Disciplina: Biologia 0 Curtidas
Há séculos nossa espécie convive com a prática do jejum – seja por ne
Há séculos nossa espécie convive com a prática do jejum – seja por necessidade, em razão de tempos de grande escassez, por opção, em razão de motivos religiosos ou, mais recentemente, adotando a abstenção alimentar (e em muitos casos a restrição calórica intensa) para perda de peso ou até motivo de saúde. A questão, porém, é polêmica.
Especialistas reconhecem que o fasting induz a um processo chamado autofagia, importante na reciclagem de material intracelular, capaz de contribuir para manter positivamente o metabolismo energético, evitando a degradação e favorecendo a reciclagem de proteínas, glicogênio ou lipídeos, relacionados com doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer. Mas essa é só uma parte da história.
Estudos apontam também que o jejum prolongado pode causar graves danos ao nosso corpo quando feito de maneira desregulada. Alguns profissionais são assertivos: ficar muitas horas sem comer faz mal, asseguram. Outros alertam para o fato de que a prática não é para qualquer pessoa: idosos e doentes, crianças, gestantes, lactantes e pessoas propensas a distúrbios alimentares não devem aderir. Quando ficamos várias horas sem nos alimentar, as reservas de glicose do organismo diminuem e outras fontes de energia, como proteína e gordura, passam a ser utilizadas pelo organismo. Dentro de um longo período, uma alteração grave pode ser a hipoglicemia rebote. Jejuar por muitos dias pode ocasionar, ainda, queda de resistência imunológica e infecções.
Em qual período se confrontam adequadamente alguns aspectos positivos e negativos da prática de jejum apresentados no texto?
A)Posto que com moderação o jejum possa ser praticado indiscriminadamente por qualquer pessoa saudável, como importante fator para a perda de peso e o tratamento de infecções, é recomendável, contudo, que se respeite como limite o início do processo de autofagia, o qual pode trazer sérios riscos àqueles com tendência a desenvolver bulimia e transtornos afins.
B)O jejum controlado pode funcionar como importante indutor metabólico, contribuindo no controle da degeneração do cérebro e no reprocessamento de reservas energéticas, conquanto o prolongamento desmedido da prática possa levar à degradação de componentes benéficos e à desregulação da produção de alguns hormônios, como a insulina.
C)Se é comprovável a participação benéfica do jejum moderado no controle dos males de Parkinson e Alzheimer, graças à reciclagem celular e à diminuição da morte de neurônios, contudo, sabe-se também que a privação de alimentos por opção cultural ou religiosa em tempos de grande escassez sempre gerou polêmica, devido aos problemas de saúde daí decorrentes.
D)Muitos profissionais de saúde são assertivos ao se posicionarem avessos à prática do jejum, porquanto se baseiam em estudos que apontam o risco da substituição do consumo regular de proteínas e lipídios pelo de glicogênio, cujo excesso está relacionado ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e à hipoglicemia de rebote, com consequente queda da imunidade.
E)A prática do jejum periódico, embora histórica, gera opiniões divergentes dos especialistas, visto que certos grupos de risco, como as mulheres grávidas ou em período de amamentação, podem ser gravemente prejudicados pela adesão regular ao fasting, o qual, se prolongado, atinge reconhecidamente o metabolismo energético e a reciclagem de material intracelular.
Solução
Alternativa correta: B)O jejum controlado pode funcionar como importante indutor metabólico, contribuindo no controle da degeneração do cérebro e no reprocessamento de reservas energéticas, conquanto o prolongamento desmedido da prática possa levar à degradação de componentes benéficos e à desregulação da produção de alguns hormônios, como a insulina. De acordo com o gabarito AVA.
A alternativa b é a correta porque apresenta de forma equilibrada os dois lados do argumento trazido no texto sobre a prática do jejum: os benefícios quando realizado de maneira controlada e os riscos quando feito de forma prolongada ou inadequada. O texto destaca que o jejum pode induzir processos benéficos como a autofagia, que contribui para a reciclagem de componentes celulares e pode atuar positivamente em doenças como Parkinson e Alzheimer. Essa é justamente a parte ressaltada no início da alternativa b, que reconhece o jejum como um indutor metabólico benéfico.
Além disso, a alternativa b também aponta os efeitos negativos do jejum excessivo, como a degradação de componentes benéficos e a desregulação hormonal, incluindo a insulina. Isso está alinhado com a segunda parte do texto, que alerta para os riscos do jejum prolongado, como a hipoglicemia de rebote, a queda na imunidade e o risco de infecções. Dessa forma, a alternativa faz um contraponto adequado entre os efeitos positivos do jejum controlado e os perigos do jejum desregulado, como proposto na pergunta.
Portanto, a resposta é correta porque sintetiza com precisão e fidelidade o que o texto argumenta: o jejum pode trazer benefícios à saúde quando feito com cuidado, mas também pode ser prejudicial se praticado de maneira excessiva ou sem orientação. A estrutura da alternativa b reflete esse equilíbrio, apresentando os dois lados da questão de forma clara e coerente.
Assuntos: Biologia , Fisiologia , Nutrição
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