UNESP
Exibindo questões de 801 a 900.
Os menores lados de uma folha de papel retangular de - UNESP 2018/2
Matemática - 2018Os menores lados de uma folha de papel retangular de 20 cm por 27 cm foram unidos com uma fita adesiva retangular de 20 cm por 5 cm, formando um cilindro circular reto vazado.
Na união, as partes da fita adesiva em contato com a folha correspondem a dois retângulos de 20 cm por 0,5 cm, conforme indica a figura.

O gráfico indica o número de vítimas fatais no trânsito - UNESP 2018/2
Matemática - 2018O gráfico indica o número de vítimas fatais no trânsito de uma grande cidade em 2017. Os dados estão distribuídos por quatro faixas etárias e por três categorias de locomoção dessas vítimas: pedestres, ciclistas e motociclistas.

Sendo x um número real maior que , a área de um - UNESP 2018/2
Matemática - 2018Sendo x um número real maior que 2/3, a área de um retângulo é dada pelo polinômio 3x2 + 19x –14.
Dois dados convencionais e honestos foram lançados ao - UNESP 2018/2
Matemática - 2018Dois dados convencionais e honestos foram lançados ao acaso. Sabendo-se que saiu o número 6 em pelo menos um deles, a probabilidade de que tenha saído o número 1 no outro é igual a
A figura mostra cinco retângulos justapostos de uma - UNESP 2018/2
Matemática - 2018A figura mostra cinco retângulos justapostos de uma sequência. Todos os retângulos possuem mesma altura, igual a 1 cm.

Observe, no plano cartesiano de eixos ortogonais, - UNESP 2018/2
Matemática - 2018Observe, no plano cartesiano de eixos ortogonais, o gráfico de duas funções exponenciais de R em R.

Observe a figura da representação dos pontos M e N - UNESP 2018/2
Matemática - 2018Observe a figura da representação dos pontos M e N sobre a superfície da Terra.

Examine a tira Hagar, o Horrível do cartunista americano - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Examine a tira Hagar, o Horrível do cartunista americano Dik Browne (1917-1989).

No primeiro parágrafo, Antônio Vieira caracteriza a - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder às questões de 02 a 08.
Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
(Essencial, 2011.)
“Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder às questões de 02 a 08.
Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
(Essencial, 2011.)
No segundo parágrafo, Antônio Vieira torna explícito seu - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder às questões de 02 a 08.
Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
(Essencial, 2011.)
Verifica-se o emprego de vírgula para indicar a elipse - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder às questões de 02 a 08.
Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
(Essencial, 2011.)
Em um trecho do “Sermão da Sexagésima”, Antônio Vieira - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder às questões de 02 a 08.
Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
(Essencial, 2011.)
Assinale a alternativa cuja citação se aproxima - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder às questões de 02 a 08.
Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
(Essencial, 2011.)
“[...] os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder às questões de 02 a 08.
Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
(Essencial, 2011.)
A poesia dos antigos era a da posse, a dos novos é a da - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018A poesia dos antigos era a da posse, a dos novos é a da saudade (e anseio); aquela se ergue, firme, no chão do presente; esta oscila entre recordação e pressentimento. O ideal grego era a concórdia e o equilíbrio perfeitos de todas as forças; a harmonia natural. Os novos, porém, adquiriram a consciência da fragmentação interna que torna impossível este ideal; por isso, a sua poesia aspira a reconciliar os dois mundos em que se sentem divididos, o espiritual e o sensível, fundindo-os de um modo indissolúvel. Os antigos solucionam a sua tarefa, chegando à perfeição; os novos só pela aproximação podem satisfazer o seu anseio do infinito.
A perspectiva do narrador diante das situações e dos - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder às questões de 10 a 16.
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.
Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.
Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.
Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.
(Contos: uma antologia, 1998.)
O leitor é figura recorrente e fundamental na prosa - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder às questões de 10 a 16.
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.
Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.
Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.
Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.
(Contos: uma antologia, 1998.)
Em “o sentimento da propriedade moderava a ação, porque - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder às questões de 10 a 16.
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.
Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.
Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.
Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.
(Contos: uma antologia, 1998.)
Embora não participe da ação, o narrador intromete-se de - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder às questões de 10 a 16.
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.
Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.
Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.
Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.
(Contos: uma antologia, 1998.)
“Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder às questões de 10 a 16.
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.
Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.
Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.
Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.
(Contos: uma antologia, 1998.)
Em “Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder às questões de 10 a 16.
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.
Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.
Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.
Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.
(Contos: uma antologia, 1998.)
No último parágrafo, “pôr ordem à desordem” significa - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder às questões de 10 a 16.
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.
Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.
Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.
Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.
(Contos: uma antologia, 1998.)
De fato, este romance constitui um dos poucos romances - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018De fato, este romance constitui um dos poucos romances cômicos do romantismo nacional, afastando-se dos traços idealizantes que caracterizam boa parte das obras “sérias” dos autores de então. O modo pelo qual este romance pinta a sociedade, representado-a a partir de um ângulo abertamente cômico e satírico, também era relativamente novo nas letras brasileiras do século XIX.
A “introdução da referência ao código, como um de seus - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o trecho do livro Bem-vindo ao deserto do real!, de Slavoj Žižek, para responder às questões 18 e 19.
Numa antiga anedota que circulava na hoje falecida República Democrática Alemã, um operário alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que toda correspondência será lida pelos censores, ele combina com os amigos: “Vamos combinar um código: se uma carta estiver escrita em tinta azul, o que ela diz é verdade; se estiver escrita em tinta vermelha, tudo é mentira.” Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul: “Tudo aqui é maravilhoso: as lojas vivem cheias, a comida é abundante, os apartamentos são grandes e bem aquecidos, os cinemas exibem filmes do Ocidente, há muitas garotas, sempre prontas para um programa – o único senão é que não se consegue encontrar tinta vermelha.” Neste caso, a estrutura é mais refinada do que indicam as aparências: apesar de não ter como usar o código combinado para indicar que tudo o que está dito é mentira, mesmo assim ele consegue passar a mensagem. Como? Pela introdução da referência ao código, como um de seus elementos, na própria mensagem codificada.
(Bem-vindo ao deserto do real!, 2003.)
“Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Leia o trecho do livro Bem-vindo ao deserto do real!, de Slavoj Žižek, para responder às questões 18 e 19.
Numa antiga anedota que circulava na hoje falecida República Democrática Alemã, um operário alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que toda correspondência será lida pelos censores, ele combina com os amigos: “Vamos combinar um código: se uma carta estiver escrita em tinta azul, o que ela diz é verdade; se estiver escrita em tinta vermelha, tudo é mentira.” Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul: “Tudo aqui é maravilhoso: as lojas vivem cheias, a comida é abundante, os apartamentos são grandes e bem aquecidos, os cinemas exibem filmes do Ocidente, há muitas garotas, sempre prontas para um programa – o único senão é que não se consegue encontrar tinta vermelha.” Neste caso, a estrutura é mais refinada do que indicam as aparências: apesar de não ter como usar o código combinado para indicar que tudo o que está dito é mentira, mesmo assim ele consegue passar a mensagem. Como? Pela introdução da referência ao código, como um de seus elementos, na própria mensagem codificada.
(Bem-vindo ao deserto do real!, 2003.)
Na Europa, os artistas continuam a explorar caminhos - UNESP 2018
Língua Portuguesa - 2018Na Europa, os artistas continuam a explorar caminhos traçados pelos primeiros pintores abstratos. Mas a abstração desses artistas não é geométrica: sua pintura não representa nenhuma realidade, tampouco procura reproduzir formas precisas. Cada artista inventa sua própria linguagem. Cores, formas e luz são exploradas, desenvolvidas e invadem as telas. Traços vivos e dinâmicos... Para cada um, uma abstração, um lirismo.
According to the cartoon, Shep a) considers his friend - UNESP 2018
Inglês - 2018Examine a tira para responder às questões de 21 a 23.

(http://roadapplesalmanac.com. Adaptado.)
Assinale a alternativa que completa a lacuna da tira. - UNESP 2018
Inglês - 2018Examine a tira para responder às questões de 21 a 23.

(http://roadapplesalmanac.com. Adaptado.)
No trecho do terceiro quadrinho “We’re not that dumb!”, o - UNESP 2018
Inglês - 2018Examine a tira para responder às questões de 21 a 23.

(http://roadapplesalmanac.com. Adaptado.)
According to the first and second paragraphs, the brain - UNESP 2018
Inglês - 2018Leia o texto para responder às questões de 24 a 30.
When does the brain work best?
The peak times and ages for learning

Pixabay
What’s your ideal time of the day for brain performance? Surprisingly, the answer to this isn’t as simple as being a morning or a night person. New research has shown that certain times of the day are best for completing specific tasks, and listening to your body’s natural clock may help you to accomplish more in 24 hours.
Science suggests that the best time for our natural peak productivity is late morning. Our body temperatures start to rise just before we wake up in the morning and continue to increase through midday, Steve Kay, a professor of molecular and computational biology at the University of Southern California told The Wall Street Journal. This gradual increase in body temperature means that our working memory, alertness, and concentration also gradually improve, peaking at about mid morning. Our alertness tends to dip after this point, but one study suggested that midday fatigue may actually boost our creative abilities. For a 2011 study, 428 students were asked to solve a series of two types of problems, requiring either analytical or novel thinking. Results showed that their performance on the second type was best at nonpeak times of day when they were tired.
As for the age where our brains are at peak condition, science has long held that fluid intelligence, or the ability to think quickly and recall information, peaks at around age 20. However, a 2015 study revealed that peak brain age is far more complicated than previously believed and concluded that there are about 30 subsets of intelligence, all of which peak at different ages for different people. For example, the study found that raw speed in processing information appears to peak around age 18 or 19, then immediately starts to decline, but short-term memory continues to improve until around age 25, and then begins to drop around age 35, Medical Xpress reported. The ability to evaluate other people’s emotional states peaked much later, in the 40s or 50s. In addition, the study suggested that out our vocabulary may peak as late as our 60s’s or 70’s.
Still, while working according to your body’s natural clock may sound helpful, it’s important to remember that these times may differ from person to person. On average, people can be divided into two distinct groups: morning people tend to wake up and go to sleep earlier and to be most productive early in the day. Evening people tend to wake up later, start more slowly and peak in the evening. If being a morning or evening person has been working for you the majority of your life, it may be best to not fix what’s not broken.
(Dana Dovey. www.medicaldaily.com, 08.08.2016. Adaptado.)
According to the second paragraph, the 2011 study showed - UNESP 2018
Inglês - 2018Leia o texto para responder às questões de 24 a 30.
When does the brain work best?
The peak times and ages for learning

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What’s your ideal time of the day for brain performance? Surprisingly, the answer to this isn’t as simple as being a morning or a night person. New research has shown that certain times of the day are best for completing specific tasks, and listening to your body’s natural clock may help you to accomplish more in 24 hours.
Science suggests that the best time for our natural peak productivity is late morning. Our body temperatures start to rise just before we wake up in the morning and continue to increase through midday, Steve Kay, a professor of molecular and computational biology at the University of Southern California told The Wall Street Journal. This gradual increase in body temperature means that our working memory, alertness, and concentration also gradually improve, peaking at about mid morning. Our alertness tends to dip after this point, but one study suggested that midday fatigue may actually boost our creative abilities. For a 2011 study, 428 students were asked to solve a series of two types of problems, requiring either analytical or novel thinking. Results showed that their performance on the second type was best at nonpeak times of day when they were tired.
As for the age where our brains are at peak condition, science has long held that fluid intelligence, or the ability to think quickly and recall information, peaks at around age 20. However, a 2015 study revealed that peak brain age is far more complicated than previously believed and concluded that there are about 30 subsets of intelligence, all of which peak at different ages for different people. For example, the study found that raw speed in processing information appears to peak around age 18 or 19, then immediately starts to decline, but short-term memory continues to improve until around age 25, and then begins to drop around age 35, Medical Xpress reported. The ability to evaluate other people’s emotional states peaked much later, in the 40s or 50s. In addition, the study suggested that out our vocabulary may peak as late as our 60s’s or 70’s.
Still, while working according to your body’s natural clock may sound helpful, it’s important to remember that these times may differ from person to person. On average, people can be divided into two distinct groups: morning people tend to wake up and go to sleep earlier and to be most productive early in the day. Evening people tend to wake up later, start more slowly and peak in the evening. If being a morning or evening person has been working for you the majority of your life, it may be best to not fix what’s not broken.
(Dana Dovey. www.medicaldaily.com, 08.08.2016. Adaptado.)
De acordo com o terceiro parágrafo, o estudo de 2015 - UNESP 2018
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What’s your ideal time of the day for brain performance? Surprisingly, the answer to this isn’t as simple as being a morning or a night person. New research has shown that certain times of the day are best for completing specific tasks, and listening to your body’s natural clock may help you to accomplish more in 24 hours.
Science suggests that the best time for our natural peak productivity is late morning. Our body temperatures start to rise just before we wake up in the morning and continue to increase through midday, Steve Kay, a professor of molecular and computational biology at the University of Southern California told The Wall Street Journal. This gradual increase in body temperature means that our working memory, alertness, and concentration also gradually improve, peaking at about mid morning. Our alertness tends to dip after this point, but one study suggested that midday fatigue may actually boost our creative abilities. For a 2011 study, 428 students were asked to solve a series of two types of problems, requiring either analytical or novel thinking. Results showed that their performance on the second type was best at nonpeak times of day when they were tired.
As for the age where our brains are at peak condition, science has long held that fluid intelligence, or the ability to think quickly and recall information, peaks at around age 20. However, a 2015 study revealed that peak brain age is far more complicated than previously believed and concluded that there are about 30 subsets of intelligence, all of which peak at different ages for different people. For example, the study found that raw speed in processing information appears to peak around age 18 or 19, then immediately starts to decline, but short-term memory continues to improve until around age 25, and then begins to drop around age 35, Medical Xpress reported. The ability to evaluate other people’s emotional states peaked much later, in the 40s or 50s. In addition, the study suggested that out our vocabulary may peak as late as our 60s’s or 70’s.
Still, while working according to your body’s natural clock may sound helpful, it’s important to remember that these times may differ from person to person. On average, people can be divided into two distinct groups: morning people tend to wake up and go to sleep earlier and to be most productive early in the day. Evening people tend to wake up later, start more slowly and peak in the evening. If being a morning or evening person has been working for you the majority of your life, it may be best to not fix what’s not broken.
(Dana Dovey. www.medicaldaily.com, 08.08.2016. Adaptado.)
No trecho do terceiro parágrafo “However, a 2015 study - UNESP 2018
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When does the brain work best?
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What’s your ideal time of the day for brain performance? Surprisingly, the answer to this isn’t as simple as being a morning or a night person. New research has shown that certain times of the day are best for completing specific tasks, and listening to your body’s natural clock may help you to accomplish more in 24 hours.
Science suggests that the best time for our natural peak productivity is late morning. Our body temperatures start to rise just before we wake up in the morning and continue to increase through midday, Steve Kay, a professor of molecular and computational biology at the University of Southern California told The Wall Street Journal. This gradual increase in body temperature means that our working memory, alertness, and concentration also gradually improve, peaking at about mid morning. Our alertness tends to dip after this point, but one study suggested that midday fatigue may actually boost our creative abilities. For a 2011 study, 428 students were asked to solve a series of two types of problems, requiring either analytical or novel thinking. Results showed that their performance on the second type was best at nonpeak times of day when they were tired.
As for the age where our brains are at peak condition, science has long held that fluid intelligence, or the ability to think quickly and recall information, peaks at around age 20. However, a 2015 study revealed that peak brain age is far more complicated than previously believed and concluded that there are about 30 subsets of intelligence, all of which peak at different ages for different people. For example, the study found that raw speed in processing information appears to peak around age 18 or 19, then immediately starts to decline, but short-term memory continues to improve until around age 25, and then begins to drop around age 35, Medical Xpress reported. The ability to evaluate other people’s emotional states peaked much later, in the 40s or 50s. In addition, the study suggested that out our vocabulary may peak as late as our 60s’s or 70’s.
Still, while working according to your body’s natural clock may sound helpful, it’s important to remember that these times may differ from person to person. On average, people can be divided into two distinct groups: morning people tend to wake up and go to sleep earlier and to be most productive early in the day. Evening people tend to wake up later, start more slowly and peak in the evening. If being a morning or evening person has been working for you the majority of your life, it may be best to not fix what’s not broken.
(Dana Dovey. www.medicaldaily.com, 08.08.2016. Adaptado.)
As informações apresentadas no quarto parágrafo - UNESP 2018
Inglês - 2018Leia o texto para responder às questões de 24 a 30.
When does the brain work best?
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What’s your ideal time of the day for brain performance? Surprisingly, the answer to this isn’t as simple as being a morning or a night person. New research has shown that certain times of the day are best for completing specific tasks, and listening to your body’s natural clock may help you to accomplish more in 24 hours.
Science suggests that the best time for our natural peak productivity is late morning. Our body temperatures start to rise just before we wake up in the morning and continue to increase through midday, Steve Kay, a professor of molecular and computational biology at the University of Southern California told The Wall Street Journal. This gradual increase in body temperature means that our working memory, alertness, and concentration also gradually improve, peaking at about mid morning. Our alertness tends to dip after this point, but one study suggested that midday fatigue may actually boost our creative abilities. For a 2011 study, 428 students were asked to solve a series of two types of problems, requiring either analytical or novel thinking. Results showed that their performance on the second type was best at nonpeak times of day when they were tired.
As for the age where our brains are at peak condition, science has long held that fluid intelligence, or the ability to think quickly and recall information, peaks at around age 20. However, a 2015 study revealed that peak brain age is far more complicated than previously believed and concluded that there are about 30 subsets of intelligence, all of which peak at different ages for different people. For example, the study found that raw speed in processing information appears to peak around age 18 or 19, then immediately starts to decline, but short-term memory continues to improve until around age 25, and then begins to drop around age 35, Medical Xpress reported. The ability to evaluate other people’s emotional states peaked much later, in the 40s or 50s. In addition, the study suggested that out our vocabulary may peak as late as our 60s’s or 70’s.
Still, while working according to your body’s natural clock may sound helpful, it’s important to remember that these times may differ from person to person. On average, people can be divided into two distinct groups: morning people tend to wake up and go to sleep earlier and to be most productive early in the day. Evening people tend to wake up later, start more slowly and peak in the evening. If being a morning or evening person has been working for you the majority of your life, it may be best to not fix what’s not broken.
(Dana Dovey. www.medicaldaily.com, 08.08.2016. Adaptado.)
No trecho do quarto parágrafo “while working according - UNESP 2018
Inglês - 2018Leia o texto para responder às questões de 24 a 30.
When does the brain work best?
The peak times and ages for learning

Pixabay
What’s your ideal time of the day for brain performance? Surprisingly, the answer to this isn’t as simple as being a morning or a night person. New research has shown that certain times of the day are best for completing specific tasks, and listening to your body’s natural clock may help you to accomplish more in 24 hours.
Science suggests that the best time for our natural peak productivity is late morning. Our body temperatures start to rise just before we wake up in the morning and continue to increase through midday, Steve Kay, a professor of molecular and computational biology at the University of Southern California told The Wall Street Journal. This gradual increase in body temperature means that our working memory, alertness, and concentration also gradually improve, peaking at about mid morning. Our alertness tends to dip after this point, but one study suggested that midday fatigue may actually boost our creative abilities. For a 2011 study, 428 students were asked to solve a series of two types of problems, requiring either analytical or novel thinking. Results showed that their performance on the second type was best at nonpeak times of day when they were tired.
As for the age where our brains are at peak condition, science has long held that fluid intelligence, or the ability to think quickly and recall information, peaks at around age 20. However, a 2015 study revealed that peak brain age is far more complicated than previously believed and concluded that there are about 30 subsets of intelligence, all of which peak at different ages for different people. For example, the study found that raw speed in processing information appears to peak around age 18 or 19, then immediately starts to decline, but short-term memory continues to improve until around age 25, and then begins to drop around age 35, Medical Xpress reported. The ability to evaluate other people’s emotional states peaked much later, in the 40s or 50s. In addition, the study suggested that out our vocabulary may peak as late as our 60s’s or 70’s.
Still, while working according to your body’s natural clock may sound helpful, it’s important to remember that these times may differ from person to person. On average, people can be divided into two distinct groups: morning people tend to wake up and go to sleep earlier and to be most productive early in the day. Evening people tend to wake up later, start more slowly and peak in the evening. If being a morning or evening person has been working for you the majority of your life, it may be best to not fix what’s not broken.
(Dana Dovey. www.medicaldaily.com, 08.08.2016. Adaptado.)
O trecho do quarto parágrafo “it may be best to not fix - UNESP 2018
Inglês - 2018Leia o texto para responder às questões de 24 a 30.
When does the brain work best?
The peak times and ages for learning

Pixabay
What’s your ideal time of the day for brain performance? Surprisingly, the answer to this isn’t as simple as being a morning or a night person. New research has shown that certain times of the day are best for completing specific tasks, and listening to your body’s natural clock may help you to accomplish more in 24 hours.
Science suggests that the best time for our natural peak productivity is late morning. Our body temperatures start to rise just before we wake up in the morning and continue to increase through midday, Steve Kay, a professor of molecular and computational biology at the University of Southern California told The Wall Street Journal. This gradual increase in body temperature means that our working memory, alertness, and concentration also gradually improve, peaking at about mid morning. Our alertness tends to dip after this point, but one study suggested that midday fatigue may actually boost our creative abilities. For a 2011 study, 428 students were asked to solve a series of two types of problems, requiring either analytical or novel thinking. Results showed that their performance on the second type was best at nonpeak times of day when they were tired.
As for the age where our brains are at peak condition, science has long held that fluid intelligence, or the ability to think quickly and recall information, peaks at around age 20. However, a 2015 study revealed that peak brain age is far more complicated than previously believed and concluded that there are about 30 subsets of intelligence, all of which peak at different ages for different people. For example, the study found that raw speed in processing information appears to peak around age 18 or 19, then immediately starts to decline, but short-term memory continues to improve until around age 25, and then begins to drop around age 35, Medical Xpress reported. The ability to evaluate other people’s emotional states peaked much later, in the 40s or 50s. In addition, the study suggested that out our vocabulary may peak as late as our 60s’s or 70’s.
Still, while working according to your body’s natural clock may sound helpful, it’s important to remember that these times may differ from person to person. On average, people can be divided into two distinct groups: morning people tend to wake up and go to sleep earlier and to be most productive early in the day. Evening people tend to wake up later, start more slowly and peak in the evening. If being a morning or evening person has been working for you the majority of your life, it may be best to not fix what’s not broken.
(Dana Dovey. www.medicaldaily.com, 08.08.2016. Adaptado.)
O mapa do Império Romano na época de Augusto (27 a.C. - UNESP 2018
História - 2018
(http://recursostic.educacion.es.)
A migração de Maomé e seus seguidores, em 622, de Meca - UNESP 2018
História - 2018A migração de Maomé e seus seguidores, em 622, de Meca para Medina permitiu a consolidação da religião muçulmana que incluía, entre outros princípios,
A afirmação de que os primeiros traços da presença - UNESP 2018
História - 2018Leia o texto para responder às questões de 33 a 36.
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias.
A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
Os problemas ocorridos na colonização das ilhas do Caribe - UNESP 2018
História - 2018Leia o texto para responder às questões de 33 a 36.
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias.
A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
As epidemias provocadas pelos contatos entre europeus e - UNESP 2018
História - 2018Leia o texto para responder às questões de 33 a 36.
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias.
A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
“A instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e - UNESP 2018
História - 2018Leia o texto para responder às questões de 33 a 36.
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias.
A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
É correto interpretar a charge, que representa D. Pedro - UNESP 2018
História - 2018
(Agostini, 05.02.1887. Apud Renato Lemos. Uma história do Brasil através da caricatura, 2006.)
Entre as manifestações místicas presentes no Nordeste - UNESP 2018
História - 2018Entre as manifestações místicas presentes no Nordeste brasileiro no final do Império e nas primeiras décadas da República, identificam-se
A Nação terá em qualquer tempo o direito de impor à - UNESP 2018
História - 2018A Nação terá em qualquer tempo o direito de impor à propriedade privada as modalidades ditadas pelo interesse público [...]. Com esse objetivo serão determinadas as medidas necessárias ao fracionamento dos latifúndios [...]. Os povoados, vilarejos e comunidades que careçam de terras e águas ou não as tenham em quantidades suficientes para as necessidades de sua população terão direito a elas, tomando-as das propriedades vizinhas, porém respeitando, sempre, a pequena propriedade.
A corporação tem como objetivo aumentar sempre o poder - UNESP 2018
História - 2018A corporação tem como objetivo aumentar sempre o poder global da Nação em vista de sua extensão no mundo. É justo afirmar o valor internacional da nossa organização, pois é no campo internacional somente que serão avaliadas as raças e as nações, quando a Europa, daqui a alguns tempos, apesar do nosso firme e sincero desejo de colaboração e de paz, tiver novamente chegado a outra encruzilhada dos destinos.
A participação norte-americana na Guerra do Vietnã, entre - UNESP 2018
História - 2018A participação norte-americana na Guerra do Vietnã, entre 1961 e 1973, pode ser interpretada como
Em meados da década de 1970, as condições externas que - UNESP 2018
História - 2018Em meados da década de 1970, as condições externas que haviam sustentado o sucesso econômico do regime militar sofreram alterações profundas.
Em 03.04.2017, o jornal El País publicou matéria que pode - UNESP 2018
Geografia - 2018Em 03.04.2017, o jornal El País publicou matéria que pode ser assim resumida:
Os países ___________ não têm poder político sobre os demais Estados Partes, mas possuem ferramentas para tentar reconduzir a situação de um membro, caso esse se afaste dos princípios do Tratado de Assunção, assinado em 1991. Nessa perspectiva, insere-se a aplicação da cláusula democrática do bloco sobre a ______________, em função da crise política, institucional, social, de abastecimento e econômica que atravessa o país.
Examine a tira Armandinho, do cartunista Alexandre Beck. - UNESP 2018
Geografia - 2018Examine a tira Armandinho, do cartunista Alexandre Beck.

Esse produto percorreu ampla região, desde o Morro da - UNESP 2018
Geografia - 2018Esse produto percorreu ampla região, desde o Morro da Tijuca, no Rio de Janeiro, no primeiro quartel do século XIX, até o norte do Paraná, onde praticamente cessou sua marcha na década de 1970. Nesse período, seu percurso deixou marcas significativas na paisagem: vasta rede urbana e densa malha ferroviária, solos empobrecidos pela erosão, florestas dizimadas e extensivas pastagens, quase sempre de baixa produtividade.
A quarta estrofe da canção faz alusão ao processo - UNESP 2018
Geografia - 2018Leia a letra da canção “Chão”, de Lenine e Lula Queiroga, para responder às questões 46 e 47.
Chão chega perto do céu,
Quando você levanta a cabeça e tira o chapéu.
Chão cabe na minha mão,
O pequeno latifúndio do seu coração.
Chão quando quer descer,
Faz uma ladeira.
Chão quando quer crescer,
Vira cordilheira.
Chão segue debaixo do mar,
O assoalho do planeta e do terceiro andar.
Chão onde a vista alcançar,
Todo e qualquer caminho pra percorrer e chegar.
Chão quando quer sumir,
Se esconde num buraco.
Chão se quer sacudir,
Vira um terremoto.
O chão quando foge dos pés,
Tudo perde a gravidade,
Então ficaremos só nós,
A um palmo do chão da cidade.
(www.lenine.com.br. Adaptado.)
O termo “terremoto”, presente na oitava estrofe da canção - UNESP 2018
Geografia - 2018Leia a letra da canção “Chão”, de Lenine e Lula Queiroga, para responder às questões 46 e 47.
Chão chega perto do céu,
Quando você levanta a cabeça e tira o chapéu.
Chão cabe na minha mão,
O pequeno latifúndio do seu coração.
Chão quando quer descer,
Faz uma ladeira.
Chão quando quer crescer,
Vira cordilheira.
Chão segue debaixo do mar,
O assoalho do planeta e do terceiro andar.
Chão onde a vista alcançar,
Todo e qualquer caminho pra percorrer e chegar.
Chão quando quer sumir,
Se esconde num buraco.
Chão se quer sacudir,
Vira um terremoto.
O chão quando foge dos pés,
Tudo perde a gravidade,
Então ficaremos só nós,
A um palmo do chão da cidade.
(www.lenine.com.br. Adaptado.)
O cerrado brasileiro é conhecido como o “berço das águas” - UNESP 2018
Geografia - 2018O cerrado brasileiro é conhecido como o “berço das águas” da América do Sul, pois abastece as grandes bacias hidrográficas e reservatórios de água doce do continente.

Leia o fragmento do romance O orfanato da srta. Peregrine - UNESP 2018
Geografia - 2018Leia o fragmento do romance O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares, de Ranson Riggs, e analise o mapa.
Apesar dos avisos e até das ameaças do conselho, no verão de 1908 meus irmãos e centenas de outros membros dessa facção renegada, todos traidores, viajaram para a tundra siberiana para levar a cabo seu experimento odioso. Escolheram uma velha fenda sem nome, que estava havia séculos sem uso.
(O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares, 2015. Adaptado.)

A figura ilustra a alteração na distribuição das como - UNESP 2018
Geografia - 2018
A figura ilustra a alteração na distribuição das como resultado de três décadas de desmatamento em certo setor da Floresta Amazônica. O “deslocamento” desse tipo de precipitação é um efeito das variações horizontais da rugosidade da superfície, que promovem a concentração da pluviosidade nas bordas das áreas desmatadas. Essa mudança na circulação atmosférica pode ter como consequência na região.
TEXTO 1 A água sai de Cabrobó Parnamirim, Salgueiro Até - UNESP 2018
Geografia - 2018TEXTO 1
A água sai de Cabrobó
Parnamirim, Salgueiro
Até Jati
Deixe o rio desaguar doutor
Pra acabar
Com o sofrimento daqui
O São Francisco
Com sua transposição
No meu Nordeste
O progresso vai chegar
[...]
Na contramão
O meu sertão não vai ficar
(Aracílio Araújo. “Deixe o rio desaguar”. www.letras.mus.br.)
TEXTO 2
Os vazanteiros, que fazem horticultura no leito dos rios que perdem fluxo durante o ano, serão os primeiros a serem totalmente prejudicados. Mas os técnicos insensíveis dirão com enfado: “a cultura de vazante já era”, postergando a realocação dos heróis que abastecem as feiras dos sertões. A eles se deve conceder a prioridade em relação aos espaços irrigáveis a serem implantados com a transposição. De imediato, porém, serão os proprietários absenteístas1 da beira alta e colinas sertanejas que terão água disponível para o gado, o que agregará ainda mais valor às suas terras.
(Aziz N. Ab’Sáber. “A quem serve a transposição das águas do São Francisco?”. CartaCapital, 22.03.2011. Adaptado.)
1absenteísmo: sistema de exploração da terra em que o proprietário confia sua administração a intermediários, empreiteiros, rendeiros ou feitores.Chancelado na cidade de mesmo nome no Canadá em 1987, o - UNESP 2018
Geografia - 2018Chancelado na cidade de mesmo nome no Canadá em 1987, o Protocolo de Montreal completa 30 anos em 2017. Esse tratado é considerado um dos mais bem sucedidos da história, prescrevendo obrigações aos 197 países signatários em conformidade com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas à luz das diversas circunstâncias nacionais.
No encerramento da temporada regular 2015-2016 da liga - UNESP 2018
Geografia - 2018No encerramento da temporada regular 2015-2016 da liga americana de basquete, o ídolo do Los Angeles Lakers, Kobe Bryant, despediu-se das quadras numa partida diante do Utah Jazz. O jogo foi realizado na Califórnia, que fica no fuso horário 120º oeste, no dia 13.04.2016 às 19h30 (horário local).
Hajime Narukawa, arquiteto japonês, desenvolveu uma - UNESP 2018
Geografia - 2018Hajime Narukawa, arquiteto japonês, desenvolveu uma projeção cartográfica mediante a modelagem de poliedros. Denominada de Authagraph, a sua proposta permite a representação da superfície terrestre em um plano retangular sem lacunas, mantendo de modo substancial a área e a forma de todos os oceanos e continentes, incluindo a Antártida, que foi negligenciada em muitos mapas.
Sou imperfeito, logo existo. Sustento que o ser ou é ou - UNESP 2018
Filosofia - 2018Sou imperfeito, logo existo. Sustento que o ser ou é ou não é nada. Sustento que uma pessoa com deficiência intelectual é um ser com carências e imperfeições. Sustento que eu, você e ele somos seres com carências e imperfeições. Portanto, concluo que nós, os seres humanos, pelo fato de existir, somos – TODOS – incapazes e capazes intelectualmente. A diferença entre um autista severo e eu é o grau de carência, não a diferença entre o que somos. A “razão alterada” é um tipo de racionalidade diferenciada que considera as pessoas como seres únicos e não categorizados em padrões sociais que agrupam as pessoas por níveis, índices ou coeficientes.
De um lado, dizem os materialistas, a mente é um processo - UNESP 2018
Filosofia - 2018De um lado, dizem os materialistas, a mente é um processo material ou físico, um produto do funcionamento cerebral. De outro lado, de acordo com as visões não materialistas, a mente é algo diferente do cérebro, podendo existir além dele. Ambas as posições estão enraizadas em uma longa tradição filosófica, que remonta pelo menos à Grécia Antiga. Assim, enquanto Demócrito defendia a ideia de que tudo é composto de átomos e todo pensamento é causado por seus movimentos físicos, Platão insistia que o intelecto humano é imaterial e que a alma sobrevive à morte do corpo.
Texto 1 Victor Frankl descrevia o fanático por dois - UNESP 2018
Filosofia - 2018Texto 1
Victor Frankl descrevia o fanático por dois traços essenciais: a absorção da própria individualidade na ideologia coletiva e o desprezo pela individualidade alheia. “Individualidade” é a combinação singular de fatores que faz de cada ser humano um exemplar único e insubstituível. O que o fanático nega aos demais seres humanos é o direito de definir-se nos seus próprios termos. Só valem os termos dele. Para ele, em suma, você não existe como indivíduo real e independente. Só existe como tipo: “amigo” ou “inimigo”. Uma vez definido como “inimigo”, você se torna, para todos os fins, idêntico e indiscernível de todos os demais “inimigos”, por mais estranhos e repelentes que você próprio os julgue.
(Olavo de Carvalho. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, 2013. Adaptado.)
Texto 2
É necessário questionar a função de amparo identitário de todas as formas de organização de massas – partidos, igrejas, sindicatos – independente de seu objetivo político manifesto, de esquerda ou de direita. Não é descabido supor que qualquer organização de massas tenha o potencial de favorecer em seus membros a adesão à identidade de vítimas, sendo um sério obstáculo à luta pela autonomia e pela liberdade de seus membros.
(Maria Rita Kehl. Ressentimento, 2015. Adaptado.)
A mídia é estética porque o seu poder de convencimento - UNESP 2018
Sociologia - 2018A mídia é estética porque o seu poder de convencimento, a sua força de verdade e autoridade, passa por categorias do entendimento humano que estão pautadas na sensibilidade, e não na racionalidade. A mídia nos influencia por imagens, e não por argumentos. Se a propaganda de um carro nos promete o dom da liberdade absoluta e não o entrega, a propaganda política não vai ser mais cuidadosa na entrega de suas promessas simbólicas, mesmo porque ela se alimenta das mesmas categorias de discurso messiânico que a religião, outra grande área de venda de castelos no ar.
Os homens, diz antigo ditado grego, atormentam-se com a - UNESP 2018
Filosofia - 2018Os homens, diz antigo ditado grego, atormentam-se com a ideia que têm das coisas e não com as coisas em si. Seria grande passo, em alívio da nossa miserável condição, se se provasse que isso é uma verdade absoluta. Pois se o mal só tem acesso em nós porque julgamos que o seja, parece que estaria em nosso poder não o levarmos a sério ou o colocarmos a nosso serviço. Por que atribuir à doença, à indigência, ao desprezo um gosto ácido e mau se o podemos modificar? Pois o destino apenas suscita o incidente; a nós é que cabe determinar a qualidade de seus efeitos.
Posto que as qualidades que impressionam nossos sentidos - UNESP 2018
Filosofia - 2018Posto que as qualidades que impressionam nossos sentidos estão nas próprias coisas, é claro que as ideias produzidas na mente entram pelos sentidos. O entendimento não tem o poder de inventar ou formar uma única ideia simples na mente que não tenha sido recebida pelos sentidos. Gostaria que alguém tentasse imaginar um gosto que jamais impressionou seu paladar, ou tentasse formar a ideia de um aroma que nunca cheirou. Quando puder fazer isso, concluirei também que um cego tem ideias das cores, e um surdo, noções reais dos diversos sons.
Considere a notícia sobre o controle biológico de pragas - UNESP 2018
Biologia - 2018Considere a notícia sobre o controle biológico de pragas adotado pela prefeitura de Paris e as pirâmides ecológicas apresentadas logo a seguir.
Para combater parasitas que têm consumido a vegetação de Paris, a prefeitura distribuiu aos moradores 40000 larvas de joaninhas, predador natural desses organismos e que pode substituir pesticidas.
(Veja, 05.04.2017. Adaptado.)

Marina não menstruou na data prevista e então comprou um - UNESP 2018
Biologia - 2018Marina não menstruou na data prevista e então comprou um teste para gravidez. A figura ilustra a realização do teste, que indicou que Marina estaria grávida.

Em uma aula de campo, os alunos encontraram, crescendo - UNESP 2018
Biologia - 2018Em uma aula de campo, os alunos encontraram, crescendo sobre um tronco caído na mata, organismos conhecidos como orelhas-de-pau. O fato que chamou a atenção dos alunos foi que alguns desses organismos eram de cor verde, como mostra a figura.

Paula afirmou que o organismo observado era um fungo fotossintetizante e portanto autótrofo.
Gilberto concordou que seria um fungo fotossintetizante, mas, por estar crescendo em um tronco em decomposição, seria heterótrofo necessariamente.
Ricardo sugeriu que o organismo observado, na verdade, eram dois organismos, um autótrofo e outro heterótrofo.
Tiago complementou a ideia de Ricardo, afirmando tratar-se de um musgo, que é uma associação entre um fungo e uma alga.
Fernanda discordou de Tiago, afirmando tratar-se de um líquen, no qual o fungo fornece os carboidratos necessários para o crescimento da alga.
Analise as imagens de uma mesma planta sob as mesmas - UNESP 2018
Biologia - 2018Analise as imagens de uma mesma planta sob as mesmas condições de luminosidade e sob condições hídricas distintas.


Os gráficos apresentam as taxas de respiração e de - UNESP 2018
Biologia - 2018Os gráficos apresentam as taxas de respiração e de fotossíntese de uma planta em função da intensidade luminosa a que é submetida.

Ao longo da evolução dos vertebrados, alguns grupos - UNESP 2018
Biologia - 2018Ao longo da evolução dos vertebrados, alguns grupos passaram a explorar o ambiente terrestre, o que demandou adaptações que permitissem o desenvolvimento do embrião nesse novo ambiente. A mais emblemática dessas adaptações talvez seja o âmnio, razão pela qual os répteis (incluindo as aves) e os mamíferos são chamados de amniotas.
Uma professora explicava a seus alunos que a - UNESP 2018
Biologia - 2018Uma professora explicava a seus alunos que a transpiração contribui para o controle da temperatura corporal e que os desodorantes antitranspirantes apresentam em sua composição sal de alumínio, o qual obstrui os ductos sudoríparos, impedindo a saída do suor.
Um dos alunos perguntou à professora o que aconteceria se uma generosa dose de desodorante antitranspirante fosse borrifada no corpo de uma barata e no corpo de uma lagartixa.
As figuras representam células de duas espécies animais - UNESP 2018
Biologia - 2018As figuras representam células de duas espécies animais, 1 e 2. Na célula da espécie 1, dois genes, que determinam duas diferentes características, estão presentes no mesmo cromossomo. Na célula da espécie 2, esses dois genes estão presentes em cromossomos diferentes.

Considere os elementos K, Co, As e Br, todos localizados - UNESP 2018
Química - 2018Considere os elementos K, Co, As e Br, todos localizados no quarto período da Classificação Periódica.
Bicarbonato de sódio sólido aquecido se decompõe - UNESP 2018
Química - 2018Bicarbonato de sódio sólido aquecido se decompõe, produzindo carbonato de sódio sólido, além de água e dióxido de carbono gasosos. O gráfico mostra os resultados de um experimento em que foram deter minadas as massas de carbonato de sódio obtidas pela decomposição de diferentes massas de bicarbonato de sódio.

De acordo com o Relatório Anual de 2016 da Qualidade da - UNESP 2018
Química - 2018De acordo com o Relatório Anual de 2016 da Qualidade da Água, publicado pela Sabesp, a concentração de cloro na água potável da rede de distribuição deve estar entre 0,2 mg/L, limite mínimo, e 5,0 mg/L, limite máximo.
Sob temperatura constante, acrescentou-se cloreto de - UNESP 2018
Química - 2018Sob temperatura constante, acrescentou-se cloreto de sódio em água até sobrar sal sem se dissolver, como corpo de fundo. Estabeleceu-se assim o seguinte equilíbrio:

Mantendo a temperatura constante, foi acrescentada mais uma porção de NaCl (s). Com isso, observa-se que a condutibilidade elétrica da solução sobrenadante _________, a quantidade de corpo de fundo ________ e a concentração de íons em solução _________.
Analise os três diagramas de entalpia. O ΔH da combustão - UNESP 2018
Química - 2018Analise os três diagramas de entalpia.

O ciclo do enxofre é fundamental para os solos dos - UNESP 2018
Química - 2018O ciclo do enxofre é fundamental para os solos dos manguezais. Na fase anaeróbica, bactérias reduzem o sulfato para produzir o gás sulfeto de hidrogênio. Os processos que ocorrem são os seguintes:

Examine as estruturas do ortocresol e do álcool benzílico - UNESP 2018
Química - 2018Examine as estruturas do ortocresol e do álcool benzílico.

Juliana pratica corridas e consegue correr 5,0 km em meia - UNESP 2018
Física - 2018Juliana pratica corridas e consegue correr 5,0 km em meia hora. Seu próximo desafio é participar da corrida de São Silvestre, cujo percurso é de 15 km. Como é uma distância maior do que a que está acostumada a correr, seu instrutor orientou que diminuísse sua velocidade média habitual em 40% durante a nova prova.
Uma minicama elástica é constituída por uma superfície - UNESP 2018
Física - 2018Uma minicama elástica é constituída por uma superfície elástica presa a um aro lateral por 32 molas idênticas, como mostra a figura. Quando uma pessoa salta sobre esta minicama, transfere para ela uma quantidade de energia que é absorvida pela superfície elástica e pelas molas.

A figura mostra a trajetória de um projétil lançado - UNESP 2018
Física - 2018A figura mostra a trajetória de um projétil lançado obliquamente e cinco pontos equidistantes entre si e localizados sobre o solo horizontal. Os pontos e a trajetória do projétil estão em um mesmo plano vertical.

No instante em que atingiu o ponto mais alto da trajetória, o projétil explodiu, dividindo-se em dois fragmentos, A e B, de massas MA e MB, respectivamente, tal que MA = 2MB. Desprezando a resistência do ar e considerando que a velocidade do projétil imediatamente antes da explosão
O gráfico mostra o fluxo térmico do ser humano em função - UNESP 2018
Física - 2018O gráfico mostra o fluxo térmico do ser humano em função da temperatura ambiente em um experimento no qual o metabolismo basal foi mantido constante. A linha azul representa o calor trocado com o meio por evaporação (E) e a linha vermelha, o calor trocado com o meio por radiação e convecção (RC).

Um dos fatores que contribuíram para a aceitação do - UNESP 2018
Física - 2018Um dos fatores que contribuíram para a aceitação do modelo atômico proposto por Niels Bohr em 1913 foi a explicação dos espectros da luz emitida por átomos de gases aquecidos, que podem ser observados por meio de um aparelho chamado espectroscópio, cujo esquema está representado na figura. Nesse equipamento, a luz emitida por um gás atravessa uma fenda em um anteparo opaco, forma um estreito feixe que incide em um elemento óptico, no qual sofre dispersão. Essa luz dispersada incide em um detector, onde é realizado o registro do espectro.

Define-se a intensidade de uma onda (I) como potência - UNESP 2018
Física - 2018Define-se a intensidade de uma onda (I) como potência transmitida por unidade de área disposta perpendicularmente à direção de propagação da onda. Porém, essa definição não é adequada para medir nossa percepção de sons, pois nosso sistema auditivo não responde de forma linear à intensidade das ondas incidentes, mas de forma logarítmica. Define-se, então, nível sonoro (β) como β = 10 log I/I, sendo β dado em decibels (dB) e I0 = 10–12 W/m2.
Para obter experimentalmente a curva da diferença de - UNESP 2018
Física - 2018Para obter experimentalmente a curva da diferença de potencial U em função da intensidade da corrente elétrica i para uma lâmpada, um aluno montou o circuito a seguir. Colocando entre os pontos A e B resistores com diversos valores de resistência, ele obteve diferentes valores de U e de i para a lâmpada.

O ibuprofeno é uma medicação prescrita para dor e febre - UNESP 2018
Matemática - 2018O ibuprofeno é uma medicação prescrita para dor e febre, com meia-vida de aproximadamente 2 horas. Isso significa que, por exemplo, depois de 2 horas da ingestão de 200 mg de ibuprofeno, permanecerão na corrente sanguínea do paciente apenas 100 mg da medicação. Após mais 2 horas (4 horas no total), apenas 50 mg permanecerão na corrente sanguínea e, assim, sucessivamente.
A figura indica um trapézio ABCD no plano cartesiano. - UNESP 2018
Matemática - 2018A figura indica um trapézio ABCD no plano cartesiano.

Os estudantes 1, 2 e 3 concorreram a um mesmo cargo da - UNESP 2018
Matemática - 2018Os estudantes 1, 2 e 3 concorreram a um mesmo cargo da diretoria do grêmio de uma faculdade da UNESP, sendo que 1 obteve 6,25% do total de votos que os três receberam para esse cargo. Na figura, a área de cada um dos três retângulos representa a porcentagem de votos obtidos pelo candidato correspondente. Juntos, os retângulos compõem um quadrado, cuja área representa o total dos votos recebidos pelos três candidatos.

Dois dos materiais mais utilizados para fazer pistas de - UNESP 2018
Matemática - 2018Dois dos materiais mais utilizados para fazer pistas de rodagem de veículos são o concreto e o asfalto. Uma pista nova de concreto reflete mais os raios solares do que uma pista nova de asfalto; porém, com os anos de uso, ambas tendem a refletir a mesma porcentagem de raios solares, conforme mostram os segmentos de retas nos gráficos.

A sequência de figuras, desenhadas em uma malha - UNESP 2018
Matemática - 2018A sequência de figuras, desenhadas em uma malha quadriculada, indica as três primeiras etapas de formação de um fractal. Cada quadradinho dessa malha tem área de 1 cm2.

Os pontos P e Q(3, 3) pertencem a uma circunferência - UNESP 2018
Matemática - 2018Os pontos P e Q(3, 3) pertencem a uma circunferência centrada na origem do plano cartesiano. P também é ponto de intersecção da circunferência com o eixo y.

A figura indica os gráficos das funções I, II e III. Os - UNESP 2018
Matemática - 2018A figura indica os gráficos das funções I, II e III. Os pontos A(72º, 0,309), B(xB, – 0,309) e C(xC, 0,309) são alguns dos pontos de intersecção dos gráficos.

Renata escolhe aleatoriamente um número real de – 4 a 2 e - UNESP 2018
Matemática - 2018Renata escolhe aleatoriamente um número real de – 4 a 2 e diferente de zero, denotando-o por x. Na reta real, o intervalo numérico que necessariamente contém o número 2-x/x é
Na crônica, o personagem seu Afredo é descrito como uma - UNESP 2017/2
Língua Portuguesa - 2017Para responder às questões de 02 a 07, leia a crônica “Seu ‘Afredo’”, de Vinicius de Moraes (1913-1980), publicada originalmente em setembro de 1953.
Seu Afredo (ele sempre subtraía o “l” do nome, ao se apresentar com uma ligeira curvatura: “Afredo Paiva, um seu criado...”) tornou-se inesquecível à minha infância porque tratava-se muito mais de um linguista que de um encerador. Como encerador, não ia muito lá das pernas. Lembro-me que, sempre depois de seu trabalho, minha mãe ficava passeando pela sala com uma flanelinha debaixo de cada pé, para melhorar o lustro. Mas, como linguista, cultor do vernáculo1 e aplicador de sutilezas gramaticais, seu Afredo estava sozinho.
Tratava-se de um mulato quarentão, ultrarrespeitador, mas em quem a preocupação linguística perturbava às vezes a colocação pronominal. Um dia, numa fila de ônibus, minha mãe ficou ligeiramente ressabiada2 quando seu Afredo, casualmente de passagem, parou junto a ela e perguntou-lhe à queima-roupa, na segunda do singular:
— Onde vais assim tão elegante?
Nós lhe dávamos uma bruta corda. Ele falava horas a fio, no ritmo do trabalho, fazendo os mais deliciosos pedantismos que já me foi dado ouvir. Uma vez, minha mãe, em meio à lide3 caseira, queixou-se do fatigante ramerrão4 do trabalho doméstico. Seu Afredo virou-se para ela e disse:
— Dona Lídia, o que a senhora precisa fazer é ir a um médico e tomar a sua quilometragem. Diz que é muito bão.
De outra feita, minha tia Graziela, recém-chegada de fora, cantarolava ao piano enquanto seu Afredo, acocorado perto dela, esfregava cera no soalho. Seu Afredo nunca tinha visto minha tia mais gorda. Pois bem: chegou-se a ela e perguntou-lhe:
— Cantas?
Minha tia, meio surpresa, respondeu com um riso amarelo:
— É, canto às vezes, de brincadeira...
Mas, um tanto formalizada, foi queixar-se a minha mãe, que lhe explicou o temperamento do nosso encerador:
— Não, ele é assim mesmo. Isso não é falta de respeito, não. É excesso de... gramática.
Conta ela que seu Afredo, mal viu minha tia sair, chegou-se a ela com ar disfarçado e falou:
— Olhe aqui, dona Lídia, não leve a mal, mas essa menina, sua irmã, se ela pensa que pode cantar no rádio com essa voz, ‘tá redondamente enganada. Nem em programa de calouro!
E, a seguir, ponderou:
— Agora, piano é diferente. Pianista ela é!
E acrescentou:
— Eximinista pianista!
(Para uma menina com uma flor, 2009.)
1 vernáculo: a língua própria de um país; língua nacional.2 ressabiado: desconfiado.
3 lide: trabalho penoso, labuta.
4 ramerrão: rotina.
Em “Mas, como linguista, cultor do vernáculo e - UNESP 2017/2
Língua Portuguesa - 2017Para responder às questões de 02 a 07, leia a crônica “Seu ‘Afredo’”, de Vinicius de Moraes (1913-1980), publicada originalmente em setembro de 1953.
Seu Afredo (ele sempre subtraía o “l” do nome, ao se apresentar com uma ligeira curvatura: “Afredo Paiva, um seu criado...”) tornou-se inesquecível à minha infância porque tratava-se muito mais de um linguista que de um encerador. Como encerador, não ia muito lá das pernas. Lembro-me que, sempre depois de seu trabalho, minha mãe ficava passeando pela sala com uma flanelinha debaixo de cada pé, para melhorar o lustro. Mas, como linguista, cultor do vernáculo1 e aplicador de sutilezas gramaticais, seu Afredo estava sozinho.
Tratava-se de um mulato quarentão, ultrarrespeitador, mas em quem a preocupação linguística perturbava às vezes a colocação pronominal. Um dia, numa fila de ônibus, minha mãe ficou ligeiramente ressabiada2 quando seu Afredo, casualmente de passagem, parou junto a ela e perguntou-lhe à queima-roupa, na segunda do singular:
— Onde vais assim tão elegante?
Nós lhe dávamos uma bruta corda. Ele falava horas a fio, no ritmo do trabalho, fazendo os mais deliciosos pedantismos que já me foi dado ouvir. Uma vez, minha mãe, em meio à lide3 caseira, queixou-se do fatigante ramerrão4 do trabalho doméstico. Seu Afredo virou-se para ela e disse:
— Dona Lídia, o que a senhora precisa fazer é ir a um médico e tomar a sua quilometragem. Diz que é muito bão.
De outra feita, minha tia Graziela, recém-chegada de fora, cantarolava ao piano enquanto seu Afredo, acocorado perto dela, esfregava cera no soalho. Seu Afredo nunca tinha visto minha tia mais gorda. Pois bem: chegou-se a ela e perguntou-lhe:
— Cantas?
Minha tia, meio surpresa, respondeu com um riso amarelo:
— É, canto às vezes, de brincadeira...
Mas, um tanto formalizada, foi queixar-se a minha mãe, que lhe explicou o temperamento do nosso encerador:
— Não, ele é assim mesmo. Isso não é falta de respeito, não. É excesso de... gramática.
Conta ela que seu Afredo, mal viu minha tia sair, chegou-se a ela com ar disfarçado e falou:
— Olhe aqui, dona Lídia, não leve a mal, mas essa menina, sua irmã, se ela pensa que pode cantar no rádio com essa voz, ‘tá redondamente enganada. Nem em programa de calouro!
E, a seguir, ponderou:
— Agora, piano é diferente. Pianista ela é!
E acrescentou:
— Eximinista pianista!
(Para uma menina com uma flor, 2009.)
1 vernáculo: a língua própria de um país; língua nacional.2 ressabiado: desconfiado.
3 lide: trabalho penoso, labuta.
4 ramerrão: rotina.
Um traço característico do gênero crônica, visível no - UNESP 2017/2
Língua Portuguesa - 2017Para responder às questões de 02 a 07, leia a crônica “Seu ‘Afredo’”, de Vinicius de Moraes (1913-1980), publicada originalmente em setembro de 1953.
Seu Afredo (ele sempre subtraía o “l” do nome, ao se apresentar com uma ligeira curvatura: “Afredo Paiva, um seu criado...”) tornou-se inesquecível à minha infância porque tratava-se muito mais de um linguista que de um encerador. Como encerador, não ia muito lá das pernas. Lembro-me que, sempre depois de seu trabalho, minha mãe ficava passeando pela sala com uma flanelinha debaixo de cada pé, para melhorar o lustro. Mas, como linguista, cultor do vernáculo1 e aplicador de sutilezas gramaticais, seu Afredo estava sozinho.
Tratava-se de um mulato quarentão, ultrarrespeitador, mas em quem a preocupação linguística perturbava às vezes a colocação pronominal. Um dia, numa fila de ônibus, minha mãe ficou ligeiramente ressabiada2 quando seu Afredo, casualmente de passagem, parou junto a ela e perguntou-lhe à queima-roupa, na segunda do singular:
— Onde vais assim tão elegante?
Nós lhe dávamos uma bruta corda. Ele falava horas a fio, no ritmo do trabalho, fazendo os mais deliciosos pedantismos que já me foi dado ouvir. Uma vez, minha mãe, em meio à lide3 caseira, queixou-se do fatigante ramerrão4 do trabalho doméstico. Seu Afredo virou-se para ela e disse:
— Dona Lídia, o que a senhora precisa fazer é ir a um médico e tomar a sua quilometragem. Diz que é muito bão.
De outra feita, minha tia Graziela, recém-chegada de fora, cantarolava ao piano enquanto seu Afredo, acocorado perto dela, esfregava cera no soalho. Seu Afredo nunca tinha visto minha tia mais gorda. Pois bem: chegou-se a ela e perguntou-lhe:
— Cantas?
Minha tia, meio surpresa, respondeu com um riso amarelo:
— É, canto às vezes, de brincadeira...
Mas, um tanto formalizada, foi queixar-se a minha mãe, que lhe explicou o temperamento do nosso encerador:
— Não, ele é assim mesmo. Isso não é falta de respeito, não. É excesso de... gramática.
Conta ela que seu Afredo, mal viu minha tia sair, chegou-se a ela com ar disfarçado e falou:
— Olhe aqui, dona Lídia, não leve a mal, mas essa menina, sua irmã, se ela pensa que pode cantar no rádio com essa voz, ‘tá redondamente enganada. Nem em programa de calouro!
E, a seguir, ponderou:
— Agora, piano é diferente. Pianista ela é!
E acrescentou:
— Eximinista pianista!
(Para uma menina com uma flor, 2009.)
1 vernáculo: a língua própria de um país; língua nacional.2 ressabiado: desconfiado.
3 lide: trabalho penoso, labuta.
4 ramerrão: rotina.
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