Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas

Em “[Einstein] mostrou que a presença de massa (ou de - UNIFESP 2018

Atualizado em 30/09/2024

Leia um trecho do artigo “Reflexões sobre o tempo e a origem do Universo”, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder a questão.

Qualquer discussão sobre o tempo deve começar com uma análise de sua estrutura, que, por falta de melhor expressão, devemos chamar de “temporal”. É comum dividirmos o tempo em passado, presente e futuro. O passado é o que vem antes do presente e o futuro é o que vem depois. Já o presente é o “agora”, o instante atual.
Isso tudo parece bastante óbvio, mas não é. Para definirmos passado e futuro, precisamos definir o presente. Mas, segundo nossa separação estrutural, o presente não pode ter duração no tempo, pois nesse caso poderíamos definir um período no seu passado e no seu futuro. Portanto, para sermos coerentes em nossas definições, o presente não pode ter duração no tempo. Ou seja, o presente não existe!
A discussão acima nos leva a outra questão, a da origem do tempo. Se o tempo teve uma origem, então existiu um momento no passado em que ele passou a existir. Segundo nossas modernas teorias cosmogônicas, que visam explicar a origem do Universo, esse momento especial é o momento da origem do Universo “clássico”. A expressão “clássico” é usada em contraste com “quântico”, a área da física que lida com fenômenos atômicos e subatômicos.
[...]
As descobertas de Einstein mudaram profundamente nossa concepção do tempo. Em sua teoria da relatividade geral, ele mostrou que a presença de massa (ou de energia) também influencia a passagem do tempo, embora esse efeito seja irrelevante em nosso dia a dia. O tempo relativístico adquire uma plasticidade definida pela realidade física à sua volta. A coisa se complica quando usamos a relatividade geral para descrever a origem do Universo.

(Folha de S.Paulo, 07.06.1998.)

Em “[Einstein] mostrou que a presença de massa (ou de energia) também influencia a passagem do tempo, embora esse efeito seja irrelevante em nosso dia a dia.” (4.° parágrafo), a conjunção destacada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por:

  1. visto que.

  2. a menos que.

  3. ainda que.

  4. a fim de que.

  5. desde que.


Solução

Alternativa Correta: C) ainda que.

A alternativa C é correta porque a conjunção "embora" expressa uma relação de concessão, indicando que, apesar de a presença de massa (ou energia) influenciar a passagem do tempo, esse efeito é considerado irrelevante no cotidiano. Ao substituir "embora" por "ainda que", mantém-se essa mesma relação de concessão, sem alterar o sentido da frase.

Ambas as conjunções introduzem uma ideia que contrasta com a informação anterior, permitindo ao leitor entender que, mesmo com a influência da massa ou energia, isso não se reflete de maneira significativa em nosso dia a dia. Essa nuance é essencial para o entendimento das implicações da relatividade, que, embora profundas, podem parecer distantes na experiência cotidiana.

Além disso, essa troca não compromete a coesão do texto, pois tanto "embora" quanto "ainda que" estabelecem um vínculo claro entre as duas ideias, enfatizando a complexidade da discussão sobre tempo e suas influências. Isso reforça a argumentação de Gleiser sobre a natureza do tempo e sua percepção.

Institução: UNIFESP

Ano da Prova: 2018

Assuntos: Interpretação Textual

Vídeo Sugerido: YouTube

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