Disciplina: Literatura 0 Curtidas

Na oração “que ela dura” (v. 4), o pronome sublinhado - FUVEST 2021

Atualizado em 13/05/2024

Psicanálise do açúcar

O açúcar cristal, ou açúcar de usina,
mostra a mais instável das brancuras:
quem do Recife sabe direito o quanto,
e o pouco desse quanto, que ela dura.
Sabe o mínimo do pouco que o cristal
se estabiliza cristal sobre o açúcar,
por cima do fundo antigo, de mascavo,
do mascavo barrento que se incuba;
e sabe que tudo pode romper o mínimo
em que o cristal é capaz de censura:
pois o tal fundo mascavo logo aflora
quer inverno ou verão mele o açúcar.

Só os banguês que-ainda purgam ainda
o açúcar bruto com barro, de mistura;
a usina já não o purga: da infância,
não de depois de adulto, ela o educa;
em enfermarias, com vácuos e turbinas,
em mãos de metal de gente indústria,
a usina o leva a sublimar em cristal
o pardo do xarope: não o purga, cura.
Mas como a cana se cria ainda hoje,
em mãos de barro de gente agricultura,
o barrento da pré-infância logo aflora
quer inverno ou verão mele o açúcar.

* banguê: engenho de açúcar primitivo movido a força animal.

João Cabral de Melo Neto, A Educação pela Pedra.

Na oração “que ela dura” (v. 4), o pronome sublinhado

  1. não tem referente.

  2. retoma a palavra “usina” (v. 1).

  3. pode ser substituído por “ele”, referindo-se a “açúcar” (v. 1).

  4. refere-se à “mais instável das brancuras” (v. 2).

  5. equivale à palavra “censura” (v. 10).


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