Disciplina: Direito Penal 0 Curtidas

CESPE/CEBRASPE - Bráulio, policial civil em férias, estava na DP em

Atualizado em 13/05/2024

Bráulio, policial civil em férias, estava na DP em que trabalha esperando um inspetor de polícia amigo, com o qual havia combinado de almoçar. Nesse momento, chegou ao local Patrícia, mãe de Gabriel, que fora preso em flagrante delito por furto no dia anterior. Patrícia se dirigiu a Bráulio e disse que estava ali para pagar a fiança do filho. Bráulio, a fim de agilizar o procedimento e sair logo para o almoço, acessou o sistema informatizado e verificou que Gabriel fora autuado por furto qualificado, insuscetível de fiança (o que, inclusive, encontrava-se mencionado na decisão do delegado plantonista). Ainda assim, Bráulio disse que a fiança foi fixada no valor de um salário mínimo e recolheu para si a quantia entregue por Patrícia.
Nessa situação hipotética, Bráulio cometeu crime de

  1. apropriação indébita.

  2. apropriação de coisa havida por erro.

  3. peculato por erro de outrem.

  4. estelionato.

  5. peculato.


Solução

Alternativa Correta: D) estelionato.

Colaborando com a doutrina do examinador:

(...) Erro é a falsa representação da realidade. Deve surgir concomitante (na manutenção) ou posteriormente à fraude (no induzimento), mas sempre será anterior à consecução da vantagem. Induzir alguém em erro é conduzir a pessoa a um engano, fazer surgir a noção errônea da realidade. Por exemplo, se o agente aliena para a vítima um bem inexistente, fazendo-a crer na licitude da conduta, induzi-la-á ao erro. O mesmo ocorre no “conto do bilhete premiado”. Manter alguém em erro pressupõe que o equívoco não tenha sido criado pelo agente. A vítima se engana por si só. O estelionatário, entretanto, percebendo o erro, fomenta a representação desvirtuada. Segundo Regis Prado, a manutenção em erro “importa impedir que o lesado descubra, por força do obrar astucioso que opera não revelando a verdade”. (...) (GILABERTE, Bruno. Crimes contra o patrimônio. 2ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora, 2020. fls. 264/265)

Questão:

(...) Patrícia se dirigiu a Bráulio e disse que estava ali para pagar a fiança do filho. Bráulio, a fim de agilizar o procedimento e sair logo para o almoço, acessou o sistema informatizado e verificou que Gabriel fora autuado por furto qualificado, insuscetível de fiança (o que, inclusive, encontrava-se mencionado na decisão do delegado plantonista). Ainda assim, Bráulio disse que a fiança foi fixada no valor de um salário mínimo e recolheu para si a quantia entregue por Patrícia. (...)

Resolução adaptada de: QConcursos

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Recebedor: Wesley Rodrigues

Banca Examinadora: Cespe/Cebraspe

Ano da Prova: 2022

Assuntos: Crimes Contra o Patrimônio

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