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No dia 16 de fevereiro de 1796, dona Francisca da Silva de - FGV 2019
No dia 16 de fevereiro de 1796, dona Francisca da Silva de Oliveira morria em sua casa, no arraial do Tejuco. Não era mais uma escrava parda sem nada de seu, mas uma senhora de “grossa casa”, como se dizia, possuidora de imóveis e de escravos. O reconhecimento social ficou patente no sepultamento: ela foi enterrada na tumba número 16, no interior da igreja da Irmandade de São Francisco de Assis, que congregava a elite branca local. [...] Nesse mesmo ano de 1796, cumprindo-se seu desejo, foram celebradas quarenta missas por sua alma na igreja das Mercês. A reconstrução da história de Chica da Silva com base em novos documentos lança luz sobre o tempo em que viveu e os significados de sua trajetória. Assim como outras ex-escravas, Chica alcançou a liberdade.
(Júnia Ferreira Furtado. Chica, a verdadeira.
Nossa História, ano I, n.o 2, dez. 2003)
A história de Chica da Silva revela
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como as possibilidades de ascensão social no Brasil colonial foram amplas e atingiram todas as regiões, em todas as épocas, porque a escravidão não era um entrave para essa ascensão.
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um traço importante da sociedade colonial porque aponta para a possibilidade de ascensão social de uma mulher que nasceu escrava e que conquistou a alforria e boa distinção social.
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uma realidade que se constituiu em rara exceção durante todo período colonial, porque as leis não ofereciam a possibilidade de um proprietário, em vida, libertar os seus escravos.
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que as alforrias na região mineradora ocorreram durante todo o século XVIII e atingiram menos os homens do que as mulheres, porque estas eram maioria entre as pessoas escravizadas.
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como as interdições sociais, às quais os escravos estavam submetidos na América portuguesa, não tinham validade em relação ao catolicismo, porque nas irmandades religiosas não prevaleciam as hierarquias sociais.
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