Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas
O uso intensivo da metáfora insólita, a entrega ao - UNIFESP 2018
O uso intensivo da metáfora insólita, a entrega ao fluxo da consciência, a ruptura com o enredo factual foram constantes do seu estilo de narrar. Os analistas à caça de estruturas não deixarão tão cedo em paz seus textos complexos e abstratos. Há na gênese dos seus contos e romances tal exacerbação do momento interior que, a certa altura do seu itinerário, a própria subjetividade entra em crise. O espírito, perdido no labirinto da memória e da autoanálise, reclama um novo equilíbrio.
(Alfredo Bosi. História concisa da literatura
brasileira, 1994. Adaptado.)
Tal comentário refere-se a
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Jorge Amado.
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José Lins do Rego.
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Graciliano Ramos.
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Guimarães Rosa.
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Clarice Lispector.
Solução
Alternativa Correta: E) Clarice Lispector.
A alternativa E é a mais adequada porque o comentário de Alfredo Bosi enfatiza características específicas do estilo de Clarice Lispector, notadamente seu uso de metáforas insólitas e o foco no fluxo da consciência. Lispector frequentemente explora a subjetividade de seus personagens, mergulhando em seus sentimentos e pensamentos, o que se alinha com a ideia de "exacerbação do momento interior".
Além disso, a menção à "ruptura com o enredo factual" é central na obra de Lispector, que muitas vezes prioriza a experiência psicológica sobre a narrativa linear tradicional. Essa abordagem provoca uma reflexão profunda sobre a identidade e a condição humana, resultando em textos que desafiam a estrutura convencional e favorecem uma introspecção intensa.
Por fim, o trecho sugere que, na busca por um novo equilíbrio, a subjetividade dos personagens entra em crise, um tema recorrente nas obras de Lispector, onde a autoanálise e a memória se entrelaçam de forma complexa. Isso destaca sua capacidade única de transformar experiências pessoais em reflexões universais, característica marcante de sua escrita.
Institução: UNIFESP
Ano da Prova: 2018
Assuntos: Interpretação Textual
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