Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas
Nesse fragmento do poema, a) o poeta se vale do recurso - UNIFESP 2011
Instrução: Leia o excerto para responder a questão.
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d’amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm’lo de maldade,
Nem são livres p’ra morrer...
Prende-os a mesma corrente
– Férrea, lúgubre serpente –
Nas roscas da escravidão.
E assim roubados à morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoite... Irrisão!...
(Castro Alves. Fragmento de
O navio negreiro – tragédia no mar.)
Nesse fragmento do poema,
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o poeta se vale do recurso ao paralelismo de construção apenas na primeira estrofe.
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o eu-poemático aborda o problema da escravidão segundo um jogo de intensas oposições.
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os animais evocados – leão, jaguar e serpente – têm, respectivamente, sentidos denotativo, denotativo e metafórico.
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o tom geral assumido pelo poeta revela um misto de emoção, vigor e resignação diante da escravidão.
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os versos são constituídos alternadamente por sete e oito sílabas poéticas.
Solução
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