent.

(Mark Johanson. www.bbc.com, 30.08.2022. Adaptado.)

No trecho do terceiro parágrafo “Yet, the most popular - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

Leia o texto para responder a questão.

Evie Kalo is what you might call a serial homeswapper. She and her husband are among the millions of global workers who became fully remote during the pandemic. Ever since, they’ve swapped their apartment in Amsterdam for a series of “workcations” across Europe, in places such as a beach in Barcelona and a French Riviera resort town. “What we love about it is that we trust people to be at our home because they are trusting us to be at theirs,” says Kalo.
The couple tries to stay in each place for about two weeks so they can have enough time to explore sites around their busy work schedules. Home swaps allow people to attain the kind of journeying lifestyle they desire at a fraction of the cost of purchasing a pricey holiday — or second home. By capitalising on their own most valuable asset — a house or apartment — they’re able to stay in other people’s comfortable accommodations around the world.
So far, people are finding their homes informally through work colleagues or friends. Others have turned to social media. Yet, the most popular method is the search on online marketplaces.
Globally, the number of swaps finalised per day on Home Exchange (an online marketplace) in August 2022 was up 50% from August 2019, according to statistics provided by the company. The company has also seen the average trip length increase well beyond the standard seven days in 2019. Some 59% of its members now want to stay for 10 days or more, and many are opting for locations closer to home. Domestic travel is 25% higher than it was is 2019, which is attributed to workcation deals to a great extent.

(Mark Johanson. www.bbc.com, 30.08.2022. Adaptado.)

A subtitle to closely represent the content of the four - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

Leia o texto para responder a questão.

Evie Kalo is what you might call a serial homeswapper. She and her husband are among the millions of global workers who became fully remote during the pandemic. Ever since, they’ve swapped their apartment in Amsterdam for a series of “workcations” across Europe, in places such as a beach in Barcelona and a French Riviera resort town. “What we love about it is that we trust people to be at our home because they are trusting us to be at theirs,” says Kalo.
The couple tries to stay in each place for about two weeks so they can have enough time to explore sites around their busy work schedules. Home swaps allow people to attain the kind of journeying lifestyle they desire at a fraction of the cost of purchasing a pricey holiday — or second home. By capitalising on their own most valuable asset — a house or apartment — they’re able to stay in other people’s comfortable accommodations around the world.
So far, people are finding their homes informally through work colleagues or friends. Others have turned to social media. Yet, the most popular method is the search on online marketplaces.
Globally, the number of swaps finalised per day on Home Exchange (an online marketplace) in August 2022 was up 50% from August 2019, according to statistics provided by the company. The company has also seen the average trip length increase well beyond the standard seven days in 2019. Some 59% of its members now want to stay for 10 days or more, and many are opting for locations closer to home. Domestic travel is 25% higher than it was is 2019, which is attributed to workcation deals to a great extent.

(Mark Johanson. www.bbc.com, 30.08.2022. Adaptado.)

Na última frase do texto, a expressão “to a great - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

Leia o texto para responder a questão.

Evie Kalo is what you might call a serial homeswapper. She and her husband are among the millions of global workers who became fully remote during the pandemic. Ever since, they’ve swapped their apartment in Amsterdam for a series of “workcations” across Europe, in places such as a beach in Barcelona and a French Riviera resort town. “What we love about it is that we trust people to be at our home because they are trusting us to be at theirs,” says Kalo.
The couple tries to stay in each place for about two weeks so they can have enough time to explore sites around their busy work schedules. Home swaps allow people to attain the kind of journeying lifestyle they desire at a fraction of the cost of purchasing a pricey holiday — or second home. By capitalising on their own most valuable asset — a house or apartment — they’re able to stay in other people’s comfortable accommodations around the world.
So far, people are finding their homes informally through work colleagues or friends. Others have turned to social media. Yet, the most popular method is the search on online marketplaces.
Globally, the number of swaps finalised per day on Home Exchange (an online marketplace) in August 2022 was up 50% from August 2019, according to statistics provided by the company. The company has also seen the average trip length increase well beyond the standard seven days in 2019. Some 59% of its members now want to stay for 10 days or more, and many are opting for locations closer to home. Domestic travel is 25% higher than it was is 2019, which is attributed to workcation deals to a great extent.

(Mark Johanson. www.bbc.com, 30.08.2022. Adaptado.)

The main purpose of the text is to a) announce the “six - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

Leia o texto para responder a questão.

The accelerating loss of species around the globe is so extensive that many experts now refer to it as the sixth mass extinction. It’s driven in large part by an unprecedented loss of vital ecosystems such as forests and wetlands, the result of social and economic systems that are focused on constant growth.
The latest United Nations (UN) Biodiversity Conference, COP15, the second session of which is due to take place in December 2022, aims to implement ambitious measures for preventing biodiversity loss. The ultimate goal is to establish harmony between humans and nature by 2050. However, key players such as the body of conservation scientists that produces reports on biodiversity for the UN continue to prioritise human wellbeing above all else. This prioritisation may be the result of an anthropocentric culture that typically considers humans to be separate from and of greater value than other species.
To effectively address our extinction crisis, we need more than merely technical advances or policies that remain stuck in anthropocentric assumptions. Rather, we need fundamental changes in how we view nature and other species.

(Heather Alberro et al. https://theconversation.com,
08.06.2022. Adaptado.)

In the fragment from the first paragraph “an - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

Leia o texto para responder a questão.

The accelerating loss of species around the globe is so extensive that many experts now refer to it as the sixth mass extinction. It’s driven in large part by an unprecedented loss of vital ecosystems such as forests and wetlands, the result of social and economic systems that are focused on constant growth.
The latest United Nations (UN) Biodiversity Conference, COP15, the second session of which is due to take place in December 2022, aims to implement ambitious measures for preventing biodiversity loss. The ultimate goal is to establish harmony between humans and nature by 2050. However, key players such as the body of conservation scientists that produces reports on biodiversity for the UN continue to prioritise human wellbeing above all else. This prioritisation may be the result of an anthropocentric culture that typically considers humans to be separate from and of greater value than other species.
To effectively address our extinction crisis, we need more than merely technical advances or policies that remain stuck in anthropocentric assumptions. Rather, we need fundamental changes in how we view nature and other species.

(Heather Alberro et al. https://theconversation.com,
08.06.2022. Adaptado.)

No segundo e no terceiro parágrafos, “conservation - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

Leia o texto para responder a questão.

The accelerating loss of species around the globe is so extensive that many experts now refer to it as the sixth mass extinction. It’s driven in large part by an unprecedented loss of vital ecosystems such as forests and wetlands, the result of social and economic systems that are focused on constant growth.
The latest United Nations (UN) Biodiversity Conference, COP15, the second session of which is due to take place in December 2022, aims to implement ambitious measures for preventing biodiversity loss. The ultimate goal is to establish harmony between humans and nature by 2050. However, key players such as the body of conservation scientists that produces reports on biodiversity for the UN continue to prioritise human wellbeing above all else. This prioritisation may be the result of an anthropocentric culture that typically considers humans to be separate from and of greater value than other species.
To effectively address our extinction crisis, we need more than merely technical advances or policies that remain stuck in anthropocentric assumptions. Rather, we need fundamental changes in how we view nature and other species.

(Heather Alberro et al. https://theconversation.com,
08.06.2022. Adaptado.)

Read the cartoon by Joel Pett. The comparison between - UNIFESP 2023

Inglês - 2023

UNIFESP 2023

O termo sublinhado em “nunca afirmei que a emoção era - UNIFESP 2023

Língua Portuguesa - 2022

Leia o trecho do livro O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano, do neurocientista português António Rosa Damásio, para responder a questão.

O principal enfoque em O erro de Descartes é a relação entre emoção e razão. Baseado em meu estudo de pacientes neurológicos que apresentavam deficiências na tomada de decisão e distúrbios da emoção, construí a hipótese de que a emoção era parte integrante do processo de raciocínio e poderia auxiliar esse processo ao invés de, como se costumava supor, necessariamente perturbá-lo. Hoje em dia essa ideia já não causa espécie, mas na época em que a apresentei muita gente estranhou, e mesmo a recebeu com certo ceticismo. Tudo sopesado, a ideia, em grande medida, foi aceita e até, em certos casos, acolhida com tanta sofreguidão que acabou deturpada. Por exemplo, nunca afirmei que a emoção era um substituto para a razão, mas em algumas versões superficiais depreendia-se que minha ideia era que se você seguisse o coração em vez da razão tudo daria certo.
Na verdade, em certas ocasiões a emoção pode ser um substituto para a razão. O programa de ação emocional que denominamos medo pode afastar rapidamente do perigo a maioria dos seres humanos com pouca ou nenhuma ajuda da razão. Um esquilo ou um pássaro não pensa para reagir a uma ameaça, e o mesmo pode acontecer a um humano. Aí é que está a beleza no modo como a emoção tem funcionado no decorrer da evolução: ela abre a possibilidade de levar seres vivos a agir de maneira inteligente sem precisar pensar com inteligência. Acontece que, nos humanos, essa história tornou-se mais complexa, para o bem e para o mal. O raciocínio faz o que fazem as emoções, mas alcança o resultado conscientemente. O raciocínio nos dá a opção de pensar com inteligência antes de agir de maneira inteligente, e isso é bom: descobrimos que muitos dos problemas que encontramos em nosso complexo ambiente podem ser resolvidos apenas com emoções, porém não todos, e nestas ocasiões as soluções que a emoção oferece são, na realidade, contraproducentes.
Mas como evoluiu nas espécies complexas o sistema de raciocínio inteligente? A proposta inovadora em O erro de Descartes é que o sistema de raciocínio evoluiu como uma extensão do sistema emocional automático, com a emoção desempenhando vários papéis no processo de raciocínio.

(O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro
humano
, 2012. Adaptado.)

Examine o cartum de Farley Katz, publicado no Instagram - UNIFESP 2022

Inglês - 2022

Examine o cartum de Farley Katz, publicado no Instagram da revista The New Yorker em 18.06.2018.

UNIFESP 2022

Para o cronista, a viúva a) ainda não se mostra - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

Para responder a questão, leia o trecho inicial de uma crônica de Machado de Assis, publicada originalmente em 17.07.1892.

Um dia desta semana, farto de vendavais, naufrágios, boatos, mentiras, polêmicas, farto de ver como se descompõem os homens, acionistas e diretores, importadores e industriais, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação, peguei de uma página de anúncios, e disse comigo:
— Eia, passemos em revista as procuras e ofertas, caixeiros desempregados, pianos, magnésias, sabonetes, oficiais de barbeiro, casas para alugar, amas de leite, cobradores, coqueluche, hipotecas, professores, tosses crônicas...
E o meu espírito, estendendo e juntando as mãos e os braços, como fazem os nadadores, que caem do alto, mergulhou por uma coluna abaixo. Quando voltou à tona, trazia entre os dedos esta pérola:
“Uma viúva interessante, distinta, de boa família e independente de meios, deseja encontrar por esposo um homem de meia-idade, sério, instruído, e também com meios de vida, que esteja como ela cansado de viver só; resposta por carta ao escritório desta folha, com as iniciais M.R...., anunciando, a fim de ser procurada essa carta.”
Gentil viúva, eu não sou o homem que procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato, porque tu não és qualquer pessoa, tu vales alguma coisa mais que o comum das mulheres. Ai de quem está só! dizem as sagradas letras, mas não foi a religião que te inspirou esse anúncio. Nem motivo teológico, nem metafísico. Positivo também não, porque o positivismo é infenso às segundas núpcias. Que foi então, senão a triste, longa e aborrecida experiência? Não queres amar; estás cansada de viver só.
E a cláusula de ser o esposo outro aborrecido, farto de solidão, mostra que tu não queres enganar, nem sacrificar ninguém. Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamente esta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida. Que não pedes um diálogo de amor, é claro, desde que impões a cláusula da meia-idade, zona em que as paixões arrefecem, onde as flores vão perdendo a cor purpúrea e o viço eterno. Não há de ser um náufrago, à espera de uma tábua de salvação, pois que exiges que também possua. E há de ser instruído, para encher com as coisas do espírito as longas noites do coração, e contar (sem as mãos presas) a tomada de Constantinopla.
Viúva dos meus pecados, quem és tu que sabes tanto? O teu anúncio lembra a carta de certo capitão da guarda de Nero. Rico, interessante, aborrecido, como tu, escreveu um dia ao grave Sêneca, perguntando-lhe como se havia de curar do tédio que sentia, e explicava-se por figura: “Não é a tempestade que me aflige, é o enjoo do mar”.
Viúva minha, o que tu queres realmente, não é um marido, é um remédio contra o enjoo. Vês que a travessia ainda é longa — porque a tua idade está entre trinta e dois e trinta e oito anos —, o mar é agitado, o navio joga muito; precisas de um preparado para matar esse mal cruel e indefinível. Não te contentas com o remédio de Sêneca, que era justamente a solidão, “a vida retirada, em que a alma acha todo o seu sossego”. Tu já provaste esse preparado; não te fez nada. Tentas outro; mas queres menos um companheiro que uma companhia.

(Machado de Assis. Crônicas escolhidas, 2013.)

No sexto parágrafo, por “náufrago, à espera de uma - UNIFESP2022

Língua Portuguesa - 2022

Para responder a questão, leia o trecho inicial de uma crônica de Machado de Assis, publicada originalmente em 17.07.1892.

Um dia desta semana, farto de vendavais, naufrágios, boatos, mentiras, polêmicas, farto de ver como se descompõem os homens, acionistas e diretores, importadores e industriais, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação, peguei de uma página de anúncios, e disse comigo:
— Eia, passemos em revista as procuras e ofertas, caixeiros desempregados, pianos, magnésias, sabonetes, oficiais de barbeiro, casas para alugar, amas de leite, cobradores, coqueluche, hipotecas, professores, tosses crônicas...
E o meu espírito, estendendo e juntando as mãos e os braços, como fazem os nadadores, que caem do alto, mergulhou por uma coluna abaixo. Quando voltou à tona, trazia entre os dedos esta pérola:
“Uma viúva interessante, distinta, de boa família e independente de meios, deseja encontrar por esposo um homem de meia-idade, sério, instruído, e também com meios de vida, que esteja como ela cansado de viver só; resposta por carta ao escritório desta folha, com as iniciais M.R...., anunciando, a fim de ser procurada essa carta.”
Gentil viúva, eu não sou o homem que procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato, porque tu não és qualquer pessoa, tu vales alguma coisa mais que o comum das mulheres. Ai de quem está só! dizem as sagradas letras, mas não foi a religião que te inspirou esse anúncio. Nem motivo teológico, nem metafísico. Positivo também não, porque o positivismo é infenso às segundas núpcias. Que foi então, senão a triste, longa e aborrecida experiência? Não queres amar; estás cansada de viver só.
E a cláusula de ser o esposo outro aborrecido, farto de solidão, mostra que tu não queres enganar, nem sacrificar ninguém. Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamente esta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida. Que não pedes um diálogo de amor, é claro, desde que impões a cláusula da meia-idade, zona em que as paixões arrefecem, onde as flores vão perdendo a cor purpúrea e o viço eterno. Não há de ser um náufrago, à espera de uma tábua de salvação, pois que exiges que também possua. E há de ser instruído, para encher com as coisas do espírito as longas noites do coração, e contar (sem as mãos presas) a tomada de Constantinopla.
Viúva dos meus pecados, quem és tu que sabes tanto? O teu anúncio lembra a carta de certo capitão da guarda de Nero. Rico, interessante, aborrecido, como tu, escreveu um dia ao grave Sêneca, perguntando-lhe como se havia de curar do tédio que sentia, e explicava-se por figura: “Não é a tempestade que me aflige, é o enjoo do mar”.
Viúva minha, o que tu queres realmente, não é um marido, é um remédio contra o enjoo. Vês que a travessia ainda é longa — porque a tua idade está entre trinta e dois e trinta e oito anos —, o mar é agitado, o navio joga muito; precisas de um preparado para matar esse mal cruel e indefinível. Não te contentas com o remédio de Sêneca, que era justamente a solidão, “a vida retirada, em que a alma acha todo o seu sossego”. Tu já provaste esse preparado; não te fez nada. Tentas outro; mas queres menos um companheiro que uma companhia.

(Machado de Assis. Crônicas escolhidas, 2013.)

“e disse comigo: — Eia, passemos em revista as procuras - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

Para responder a questão, leia o trecho inicial de uma crônica de Machado de Assis, publicada originalmente em 17.07.1892.

Um dia desta semana, farto de vendavais, naufrágios, boatos, mentiras, polêmicas, farto de ver como se descompõem os homens, acionistas e diretores, importadores e industriais, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação, peguei de uma página de anúncios, e disse comigo:
— Eia, passemos em revista as procuras e ofertas, caixeiros desempregados, pianos, magnésias, sabonetes, oficiais de barbeiro, casas para alugar, amas de leite, cobradores, coqueluche, hipotecas, professores, tosses crônicas...
E o meu espírito, estendendo e juntando as mãos e os braços, como fazem os nadadores, que caem do alto, mergulhou por uma coluna abaixo. Quando voltou à tona, trazia entre os dedos esta pérola:
“Uma viúva interessante, distinta, de boa família e independente de meios, deseja encontrar por esposo um homem de meia-idade, sério, instruído, e também com meios de vida, que esteja como ela cansado de viver só; resposta por carta ao escritório desta folha, com as iniciais M.R...., anunciando, a fim de ser procurada essa carta.”
Gentil viúva, eu não sou o homem que procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato, porque tu não és qualquer pessoa, tu vales alguma coisa mais que o comum das mulheres. Ai de quem está só! dizem as sagradas letras, mas não foi a religião que te inspirou esse anúncio. Nem motivo teológico, nem metafísico. Positivo também não, porque o positivismo é infenso às segundas núpcias. Que foi então, senão a triste, longa e aborrecida experiência? Não queres amar; estás cansada de viver só.
E a cláusula de ser o esposo outro aborrecido, farto de solidão, mostra que tu não queres enganar, nem sacrificar ninguém. Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamente esta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida. Que não pedes um diálogo de amor, é claro, desde que impões a cláusula da meia-idade, zona em que as paixões arrefecem, onde as flores vão perdendo a cor purpúrea e o viço eterno. Não há de ser um náufrago, à espera de uma tábua de salvação, pois que exiges que também possua. E há de ser instruído, para encher com as coisas do espírito as longas noites do coração, e contar (sem as mãos presas) a tomada de Constantinopla.
Viúva dos meus pecados, quem és tu que sabes tanto? O teu anúncio lembra a carta de certo capitão da guarda de Nero. Rico, interessante, aborrecido, como tu, escreveu um dia ao grave Sêneca, perguntando-lhe como se havia de curar do tédio que sentia, e explicava-se por figura: “Não é a tempestade que me aflige, é o enjoo do mar”.
Viúva minha, o que tu queres realmente, não é um marido, é um remédio contra o enjoo. Vês que a travessia ainda é longa — porque a tua idade está entre trinta e dois e trinta e oito anos —, o mar é agitado, o navio joga muito; precisas de um preparado para matar esse mal cruel e indefinível. Não te contentas com o remédio de Sêneca, que era justamente a solidão, “a vida retirada, em que a alma acha todo o seu sossego”. Tu já provaste esse preparado; não te fez nada. Tentas outro; mas queres menos um companheiro que uma companhia.

(Machado de Assis. Crônicas escolhidas, 2013.)

Em “perguntando-lhe como se havia de curar do tédio que - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

Para responder a questão, leia o trecho inicial de uma crônica de Machado de Assis, publicada originalmente em 17.07.1892.

Um dia desta semana, farto de vendavais, naufrágios, boatos, mentiras, polêmicas, farto de ver como se descompõem os homens, acionistas e diretores, importadores e industriais, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação, peguei de uma página de anúncios, e disse comigo:
— Eia, passemos em revista as procuras e ofertas, caixeiros desempregados, pianos, magnésias, sabonetes, oficiais de barbeiro, casas para alugar, amas de leite, cobradores, coqueluche, hipotecas, professores, tosses crônicas...
E o meu espírito, estendendo e juntando as mãos e os braços, como fazem os nadadores, que caem do alto, mergulhou por uma coluna abaixo. Quando voltou à tona, trazia entre os dedos esta pérola:
“Uma viúva interessante, distinta, de boa família e independente de meios, deseja encontrar por esposo um homem de meia-idade, sério, instruído, e também com meios de vida, que esteja como ela cansado de viver só; resposta por carta ao escritório desta folha, com as iniciais M.R...., anunciando, a fim de ser procurada essa carta.”
Gentil viúva, eu não sou o homem que procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato, porque tu não és qualquer pessoa, tu vales alguma coisa mais que o comum das mulheres. Ai de quem está só! dizem as sagradas letras, mas não foi a religião que te inspirou esse anúncio. Nem motivo teológico, nem metafísico. Positivo também não, porque o positivismo é infenso às segundas núpcias. Que foi então, senão a triste, longa e aborrecida experiência? Não queres amar; estás cansada de viver só.
E a cláusula de ser o esposo outro aborrecido, farto de solidão, mostra que tu não queres enganar, nem sacrificar ninguém. Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamente esta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida. Que não pedes um diálogo de amor, é claro, desde que impões a cláusula da meia-idade, zona em que as paixões arrefecem, onde as flores vão perdendo a cor purpúrea e o viço eterno. Não há de ser um náufrago, à espera de uma tábua de salvação, pois que exiges que também possua. E há de ser instruído, para encher com as coisas do espírito as longas noites do coração, e contar (sem as mãos presas) a tomada de Constantinopla.
Viúva dos meus pecados, quem és tu que sabes tanto? O teu anúncio lembra a carta de certo capitão da guarda de Nero. Rico, interessante, aborrecido, como tu, escreveu um dia ao grave Sêneca, perguntando-lhe como se havia de curar do tédio que sentia, e explicava-se por figura: “Não é a tempestade que me aflige, é o enjoo do mar”.
Viúva minha, o que tu queres realmente, não é um marido, é um remédio contra o enjoo. Vês que a travessia ainda é longa — porque a tua idade está entre trinta e dois e trinta e oito anos —, o mar é agitado, o navio joga muito; precisas de um preparado para matar esse mal cruel e indefinível. Não te contentas com o remédio de Sêneca, que era justamente a solidão, “a vida retirada, em que a alma acha todo o seu sossego”. Tu já provaste esse preparado; não te fez nada. Tentas outro; mas queres menos um companheiro que uma companhia.

(Machado de Assis. Crônicas escolhidas, 2013.)

O prefixo “in-” que compõe a palavra “indefinível” - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

Para responder a questão, leia o trecho inicial de uma crônica de Machado de Assis, publicada originalmente em 17.07.1892.

Um dia desta semana, farto de vendavais, naufrágios, boatos, mentiras, polêmicas, farto de ver como se descompõem os homens, acionistas e diretores, importadores e industriais, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação, peguei de uma página de anúncios, e disse comigo:
— Eia, passemos em revista as procuras e ofertas, caixeiros desempregados, pianos, magnésias, sabonetes, oficiais de barbeiro, casas para alugar, amas de leite, cobradores, coqueluche, hipotecas, professores, tosses crônicas...
E o meu espírito, estendendo e juntando as mãos e os braços, como fazem os nadadores, que caem do alto, mergulhou por uma coluna abaixo. Quando voltou à tona, trazia entre os dedos esta pérola:
“Uma viúva interessante, distinta, de boa família e independente de meios, deseja encontrar por esposo um homem de meia-idade, sério, instruído, e também com meios de vida, que esteja como ela cansado de viver só; resposta por carta ao escritório desta folha, com as iniciais M.R...., anunciando, a fim de ser procurada essa carta.”
Gentil viúva, eu não sou o homem que procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato, porque tu não és qualquer pessoa, tu vales alguma coisa mais que o comum das mulheres. Ai de quem está só! dizem as sagradas letras, mas não foi a religião que te inspirou esse anúncio. Nem motivo teológico, nem metafísico. Positivo também não, porque o positivismo é infenso às segundas núpcias. Que foi então, senão a triste, longa e aborrecida experiência? Não queres amar; estás cansada de viver só.
E a cláusula de ser o esposo outro aborrecido, farto de solidão, mostra que tu não queres enganar, nem sacrificar ninguém. Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamente esta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida. Que não pedes um diálogo de amor, é claro, desde que impões a cláusula da meia-idade, zona em que as paixões arrefecem, onde as flores vão perdendo a cor purpúrea e o viço eterno. Não há de ser um náufrago, à espera de uma tábua de salvação, pois que exiges que também possua. E há de ser instruído, para encher com as coisas do espírito as longas noites do coração, e contar (sem as mãos presas) a tomada de Constantinopla.
Viúva dos meus pecados, quem és tu que sabes tanto? O teu anúncio lembra a carta de certo capitão da guarda de Nero. Rico, interessante, aborrecido, como tu, escreveu um dia ao grave Sêneca, perguntando-lhe como se havia de curar do tédio que sentia, e explicava-se por figura: “Não é a tempestade que me aflige, é o enjoo do mar”.
Viúva minha, o que tu queres realmente, não é um marido, é um remédio contra o enjoo. Vês que a travessia ainda é longa — porque a tua idade está entre trinta e dois e trinta e oito anos —, o mar é agitado, o navio joga muito; precisas de um preparado para matar esse mal cruel e indefinível. Não te contentas com o remédio de Sêneca, que era justamente a solidão, “a vida retirada, em que a alma acha todo o seu sossego”. Tu já provaste esse preparado; não te fez nada. Tentas outro; mas queres menos um companheiro que uma companhia.

(Machado de Assis. Crônicas escolhidas, 2013.)

Examine o meme criado a partir de uma cena famosa do - UNIFESP 2022

Inglês - 2022

Examine o meme criado a partir de uma cena famosa do filme O sétimo selo, do cineasta sueco Ingmar Bergman.

UNIFESP 2022

De acordo com o autor, a atual mutação tecnocientífica, - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

Leia o trecho do texto “A invenção das crenças”, de Adauto Novaes, para responder a questão.

Nos três últimos livros publicados na série “Mutações”, procuramos analisar as principais questões postas pelas grandes transformações por que passa o Ocidente a partir das revoluções tecnocientífica, biotecnológica e da informática. Os três livros foram:
• Mutações — Novas configurações do mundo. Este primeiro livro mostra de que maneira a ciência e a técnica estão produzindo transformações sem precedentes na história, em todas as áreas da atividade humana.
• Mutações — A condição humana. No segundo livro, os ensaios respondem à questão: o que é viver neste novo mundo?
• Mutações — A experiência do pensamento. Este terceiro livro procurou analisar um problema muito específico dessa mutação: posto que ela se origina da revolução tecnocientífica e praticamente sem a ação dos pressupostos das ciências humanas, tendemos a dizer que ela é feita no vazio do pensamento. Ou melhor, vivemos uma realidade tão inteiramente nova que nem mesmo os velhos conceitos conseguem explicar o que acontece. Como escreveu, portanto, Montaigne: quando a razão falha, voltemos à experiência. O que há de peculiar na mutação hoje é que ela não recorre às “duas maiores invenções da humanidade, o passado e o futuro”. Tomemos como exemplo outra prodigiosa mutação que foi o Renascimento: ela apontava ao mesmo tempo para o futuro e para o passado, verdadeira paixão pelo novo e paixão pelo antigo. Seus eruditos, escreve o filósofo Alexandre Koyré, “exumaram todos os textos esquecidos em velhas bibliotecas monásticas: leram tudo, estudaram tudo, tudo editaram. Fizeram renascer todas as doutrinas esquecidas dos velhos filósofos da Grécia e do Oriente: Platão, Plotino, o estoicismo, o epicurismo e pitagorismo, o hermetismo e a cabala. Seus sábios tentaram fundar uma nova ciência, uma nova física, uma nova astronomia; ampliação sem precedente da imagem histórica, geográfica, científica do homem e do mundo. Efervescência confusa e fecunda de ideias novas e ideias renovadas. Renascimento de um mundo esquecido e nascimento de um mundo novo. Mas também: crítica, abalo e, enfim, destruição e morte progressiva das antigas crenças, das antigas concepções, das antigas verdades tradicionais, que davam ao homem a certeza do saber e a segurança da ação”. Nada disso vemos hoje na mutação tecnocientífica, a não ser o elogio dos fatos e dos acontecimentos técnicos e, principalmente, o elogio do presente eterno, sem passado nem futuro.

(https://artepensamento.ims.com.br. Adaptado.)

Em relação ao Renascimento, o autor ressalta, sobretudo - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

Leia o trecho do texto “A invenção das crenças”, de Adauto Novaes, para responder a questão.

Nos três últimos livros publicados na série “Mutações”, procuramos analisar as principais questões postas pelas grandes transformações por que passa o Ocidente a partir das revoluções tecnocientífica, biotecnológica e da informática. Os três livros foram:
• Mutações — Novas configurações do mundo. Este primeiro livro mostra de que maneira a ciência e a técnica estão produzindo transformações sem precedentes na história, em todas as áreas da atividade humana.
• Mutações — A condição humana. No segundo livro, os ensaios respondem à questão: o que é viver neste novo mundo?
• Mutações — A experiência do pensamento. Este terceiro livro procurou analisar um problema muito específico dessa mutação: posto que ela se origina da revolução tecnocientífica e praticamente sem a ação dos pressupostos das ciências humanas, tendemos a dizer que ela é feita no vazio do pensamento. Ou melhor, vivemos uma realidade tão inteiramente nova que nem mesmo os velhos conceitos conseguem explicar o que acontece. Como escreveu, portanto, Montaigne: quando a razão falha, voltemos à experiência. O que há de peculiar na mutação hoje é que ela não recorre às “duas maiores invenções da humanidade, o passado e o futuro”. Tomemos como exemplo outra prodigiosa mutação que foi o Renascimento: ela apontava ao mesmo tempo para o futuro e para o passado, verdadeira paixão pelo novo e paixão pelo antigo. Seus eruditos, escreve o filósofo Alexandre Koyré, “exumaram todos os textos esquecidos em velhas bibliotecas monásticas: leram tudo, estudaram tudo, tudo editaram. Fizeram renascer todas as doutrinas esquecidas dos velhos filósofos da Grécia e do Oriente: Platão, Plotino, o estoicismo, o epicurismo e pitagorismo, o hermetismo e a cabala. Seus sábios tentaram fundar uma nova ciência, uma nova física, uma nova astronomia; ampliação sem precedente da imagem histórica, geográfica, científica do homem e do mundo. Efervescência confusa e fecunda de ideias novas e ideias renovadas. Renascimento de um mundo esquecido e nascimento de um mundo novo. Mas também: crítica, abalo e, enfim, destruição e morte progressiva das antigas crenças, das antigas concepções, das antigas verdades tradicionais, que davam ao homem a certeza do saber e a segurança da ação”. Nada disso vemos hoje na mutação tecnocientífica, a não ser o elogio dos fatos e dos acontecimentos técnicos e, principalmente, o elogio do presente eterno, sem passado nem futuro.

(https://artepensamento.ims.com.br. Adaptado.)

Dos seguintes trechos extraídos do texto, aquele cuja - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

Leia o trecho do texto “A invenção das crenças”, de Adauto Novaes, para responder a questão.

Nos três últimos livros publicados na série “Mutações”, procuramos analisar as principais questões postas pelas grandes transformações por que passa o Ocidente a partir das revoluções tecnocientífica, biotecnológica e da informática. Os três livros foram:
• Mutações — Novas configurações do mundo. Este primeiro livro mostra de que maneira a ciência e a técnica estão produzindo transformações sem precedentes na história, em todas as áreas da atividade humana.
• Mutações — A condição humana. No segundo livro, os ensaios respondem à questão: o que é viver neste novo mundo?
• Mutações — A experiência do pensamento. Este terceiro livro procurou analisar um problema muito específico dessa mutação: posto que ela se origina da revolução tecnocientífica e praticamente sem a ação dos pressupostos das ciências humanas, tendemos a dizer que ela é feita no vazio do pensamento. Ou melhor, vivemos uma realidade tão inteiramente nova que nem mesmo os velhos conceitos conseguem explicar o que acontece. Como escreveu, portanto, Montaigne: quando a razão falha, voltemos à experiência. O que há de peculiar na mutação hoje é que ela não recorre às “duas maiores invenções da humanidade, o passado e o futuro”. Tomemos como exemplo outra prodigiosa mutação que foi o Renascimento: ela apontava ao mesmo tempo para o futuro e para o passado, verdadeira paixão pelo novo e paixão pelo antigo. Seus eruditos, escreve o filósofo Alexandre Koyré, “exumaram todos os textos esquecidos em velhas bibliotecas monásticas: leram tudo, estudaram tudo, tudo editaram. Fizeram renascer todas as doutrinas esquecidas dos velhos filósofos da Grécia e do Oriente: Platão, Plotino, o estoicismo, o epicurismo e pitagorismo, o hermetismo e a cabala. Seus sábios tentaram fundar uma nova ciência, uma nova física, uma nova astronomia; ampliação sem precedente da imagem histórica, geográfica, científica do homem e do mundo. Efervescência confusa e fecunda de ideias novas e ideias renovadas. Renascimento de um mundo esquecido e nascimento de um mundo novo. Mas também: crítica, abalo e, enfim, destruição e morte progressiva das antigas crenças, das antigas concepções, das antigas verdades tradicionais, que davam ao homem a certeza do saber e a segurança da ação”. Nada disso vemos hoje na mutação tecnocientífica, a não ser o elogio dos fatos e dos acontecimentos técnicos e, principalmente, o elogio do presente eterno, sem passado nem futuro.

(https://artepensamento.ims.com.br. Adaptado.)

“posto que ela se origina da revolução tecnocientífica - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

posto que ela se origina da revolução tecnocientífica e praticamente sem a ação dos pressupostos das ciências humanas, tendemos a dizer que ela é feita no vazio do pensamento.” (4.o parágrafo) Em relação ao trecho que a sucede, a oração sublinhada expressa ideia de

Este movimento foi complexo e contraditório, com linhas - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

Este movimento foi complexo e contraditório, com linhas centrais e linhas secundárias, mas iniciou uma era de transformações essenciais. Depois de ter sido considerado excentricidade e afronta ao bom gosto, acabou tornando-se um grande fator de renovação e o ponto de referência da atividade artística e literária. De certo modo, abriu a fase mais fecunda da literatura brasileira, que já havia adquirido maturidade suficiente para assimilar com originalidade as sugestões das matrizes culturais, produzindo em larga escala uma literatura própria.

No soneto, o tópico clássico do locus amoenus está bem - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

Leia o soneto de Luís de Camões para responder a questão.

A fermosura desta fresca serra
e a sombra dos verdes castanheiros,
o manso caminhar destes ribeiros,
donde toda a tristeza se desterra;

o rouco som do mar, a estranha1 terra,
o esconder do sol pelos outeiros2,
o recolher dos gados derradeiros,
das nuvens pelo ar a branda guerra;

enfim, tudo o que a rara natureza
com tanta variedade nos of’rece,
me está, se não te vejo, magoando.

Sem ti, tudo me enoja e me aborrece;
sem ti, perpetuamente estou passando,
nas mores alegrias, mor tristeza.

(Luís de Camões. Sonetos, 2001.)

1estranha: rara, que não é comum, que não é vulgar.
2outeiros: montes.

O eu lírico recorre a uma expressão paradoxal no verso - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

Leia o soneto de Luís de Camões para responder a questão.

A fermosura desta fresca serra
e a sombra dos verdes castanheiros,
o manso caminhar destes ribeiros,
donde toda a tristeza se desterra;

o rouco som do mar, a estranha1 terra,
o esconder do sol pelos outeiros2,
o recolher dos gados derradeiros,
das nuvens pelo ar a branda guerra;

enfim, tudo o que a rara natureza
com tanta variedade nos of’rece,
me está, se não te vejo, magoando.

Sem ti, tudo me enoja e me aborrece;
sem ti, perpetuamente estou passando,
nas mores alegrias, mor tristeza.

(Luís de Camões. Sonetos, 2001.)

1estranha: rara, que não é comum, que não é vulgar.
2outeiros: montes.

Um vocábulo também pode ser formado quando passa de - UNIFESP 2022

Língua Portuguesa - 2022

Leia o soneto de Luís de Camões para responder a questão.

A fermosura desta fresca serra
e a sombra dos verdes castanheiros,
o manso caminhar destes ribeiros,
donde toda a tristeza se desterra;

o rouco som do mar, a estranha1 terra,
o esconder do sol pelos outeiros2,
o recolher dos gados derradeiros,
das nuvens pelo ar a branda guerra;

enfim, tudo o que a rara natureza
com tanta variedade nos of’rece,
me está, se não te vejo, magoando.

Sem ti, tudo me enoja e me aborrece;
sem ti, perpetuamente estou passando,
nas mores alegrias, mor tristeza.

(Luís de Camões. Sonetos, 2001.)

1estranha: rara, que não é comum, que não é vulgar.
2outeiros: montes.

A publicação do texto no site theconversation.com, na - UNIFESP 2022

Inglês - 2022

Leia o texto para responder a questão.

Facebook officials had internal research in March 2020 showing that Instagram — the social media platform most used by adolescents — is harmful to teen girls’ body image and well-being but swept those findings under the rug to continue conducting business as usual, according to a Sept. 14, 2021, Wall Street Journal report.
Facebook’s policy of pursuing profits regardless of documented harm has sparked comparisons to Big Tobacco, which knew in the 1950s that its products were carcinogenic but publicly denied it into the 21st century. Those of us who study social media use in teens didn’t need a suppressed internal research study to know that Instagram can harm teens.
Understanding the impact of social media on teens is important. A Pew Research Center poll shows that 89% of teens report they are online “almost constantly” or several times a day”. Teens are more likely to log on to Instagram than any other social media site. It is a prevalent part of adolescent life. Yet studies consistently show that the more often teens use Instagram, the worse their overall well-being, self-esteem, life satisfaction, mood and body image.
But Instagram isn’t problematic simply because it is popular. There are two key features that seem to make it particularly risky. First, it allows users to follow both celebrities and peers, both of whom can present a manipulated, filtered picture of an unrealistic body along with a highly curated impression of a perfect life. Meanwhile, Facebook has been relegated to the uncool soccer moms and grandparents. For teens, this integration of celebrities and retouched versions of reallife peers presents a ripe environment for upward social comparison, or comparing yourself to someone who is “better” in some respect.
Instagram is also risky for teens because its emphasis on pictures of the body leads users to focus on how their bodies look to others. Being an object for others to view doesn’t help the “selfie generation” feel empowered and sure of themselves — it can do exactly the opposite. These are not insignificant health concerns, because body dissatisfaction during the teen years is a powerful and consistent predictor of later eating disorder symptoms.
Facebook has acknowledged internally what researchers have been documenting for years: Instagram can be harmful to teens. The big question will be how Facebook handles these damaging results. History and the courts have been less than forgiving of the head-inthe-sand approach of Big Tobacco.

(Christia Spears Brown
www.theconversation.com, 16.09.2021. Adaptado.)

Facebook and Big Tobacco have been put side by side in - UNIFESP 2022

Inglês - 2022

Leia o texto para responder a questão.

Facebook officials had internal research in March 2020 showing that Instagram — the social media platform most used by adolescents — is harmful to teen girls’ body image and well-being but swept those findings under the rug to continue conducting business as usual, according to a Sept. 14, 2021, Wall Street Journal report.
Facebook’s policy of pursuing profits regardless of documented harm has sparked comparisons to Big Tobacco, which knew in the 1950s that its products were carcinogenic but publicly denied it into the 21st century. Those of us who study social media use in teens didn’t need a suppressed internal research study to know that Instagram can harm teens.
Understanding the impact of social media on teens is important. A Pew Research Center poll shows that 89% of teens report they are online “almost constantly” or several times a day”. Teens are more likely to log on to Instagram than any other social media site. It is a prevalent part of adolescent life. Yet studies consistently show that the more often teens use Instagram, the worse their overall well-being, self-esteem, life satisfaction, mood and body image.
But Instagram isn’t problematic simply because it is popular. There are two key features that seem to make it particularly risky. First, it allows users to follow both celebrities and peers, both of whom can present a manipulated, filtered picture of an unrealistic body along with a highly curated impression of a perfect life. Meanwhile, Facebook has been relegated to the uncool soccer moms and grandparents. For teens, this integration of celebrities and retouched versions of reallife peers presents a ripe environment for upward social comparison, or comparing yourself to someone who is “better” in some respect.
Instagram is also risky for teens because its emphasis on pictures of the body leads users to focus on how their bodies look to others. Being an object for others to view doesn’t help the “selfie generation” feel empowered and sure of themselves — it can do exactly the opposite. These are not insignificant health concerns, because body dissatisfaction during the teen years is a powerful and consistent predictor of later eating disorder symptoms.
Facebook has acknowledged internally what researchers have been documenting for years: Instagram can be harmful to teens. The big question will be how Facebook handles these damaging results. History and the courts have been less than forgiving of the head-inthe-sand approach of Big Tobacco.

(Christia Spears Brown
www.theconversation.com, 16.09.2021. Adaptado.)

On the first line of the second paragraph “Facebook’s - UNIFESP 2022

Inglês - 2022

Leia o texto para responder a questão.

Facebook officials had internal research in March 2020 showing that Instagram — the social media platform most used by adolescents — is harmful to teen girls’ body image and well-being but swept those findings under the rug to continue conducting business as usual, according to a Sept. 14, 2021, Wall Street Journal report.
Facebook’s policy of pursuing profits regardless of documented harm has sparked comparisons to Big Tobacco, which knew in the 1950s that its products were carcinogenic but publicly denied it into the 21st century. Those of us who study social media use in teens didn’t need a suppressed internal research study to know that Instagram can harm teens.
Understanding the impact of social media on teens is important. A Pew Research Center poll shows that 89% of teens report they are online “almost constantly” or several times a day”. Teens are more likely to log on to Instagram than any other social media site. It is a prevalent part of adolescent life. Yet studies consistently show that the more often teens use Instagram, the worse their overall well-being, self-esteem, life satisfaction, mood and body image.
But Instagram isn’t problematic simply because it is popular. There are two key features that seem to make it particularly risky. First, it allows users to follow both celebrities and peers, both of whom can present a manipulated, filtered picture of an unrealistic body along with a highly curated impression of a perfect life. Meanwhile, Facebook has been relegated to the uncool soccer moms and grandparents. For teens, this integration of celebrities and retouched versions of reallife peers presents a ripe environment for upward social comparison, or comparing yourself to someone who is “better” in some respect.
Instagram is also risky for teens because its emphasis on pictures of the body leads users to focus on how their bodies look to others. Being an object for others to view doesn’t help the “selfie generation” feel empowered and sure of themselves — it can do exactly the opposite. These are not insignificant health concerns, because body dissatisfaction during the teen years is a powerful and consistent predictor of later eating disorder symptoms.
Facebook has acknowledged internally what researchers have been documenting for years: Instagram can be harmful to teens. The big question will be how Facebook handles these damaging results. History and the courts have been less than forgiving of the head-inthe-sand approach of Big Tobacco.

(Christia Spears Brown
www.theconversation.com, 16.09.2021. Adaptado.)

According to the third paragraph, studies about the - UNIFESP 2022

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Leia o texto para responder a questão.

Facebook officials had internal research in March 2020 showing that Instagram — the social media platform most used by adolescents — is harmful to teen girls’ body image and well-being but swept those findings under the rug to continue conducting business as usual, according to a Sept. 14, 2021, Wall Street Journal report.
Facebook’s policy of pursuing profits regardless of documented harm has sparked comparisons to Big Tobacco, which knew in the 1950s that its products were carcinogenic but publicly denied it into the 21st century. Those of us who study social media use in teens didn’t need a suppressed internal research study to know that Instagram can harm teens.
Understanding the impact of social media on teens is important. A Pew Research Center poll shows that 89% of teens report they are online “almost constantly” or several times a day”. Teens are more likely to log on to Instagram than any other social media site. It is a prevalent part of adolescent life. Yet studies consistently show that the more often teens use Instagram, the worse their overall well-being, self-esteem, life satisfaction, mood and body image.
But Instagram isn’t problematic simply because it is popular. There are two key features that seem to make it particularly risky. First, it allows users to follow both celebrities and peers, both of whom can present a manipulated, filtered picture of an unrealistic body along with a highly curated impression of a perfect life. Meanwhile, Facebook has been relegated to the uncool soccer moms and grandparents. For teens, this integration of celebrities and retouched versions of reallife peers presents a ripe environment for upward social comparison, or comparing yourself to someone who is “better” in some respect.
Instagram is also risky for teens because its emphasis on pictures of the body leads users to focus on how their bodies look to others. Being an object for others to view doesn’t help the “selfie generation” feel empowered and sure of themselves — it can do exactly the opposite. These are not insignificant health concerns, because body dissatisfaction during the teen years is a powerful and consistent predictor of later eating disorder symptoms.
Facebook has acknowledged internally what researchers have been documenting for years: Instagram can be harmful to teens. The big question will be how Facebook handles these damaging results. History and the courts have been less than forgiving of the head-inthe-sand approach of Big Tobacco.

(Christia Spears Brown
www.theconversation.com, 16.09.2021. Adaptado.)

In the fragment from the third paragraph “Yet studies - UNIFESP 2022

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Leia o texto para responder a questão.

Facebook officials had internal research in March 2020 showing that Instagram — the social media platform most used by adolescents — is harmful to teen girls’ body image and well-being but swept those findings under the rug to continue conducting business as usual, according to a Sept. 14, 2021, Wall Street Journal report.
Facebook’s policy of pursuing profits regardless of documented harm has sparked comparisons to Big Tobacco, which knew in the 1950s that its products were carcinogenic but publicly denied it into the 21st century. Those of us who study social media use in teens didn’t need a suppressed internal research study to know that Instagram can harm teens.
Understanding the impact of social media on teens is important. A Pew Research Center poll shows that 89% of teens report they are online “almost constantly” or several times a day”. Teens are more likely to log on to Instagram than any other social media site. It is a prevalent part of adolescent life. Yet studies consistently show that the more often teens use Instagram, the worse their overall well-being, self-esteem, life satisfaction, mood and body image.
But Instagram isn’t problematic simply because it is popular. There are two key features that seem to make it particularly risky. First, it allows users to follow both celebrities and peers, both of whom can present a manipulated, filtered picture of an unrealistic body along with a highly curated impression of a perfect life. Meanwhile, Facebook has been relegated to the uncool soccer moms and grandparents. For teens, this integration of celebrities and retouched versions of reallife peers presents a ripe environment for upward social comparison, or comparing yourself to someone who is “better” in some respect.
Instagram is also risky for teens because its emphasis on pictures of the body leads users to focus on how their bodies look to others. Being an object for others to view doesn’t help the “selfie generation” feel empowered and sure of themselves — it can do exactly the opposite. These are not insignificant health concerns, because body dissatisfaction during the teen years is a powerful and consistent predictor of later eating disorder symptoms.
Facebook has acknowledged internally what researchers have been documenting for years: Instagram can be harmful to teens. The big question will be how Facebook handles these damaging results. History and the courts have been less than forgiving of the head-inthe-sand approach of Big Tobacco.

(Christia Spears Brown
www.theconversation.com, 16.09.2021. Adaptado.)

According to the fourth and fifth paragraphs, Instagram - UNIFESP 2022

Inglês - 2022

Leia o texto para responder a questão.

Facebook officials had internal research in March 2020 showing that Instagram — the social media platform most used by adolescents — is harmful to teen girls’ body image and well-being but swept those findings under the rug to continue conducting business as usual, according to a Sept. 14, 2021, Wall Street Journal report.
Facebook’s policy of pursuing profits regardless of documented harm has sparked comparisons to Big Tobacco, which knew in the 1950s that its products were carcinogenic but publicly denied it into the 21st century. Those of us who study social media use in teens didn’t need a suppressed internal research study to know that Instagram can harm teens.
Understanding the impact of social media on teens is important. A Pew Research Center poll shows that 89% of teens report they are online “almost constantly” or several times a day”. Teens are more likely to log on to Instagram than any other social media site. It is a prevalent part of adolescent life. Yet studies consistently show that the more often teens use Instagram, the worse their overall well-being, self-esteem, life satisfaction, mood and body image.
But Instagram isn’t problematic simply because it is popular. There are two key features that seem to make it particularly risky. First, it allows users to follow both celebrities and peers, both of whom can present a manipulated, filtered picture of an unrealistic body along with a highly curated impression of a perfect life. Meanwhile, Facebook has been relegated to the uncool soccer moms and grandparents. For teens, this integration of celebrities and retouched versions of reallife peers presents a ripe environment for upward social comparison, or comparing yourself to someone who is “better” in some respect.
Instagram is also risky for teens because its emphasis on pictures of the body leads users to focus on how their bodies look to others. Being an object for others to view doesn’t help the “selfie generation” feel empowered and sure of themselves — it can do exactly the opposite. These are not insignificant health concerns, because body dissatisfaction during the teen years is a powerful and consistent predictor of later eating disorder symptoms.
Facebook has acknowledged internally what researchers have been documenting for years: Instagram can be harmful to teens. The big question will be how Facebook handles these damaging results. History and the courts have been less than forgiving of the head-inthe-sand approach of Big Tobacco.

(Christia Spears Brown
www.theconversation.com, 16.09.2021. Adaptado.)

The last paragraph goes back to the comparison between - UNIFESP 2022

Inglês - 2022

Leia o texto para responder a questão.

Facebook officials had internal research in March 2020 showing that Instagram — the social media platform most used by adolescents — is harmful to teen girls’ body image and well-being but swept those findings under the rug to continue conducting business as usual, according to a Sept. 14, 2021, Wall Street Journal report.
Facebook’s policy of pursuing profits regardless of documented harm has sparked comparisons to Big Tobacco, which knew in the 1950s that its products were carcinogenic but publicly denied it into the 21st century. Those of us who study social media use in teens didn’t need a suppressed internal research study to know that Instagram can harm teens.
Understanding the impact of social media on teens is important. A Pew Research Center poll shows that 89% of teens report they are online “almost constantly” or several times a day”. Teens are more likely to log on to Instagram than any other social media site. It is a prevalent part of adolescent life. Yet studies consistently show that the more often teens use Instagram, the worse their overall well-being, self-esteem, life satisfaction, mood and body image.
But Instagram isn’t problematic simply because it is popular. There are two key features that seem to make it particularly risky. First, it allows users to follow both celebrities and peers, both of whom can present a manipulated, filtered picture of an unrealistic body along with a highly curated impression of a perfect life. Meanwhile, Facebook has been relegated to the uncool soccer moms and grandparents. For teens, this integration of celebrities and retouched versions of reallife peers presents a ripe environment for upward social comparison, or comparing yourself to someone who is “better” in some respect.
Instagram is also risky for teens because its emphasis on pictures of the body leads users to focus on how their bodies look to others. Being an object for others to view doesn’t help the “selfie generation” feel empowered and sure of themselves — it can do exactly the opposite. These are not insignificant health concerns, because body dissatisfaction during the teen years is a powerful and consistent predictor of later eating disorder symptoms.
Facebook has acknowledged internally what researchers have been documenting for years: Instagram can be harmful to teens. The big question will be how Facebook handles these damaging results. History and the courts have been less than forgiving of the head-inthe-sand approach of Big Tobacco.

(Christia Spears Brown
www.theconversation.com, 16.09.2021. Adaptado.)

O anúncio contradiz informações no quarto parágrafo do - UNIFESP 2022

Inglês - 2022

Leia o texto para responder a questão.

UNIFESP 2022

O anúncio contradiz informações no quarto parágrafo do - UNIFESP 2022

Inglês - 2022

Leia o texto para responder a questão.

UNIFESP 2022

In the last sentence of the ad, the term “ensuring” - UNIFESP 2022

Inglês - 2022

Leia o texto para responder a questão.

UNIFESP 2022

Leia a tirinha. The question “How’s that bad?”, in the - UNIFESP 2022

Inglês - 2022

Leia a tirinha.

UNIFESP 2022

No poema, o eu lírico sente-se a) desorientado e - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Leia o poema de Fernando Pessoa para responder a questão.

Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.

Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.

Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.

Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.

Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.

(Obra poética, 1997.)

Sempre que haja necessidade expressiva de reforço, de - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Leia o poema de Fernando Pessoa para responder a questão.

Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.

Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.

Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.

Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.

Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.

(Obra poética, 1997.)

O eu lírico recorre a um sinal de pontuação para - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Leia o poema de Fernando Pessoa para responder a questão.

Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.

Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.

Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.

Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.

Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.

(Obra poética, 1997.)

Este movimento surge como momento de negação profunda e - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Este movimento surge como momento de negação profunda e revolucionária, porque visava a redefinir não só a atitude poética, mas o próprio lugar do homem no mundo e na sociedade. Concebe de maneira nova o papel do artista e o sentido da obra de arte, pretendendo liquidar a convenção universalista dos herdeiros de Grécia e Roma em benefício de um sentimento novo, embebido de inspirações locais, procurando o único em lugar do perene.

The first and second paragraphs mainly illustrate a) - UNIFESP 2021

Inglês - 2021

Leia o texto para responder a questão.

Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?
How things have changed.
Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’
The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2. ________________
Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.
A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidencebased arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?
Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

Os trechos “when your colleague pronounces that wearing - UNIFESP 2021

Inglês - 2021

Leia o texto para responder a questão.

Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?
How things have changed.
Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’
The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2. ________________
Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.
A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidencebased arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?
Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

In the fragment from the third paragraph “when you see - UNIFESP 2021

Inglês - 2021

Leia o texto para responder a questão.

Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?
How things have changed.
Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’
The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2. ________________
Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.
A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidencebased arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?
Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

The expression “Before you know it” (3rd paragraph) - UNIFESP 2021

Inglês - 2021

Leia o texto para responder a questão.

Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?
How things have changed.
Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’
The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2. ________________
Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.
A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidencebased arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?
Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

In the fragment from the fourth paragraph “Those of us - UNIFESP 2021

Inglês - 2021

Leia o texto para responder a questão.

Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?
How things have changed.
Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’
The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2. ________________
Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.
A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidencebased arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?
Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

No trecho do quarto parágrafo “whereas those more - UNIFESP 2021

Inglês - 2021

Leia o texto para responder a questão.

Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?
How things have changed.
Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’
The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2. ________________
Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.
A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidencebased arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?
Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

The subtitle that most closely represents the content - UNIFESP 2021

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Leia o texto para responder a questão.

Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?
How things have changed.
Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’
The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2. ________________
Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.
A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidencebased arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?
Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

No trecho do último parágrafo “we will all be inclined - UNIFESP 2021

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Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?
How things have changed.
Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’
The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2. ________________
Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.
A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidencebased arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?
Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

It is an explicit opinion by the author of the text: a) - UNIFESP 2021

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Leia o texto para responder a questão.

Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?
How things have changed.
Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’
The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2. ________________
Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.
A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidencebased arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?
Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

A afirmação da figura que melhor dialoga com o conteúdo - UNIFESP 2021

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Leia o texto para responder a questão.

Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?
How things have changed.
Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’
The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2. ________________
Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.
A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidencebased arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?
Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

Examine o cartum de Caitlin Cass, publicado no - UNIFESP 2021

Inglês - 2021

Examine o cartum de Caitlin Cass, publicado no Instagram da revista The New Yorker em 10.03.2019.

UNIFESP 2021

No texto, a moça a) finge não entender o próprio conto - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Leia o conto de Carlos Drummond de Andrade para responder a questão.

O entendimento dos contos



— Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.
— Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.
Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou transformarme em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.
— Mas que significa isso? — perguntou o moço,
insatisfeito. — Não entendi nada.
— Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a vida.

(Contos plausíveis, 2012.)

Em sua história, a moça incorre em contradição ao - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Leia o conto de Carlos Drummond de Andrade para responder a questão.

O entendimento dos contos



— Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.
— Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.
Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou transformarme em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.
— Mas que significa isso? — perguntou o moço,
insatisfeito. — Não entendi nada.
— Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a vida.

(Contos plausíveis, 2012.)

O título do conto antecipa seu caráter a) melancólico. - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Leia o conto de Carlos Drummond de Andrade para responder a questão.

O entendimento dos contos



— Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.
— Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.
Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou transformarme em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.
— Mas que significa isso? — perguntou o moço,
insatisfeito. — Não entendi nada.
— Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a vida.

(Contos plausíveis, 2012.)

Observa-se o emprego de expressão própria da linguagem - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Leia o conto de Carlos Drummond de Andrade para responder a questão.

O entendimento dos contos



— Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.
— Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.
Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou transformarme em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.
— Mas que significa isso? — perguntou o moço,
insatisfeito. — Não entendi nada.
— Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a vida.

(Contos plausíveis, 2012.)

“— Agora você vai me contar uma história de amor - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Leia o conto de Carlos Drummond de Andrade para responder a questão.

O entendimento dos contos



— Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.
— Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.
Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou transformarme em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.
— Mas que significa isso? — perguntou o moço,
insatisfeito. — Não entendi nada.
— Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a vida.

(Contos plausíveis, 2012.)

De acordo com o texto, a) o mal-estar que acomete a - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Para responder a questão, leia o trecho do livro O oráculo da noite, do neurocientista Sidarta Ribeiro.

A palavra sonho, do latim somnium, significa muitas coisas diferentes, todas vivenciadas durante a vigília, e não durante o sono. Realizei “o sonho da minha vida”, “meu sonho de consumo” são frases usadas cotidianamente pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos comportamentos. Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. [...] Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual a desejo que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.
A rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. [...] A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim a insônia impera. Se o tempo é sempre escasso, se despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram que sonham pela simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.
E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas. Dirá a formiga cética que quem sonha assim tão livre é o artista, cigarra de fábula que vive de brisa. [...] Na peça teatral A vida é sonho, o espanhol Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino. O sonho é a imaginação sem freio nem controle, solta para temer, criar, perder e achar.

(O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho, 2019.)

“Mesmo assim a insônia impera.” (3.° parágrafo) No - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Para responder a questão, leia o trecho do livro O oráculo da noite, do neurocientista Sidarta Ribeiro.

A palavra sonho, do latim somnium, significa muitas coisas diferentes, todas vivenciadas durante a vigília, e não durante o sono. Realizei “o sonho da minha vida”, “meu sonho de consumo” são frases usadas cotidianamente pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos comportamentos. Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. [...] Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual a desejo que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.
A rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. [...] A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim a insônia impera. Se o tempo é sempre escasso, se despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram que sonham pela simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.
E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas. Dirá a formiga cética que quem sonha assim tão livre é o artista, cigarra de fábula que vive de brisa. [...] Na peça teatral A vida é sonho, o espanhol Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino. O sonho é a imaginação sem freio nem controle, solta para temer, criar, perder e achar.

(O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho, 2019.)

A palavra sublinhada em “Se o tempo é sempre escasso, - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Para responder a questão, leia o trecho do livro O oráculo da noite, do neurocientista Sidarta Ribeiro.

A palavra sonho, do latim somnium, significa muitas coisas diferentes, todas vivenciadas durante a vigília, e não durante o sono. Realizei “o sonho da minha vida”, “meu sonho de consumo” são frases usadas cotidianamente pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos comportamentos. Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. [...] Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual a desejo que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.
A rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. [...] A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim a insônia impera. Se o tempo é sempre escasso, se despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram que sonham pela simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.
E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas. Dirá a formiga cética que quem sonha assim tão livre é o artista, cigarra de fábula que vive de brisa. [...] Na peça teatral A vida é sonho, o espanhol Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino. O sonho é a imaginação sem freio nem controle, solta para temer, criar, perder e achar.

(O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho, 2019.)

Pode ser reescrito na voz passiva o seguinte trecho do - UNIFESP 2021

Língua Portuguesa - 2021

Para responder a questão, leia o trecho do livro O oráculo da noite, do neurocientista Sidarta Ribeiro.

A palavra sonho, do latim somnium, significa muitas coisas diferentes, todas vivenciadas durante a vigília, e não durante o sono. Realizei “o sonho da minha vida”, “meu sonho de consumo” são frases usadas cotidianamente pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos comportamentos. Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. [...] Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual a desejo que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.
A rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. [...] A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim a insônia impera. Se o tempo é sempre escasso, se despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram que sonham pela simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.
E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas. Dirá a formiga cética que quem sonha assim tão livre é o artista, cigarra de fábula que vive de brisa. [...] Na peça teatral A vida é sonho, o espanhol Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino. O sonho é a imaginação sem freio nem controle, solta para temer, criar, perder e achar.

(O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho, 2019.)

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