Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas

Os pronomes oblíquos assumem, geralmente, a função de - FAMERP 2018

Atualizado em 13/05/2024

Leia o poema “A última nau”, da obra Mensagem, de Fernando Pessoa, para responder às questões 09 e 10.


Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago1
Erma2, e entre choros de ânsia e de pressago3
Mistério.

Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projeta-o, sonho escuro
E breve.

Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou spaço,
Vejo entre a cerração teu vulto baço
Que torna.

Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.

(Obra poética, 1987.)

1 aziago: funesto.
2 erma: solitária.
3 pressago: presságio.

Os pronomes oblíquos assumem, geralmente, a função de complementos verbais. Em “projeta-o” (2.ª estrofe) e “Demore-a” (4.ª estrofe), os pronomes oblíquos referem-se, respectivamente, aos termos

  1. “Deus” e “alma”.

  2. “sol” e “nau”.

  3. “corpo” e “hora”.

  4. “Mistério” e “cerração”.

  5. “Império” e “névoa”.


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