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Os simbolistas conservaram vários hábitos de versificação dos
Os simbolistas conservaram vários hábitos de versificação dos parnasianos. Mas de acordo como seu desejo de mistério e fluidez, buscaram ritmos mais musicais e insinuantes, tornando-os eficazes por meio de certos recursos expressivos, como a atenuação e deslocamento das tônicas, o uso do dístico, a repetição sistemática de palavras e frases, que dão ao poema uma força por vezes sonambúlica de envolvimento (1988, p. 296).
A estrofe a seguir que se pode chamar de dístico encontra-se na letra
a) No meio das tabas de amenos verdores, Cercadas de troncos — cobertos de flores, Alteiam-se os tetos d’altiva nação; São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, Temíveis na guerra, que em densas coortes Assombram das matas a imensa extensão.
b) Asa em surdina mensageira Este leque se é ele O mesmo pelo qual atrás De ti brilhou algum espelho.
c) Ah! por estes sinfônicos ocasos a terra exala aromas de áureos vasos, incensos de turíbulos divinos.
d) Sempre assim ele apareça Em tuas mãos sem preguiça.
e) Por amor de um triste velho, Que ao termo fatal já chega, Vós, guerreiros, concedestes A vida a um prisioneiro. Ação tão nobre vos honra, Nem tão alta cortesia Vi eu jamais praticada Entre os Tupis, — e mas foram Senhores em gentileza