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Os pronomes oblíquos assumem, geralmente, a função de - FAMERP 2018
Leia o poema “A última nau”, da obra Mensagem, de Fernando Pessoa, para responder às questões 09 e 10.
Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago1
Erma2, e entre choros de ânsia e de pressago3
Mistério.
Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projeta-o, sonho escuro
E breve.
Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou spaço,
Vejo entre a cerração teu vulto baço
Que torna.
Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.
(Obra poética, 1987.)
1 aziago: funesto.2 erma: solitária.
3 pressago: presságio.
Os pronomes oblíquos assumem, geralmente, a função de complementos verbais. Em “projeta-o” (2.ª estrofe) e “Demore-a” (4.ª estrofe), os pronomes oblíquos referem-se, respectivamente, aos termos
-
“Deus” e “alma”.
-
“sol” e “nau”.
-
“corpo” e “hora”.
-
“Mistério” e “cerração”.
-
“Império” e “névoa”.
Solução
Alternativa Correta: C) “corpo” e “hora”.
O pronome pessoal do caso oblíquo “o” refere-se à palavra “corpo”; o pronome pessoal “a” retoma o substantivo “hora”.
Resolução adaptada de: Curso Objetivo
Institução: FAMERP
Ano da Prova: 2018
Assuntos: Pronomes
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