Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas
No poema, o eu lírico sente-se a) desorientado e - UNIFESP 2021
Leia o poema de Fernando Pessoa para responder a questão.
Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.
Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.
Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.
Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.
Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.
(Obra poética, 1997.)
No poema, o eu lírico sente-se
-
desorientado e melancólico.
-
desamparado e entediado.
-
nostálgico e orgulhoso.
-
perplexo e eufórico.
-
aliviado e resignado.
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