Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas
O processo estilístico em que um verso se estende no - UNIFESP 2003
A questão toma por base a primeira estrofe de “O menino da porteira”, de Teddy Vieira (1922–1965) e Luís Raimundo (1916 –), o Luisinho, e a letra de “Meu bem-querer”, de Djavan (1949–).
O Menino da Porteira
Toda a vez que eu viajava
Pela estrada de Ouro Fino,
De longe eu avistava
A figura de um menino,
Que corria abri[r] a porteira
Depois vinha me pedindo:
– Toque o berrante, seu moço,
Que é p’ra mim ficá[ar] ouvindo.
(Luisinho, Limeira e Zezinha, 1955)
Meu bem querer
Meu bem-quererÉ segredo, é sagrado,
Está sacramentado
Em meu coração.
Meu bem-querer
Tem um quê de pecado
Acariciado pela emoção.
Meu bem-querer, meu encanto,
Tô sofrendo tanto, amor.
E o que é o sofrer
Para mim, que estou
Jurado p’ra morrer de amor?
( Djavan. Alumbramento. Emi-Odeon. 1980)
O processo estilístico em que um verso se estende no outro, sintática e semanticamente, é conhecido como encavalgamento, cavalgamento ou, muitas vezes, pelo termo francês enjambement. Esse recurso é freqüente na estrutura do texto poemático. As estrofes da poesia-canção de Djavan, por exemplo, têm seus versos quase que inteiramente estruturados por esse processo. Indique a alternativa em que não ocorre encavalgamento.
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Meu bem-querer / É segredo, é sagrado,
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Meu bem-querer / Tem um quê de pecado
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E o que é o sofrer / Para mim, que estou
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Acariciado pela emoção. / Meu bem-querer, meu encanto,
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Para mim, que estou / Jurado p’ra morrer de amor?
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